[♡]Assim que acordo, dou um tabefe no despertador para desligá-lo, pulo da cama e corro até o banheiro do meu novo apartamento, acendo a luz, e dou de cara com meu pior pesadelo.
Meu cabelo está horrível.
Horroroso.
Tenebroso.
Parece que eu coloquei uma vassoura de palha na minha cabeça. Isso não tem nada a ver com o que a maldita da Jô me prometeu!
Por que eu escutei essa garota? Ela não sabe de nada! Nem é a minha melhor amiga! Eu sabia que deveria ter checado com a Cristina!
Eu vou processar a desgraçada da Jô! Penso nos argumentos que usarei no processo de danos morais enquanto troco de roupa.
Bem, pelo menos, a roupa que ela me ajudou a escolher para o primeiro dia ficou ótima. Mais do que ótima: eu estou elegante, profissional, e muito gostosa.
Quem é a diva? Euzinhaaaa! Aí, eu olho para o meu cabelo seco, e toda a raiva pela Jo volta.
Saio do apartamento com a bolsa no braço e o celular na mão, escrevendo enlouquecidamente para Jô, xingando-a de todos os nomes que eu conheço. Entro no elevador ainda teclando furiosamente e, depois que aperto o botão da portaria, ela me liga.
— Você acaba de ser demitida como a minha segunda melhor amiga, Jô!
— Nossa, amiga, não ficou tão ruim assim. Tenho certeza de que você está exagerando.
Exagerando? Como ela ousa dizer uma merda dessas? Eu NUNCA exagero! Sou uma mulher plena, equilibrada, que raramente perde a paciência.
Mas ela ferrou com o meu cabelo! Se eu a assassinasse a sangue frio, estou segura de que conseguiria justificar o homicídio para o júri.
— Você me prometeu que meu cabelo pareceria o da Ellen Pompeo e, ao invés disso, parece uma palha!
— Ah, meu Deus.
— O que eu faço agora, Jô?
— Você vai ficar é longe de mim até eu conseguir arrumar isso e ainda por cima ela desligou. Na minha cara!
— Eu vou te matar, Jô , pode me aguardar — grito para o celular, e começo a bater o pé dentro do elevador, louca para jogar o celular contra a porta. É quando eu ouço a risada. Não qualquer risada, mas a risada dela.
Viro-me lentamente, e verifico que eu não estava sozinha no elevador esse tempo todo. Addison Montgomery está aqui dentro comigo.
E ela está sorrindo. Eu já comentei que Addison fica ainda mais gata quando está sorrindo?
— Para registro, eu curti o cabelo. — A voz dela está rouca e profunda, me deixando arrepiada. Eu a encaro, tentando observar algum tipo de sarcasmo na expressão dela.
Será que ela está de brincadeira com a minha cara? Ela deve estar me zoando, só pode. Olho para o espelho atrás dela, e verifico que sim, estou com o cabelo seco parecendo uma palha. Não tem como ela ter curtido.
— Eu te perguntei alguma coisa, por acaso? — questiono, cruzando os braços.
Perfeito, nem comecei a trabalhar ainda, e já estamos brigando. Ótima forma de começar seu plano de perder a virgindade para a mulher, Addison Montgomery.
— Pelo visto, continua sendo a malcriada de sempre — o sorriso dela se alarga.
— Malcriada é a sua... — ah, merda. Eu gosto da mãe dela. E da irmã dela. O que vou dizer agora?
— é a sua namorada!
— Eu não tenho namorada — ela responde calmamente, o sorriso arrogante firme e forte em seu rosto.
Eu deveria ter parado por aqui. Já descobri que ela está solteira, e que gostou do cabelo. Missão cumprida. Eu quero seduzir a mulher, não brigar com ela.
Mas meu sentimento por Addison foi sempre assim, tão intenso que a paixão vira ódio em um segundo. Ela me tira do sério, simples assim. Claro que eu vou estragar ainda mais uma situação que já está fora de controle.
— Você é uma! arrogante insuportável, Addison Montgomery!
— E você continua sendo a mesma garotinha com a boca suja de sempre, Meredith.
Garotinha? Ela me chamou de garotinha?Eu, com meus peitos enormes e divinos e minhas pernas maravilhosas? Claro que, na minha raiva, eu acabo apenas oferecendo mais uma prova de que, em muitos sentidos, continuo sendo uma garotinha tola.
Eu dou um pisão no pé dela e, no mesmo instante, as portas do elevador se abrem. Saio sem olhar para trás. Claro que, assim que ponho o pé para fora do prédio, o céu desaba e começa a chover.
Perfeito.
[♡]
Addison
Como que uma garota que era rechonchuda, desengonçada, sem jeito e sem qualquer atração para mim apenas alguns anos atrás, se tornou essa mulher que é capaz de me deixar com água na boca enquanto me ofende?
Meredith foi criada como uma irmã mais nova, então eu me sinto uma pedófila quando, ao observá-la entrando no elevador, teclando furiosamente o celular sem perceber a minha presença, a primeira palavra que vem à mente é gostosa.
Quero bater a cabeça contra o espelho da cabine, porque Meredith e gostosa são palavras que não deveriam pertencer à mesma sentença.
Aí, depois de me dar uma bronca homérica por ser uma babaca, eu volto a olhar para Meredith, que agora está de costas para mim, e meus olhos colam na sua bunda, que está arrebitada por causa dos saltos altos.
Gostosa, o pensamento retorna. E ainda vem acompanhado de cheirosa, apetitosa e curvilínea. Nenhuma dessas palavras é apropriada para descrever a melhor amiga da minha irmã caçula e muito menos a filha única do sócio do meu pai na empresa.
Empresa esta onde estou trabalhando como CEO interina, e onde Meredith começará a estagiar hoje.
Começo a sentir uma pontada de ciúmes enquanto ela continua teclando furiosamente no celular.
Geralmente, as pessoas só mandam mensagens furiosas assim para namorados e, por algum motivo louco – tão louco quanto pensar que ela está apetitosa em sua saia branca e sua blusa de seda azul de mangas compridas – eu fico com vontade de arrancar o celular de sua mão e mandar a piranha do outro lado ficar bem longe dela.
Felizmente, descubro, segundos mais tarde, que ela está brigando com Jô, que é amiga dela e de Cris, minha irmã mais nova, desde que elas eram pequenas.
Meu corpo relaxa imediatamente, me fazendo sentir ainda mais idiota por ter ficado tão chateada por suspeitar que Meredith estava namorando.
E se ela estiver namorando, o que eu tenho a ver com isso? De repente, minha mente imagina minhas mãos esmagando o pescoço da piranha.
Preciso me concentrar, preciso parar de pensar em Meredith como gostosa ou, pior ainda, como se ela fosse minha.
Ela não é minha. Ela não é nada minha, a não ser uma amiga da família de longa data. Pronto. É isso. Uma amiga de longa data. Estou evoluindo.
Para de pensar no corpo dela, porque você NÃO PODE sentir qualquer atração por Meredith Grey.
....
Humm não pode? Será mesmo!?
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Minha CEO Inrrestivel (Meddison)
FanfictionAddison Montgomery acha que tem tudo que sempre quis: é CEO da companhia do pai na Inglaterra, enriqueceu criando sua própria empresa quando fazia faculdade na Califórnia, tem bons amigos, uma família maravilhosa, e não tem dificuldade de manter sua...