Rude Ashley

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Kaylab London

Seu rosto suave é ótimo de se apreciar. Ashley dorme tão bem, que passei a noite toda a observando. Seu sono leve... um rosto angelical, e sua postura. Toco meus dedos levemente na pele da sua testa, afastando o pouco cabelo que há.

Mal consigo escutar sua respiração, de tão calma que está.

Novamente a campainha faz barulho. Desde que acordei está tocando, mas não ousei sair do quarto.

— Hmm... — Ashley reclama, se movendo na cama — Atende a porta... — e logo fecha seu rosto devido ao barulho

— Está te incomodando?

Concordou com a cabeça. Fico de pé e pego a camisa em cima da escrivaninha. Caminho para fora do quarto, a colocando sobre meu corpo. Desço as escadas bem rápido, e destravo a porta, dando de cara com a Samanta.

— Que porra! — disse em francês — Por que trocou a senha?

— Para de tocar a campainha, está atrapalhando minha rainha dormir.

— O quê? — ergueu as sobrancelhas juntas, sem entender — Que seja! Me deixa entrar.

Continuo de frente a porta fazendo Samanta soltar uma risada irônica.

— Te mandei ir embora ontem.

— Está bravo por que coloquei droga na bebida aquele dia? Isso é passado! — revira seus olhos — E eu me desculpei ontem. Te disse como estava bêbada.

— Saia!

Fecho a porta em sua cara. Viro-me para voltar pro quarto, mas a campainha começa a tocar. Seguro a maçaneta novamente da porta e abro, encarando o rosto da loira.

— FICOU MALUCO!?

Agarro o aparelho da campainha e puxo da parede, arrancando com tudo. Aqueles olhos azuis encara minha mão em choque.

— Se tocar nessa porta, vou abrir, te puxar para dentro, e triturar sua mão no triturador da pia... Eu fui claro? — ergo as sobrancelhas, a vendo ficar ainda mais em choque

— O quê...?

Avanço em seu rosto com força, sem dó em apertá-lo

— Eu fui claro, porra!?

— S-Sim...

— Ótimo! — a empurro para trás — Some do prédio.

Fecho a porta atrás de mim, e coloco o aparelho em cima da mesinha ao lado da porta. Caminho de volta para o segundo andar e entro no quarto.

Estava na esperança de a ver dormindo, mas Ashley está sentada na cama encarando o celular.

— Você tirou o rastreador? — perguntou

— Sim.

— Hm... — e logo me olhou — Estou indo para o Canadá daqui três horas.

— Já?!

— Sim. — ficou de pé, espreguiçando — Preciso me arrumar e ir encontrar com a Angel. Meu parceiro colocou uma mão.

— É mesmo?

Que coisa...

— Sim. Não é uma prótese qualquer, é uma mão robótica. — Ashley me olha estranha — Essas coisas de... robô... futuro... tudo me dá medo.

— Por quê?

— Ah, sei lá. — suspirou — É estranho saber que robôs podem virar algo comum do dia a dia. Ele realmente ganhou uma mão, como se fosse humana, só é robótica. Ficou no encaixe perfeito na parte arrancada, como se fosse uma parte de quebra-cabeça colocado. Kairo teve que fazer uma cirurgia na cabeça para colocar o chip de contato, e está movendo normalmente, como se nunca tivesse perdido uma.