Rude Ashley

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Ashley Willian

Não consigo mover minha mão esquerda, então a levanto para a ver imobilizada por uma tala. Meus dedos estão esticados, não consigo os dobrar. Suspiro um pouco baixo, e apenas encaro o teto até alguém vir ou sentir que acordei, para me dar um pouco de água.

Olho para a porta quando ela é aberta. Um médico coreano na faixa etária dos quarenta anos, entra de jaleco branco, colocando um sorriso no rosto.

— Olá, Willian Ashley, sou o doutor Jung Min-ji, médico particular da família London. Como se sente? — perguntou, se aproximando com uma folha em sua mão

— Com... sede.

Ele sorri para mim, e pega um copo de água pronto em cima de um carrinho de ferro. O doutor se aproxima, e coloca sobre a minha boca. Bebo tudo, sentindo um alívio e bem melhor depois dessa bela água.

— O seu tendão flexor foi comprometido. Os cortes foram fundos em seus dedos, e por sorte, você não os perdeu. Desmaiou pela perda de sangue, já que a mão e os dedos é uma região onde é muito vascularizada. Tivemos que fazer uma cirurgia, e por sorte, eu sou um cirurgião de mão — ele sorri mostrando seus dentes brancos — Você vai ficar hospitalizada algumas semanas para eu poder observar como vai ser a cicatrização, e também, fazer uma terapia para a reabilitação adequadas dos dedos comprometidos.

— E se eu não conseguir mexer eles?

— Não se preocupe, a terapia vai te ajudar com isso. No momento, apenas descanse e deixe seu corpo trabalhar na cicatrização. O corte foi bastante profundo, agradeça ao seu amigo que te trouxe com urgência. Caso ele tivesse demorado mais, com certeza já seria impossível salvar seus dedos.

Que legal... Quase perdi meus dedos por um garoto... Onde é que estou me metendo? Perder meus dedos por alguém que nem liga para mim direito? Devo estar ficando louca. Nunca fiz isso antes por ninguém, e agora fiz para um simples garoto que tenho uma certa quedinha.

Pelo menos eu vou ficar um tempo longe daquele colégio. Mas ficar em um hospital também não é legal.

— Sua mãe logo estará aqui. Se precisar de ajuda, não hesite em apertar aquele botão — o médico aponta para o lado

Viro minha cabeça e vejo um botão vermelho. Ele se retira, me deixando sozinha no quarto. Pensei que poderia dormir de novo, mas o mesmo abriu a porta novamente.

— Acho que seu amigo vai te fazer companhia até sua mãe chegar — ele dá espaço da porta, e o Kaylab entra

Seu rosto está com alguns hematomas devido à briga. A porta é fechada, e o mesmo se aproxima de mim. Ele usa um boné para trás, sem a jaqueta preta sobre seus braços.

— Tudo bem?

— Pareço bem? — pergunto, observando seu olhar desviar do meu — Conseguiu saber o motivo de ter quase sido morto?

— Não... Aquele homem fugiu logo após que você desmaiou... — ele segura no ferro da cama em que estou deitada — Ashley, obrigado por segurar aquela faca. Mas isso te prejudicou... e me sinto culpado por te ver deitada aqui, e não eu.

— Relaxa, garoto, não vou perder meus dedos... espero. Consegue imaginar algum suspeito? Ou uma pessoa que te odeia para fazer isso?

— Realmente não sei. Minha cabeça está com um turbilhão de coisas para pensar nisso agora. Estou preocupado com o meu irmão. E se esse cara aparecer de novo e não for comigo? Apenas eu aprendi a lutar, ainda não ensinei meu irmão devido ao seu medo da agressividade. Então gosto de me manter por perto para o ajudar caso algo ruim aconteça, igual a isso. Mas se eu não estiver?