✧・゚: ✧・゚: Cap 47 :・゚✧:・゚✧

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Meredith

Depois de muita insistência decidi que aceitaria conversar com o Addison
quando eu me acalmasse. Duas semanas depois, e ainda não consegui falar com ela. Ela tem me ligado diariamente, mas seu excesso de atenção, ao invés de me acalmar, tem me deixado ainda mais ansiosa.

Para piorar, toda vez que vejo a Cruela na empresa, penso o que a Addison fez comigo e me fez sofrer ainda mais do que todas as maldades dela, e não quero passar a odiar a Addison como eu a odeio. Chego no escritório e, pelo décimo quinto dia
seguido, April me recebe com uma cara preocupada:

- Pobrezinha da Addison! Ainda não melhorou da gripe dela, Mer! - ela me informa.

Addison e essa gripe misteriosa dela. Aposto que é vergonha naquela cara desgraçadamente linda dela por finalmente ter admitido que ela namorou o Anticristo para me manter distante.

- A gripe poderia virar pneumonia - desabafo de repente.

Não, claro que não quero que ela pegue
pneumonia! Só disse isso porque estou segura de que a doença de Addison está relacionada ao fato dela ter sido um grande filha da puta.

- Quê? - April pergunta.

- Ela tem que ter cuidado para a gripe não
virar pneumonia - disfarço.

- Será que ela está precisando de ajuda?

- Aquele apartamento inteiro dela está precisando ser limpo com água sanitária.

- Quê? - ela questiona de novo.

- Ninguém poderia imaginar esse imprevisto.

- April está tão preocupada com a sua  querida Addison que nem imagina que minha empatia por ela é INEXISTENTE.

- Ah, soube que o amiga dela, a Teddy, vai vê- la hoje. - Teddy e Addison se merecem, de verdade.

- Espero que ela consiga ajudar ela.  -
digo com um sorriso forçado.

- Você conseguiu visitá-la?

- Não... Cof-cof-cof.... Estou ficando resfriada, e acho melhor não chegar perto dela.

- Claro, ela poderia piorar, pobrezinha.

Eu estou ficando resfriada e ela é a pobrezinha? Eu fui abandonada e ela é a pobrezinha? Eu sofri durante ANOS
ao vê-la com aquela..., e ELA é a
maldita pobrezinha?

Respira, Zoey. A culpa não é da April.

- Pois é, April.

Depois desta conversa desanimadora, sei
exatamente qual é o meu remédio. Pego meu celular e ligo para o primeiro número da minha lista. Da minha melhor amiga.

- Cristina, preciso de você.

- O que foi, Mer?

- Preciso ficar bêbada e falar mal da Addison. De novo.

- Pode vir, amiga. Também quero beber.

[♡]

Três horas mais tarde, e seis margaritas depois, e eu estou Livre. E trêbada.

Quem é Addison Montgomery?

Pouco importa! O importante é que Livre Estou.

- Quero cantar no karaokê!

Gente, as margaritas do George são divinas.
Claro que a companhia só ajuda. Achei que eu e Cris passaríamos horas falando mal das idiotas que infelizmente amamos, mas, assim que chegamos ao apartamento do George, esquecemos que os elas existiam.

- O que vai cantar? - George pergunta, já preparando os aparelhos.

- Vou cantar.... Livre Estou!

George dá pulinhos e gritinhos de alegria, mas Cris fica com cara de confusa.

- Que música é essa? - Cristina questiona, a
ignorante de desenhos da Disney. - Nunca ouvi falar.

- Vai conhecer agora, amiga! - digo.

- Peraí! Temos que nos vestir a caráter.

A caráter? Isso quer dizer que... O George tem fantasias da Frozen? Gente, morri!  Que bom que eu finalmente abri os olhos e vi que ele não é um Ladrão de Melhores Amigas. Ele é tão maravilhoso...

Ainda perdida, Cris nos observa com desconfiança enquanto trocamos de roupa. Eu e George brigamos pela fantasia da Elsa, óbvio, mas depois de insistir muito eu consegui aquele vestido azul cheio de brilhos, ele enfim aceitou se vestir de Olaf.

- Mer, que roupa mais linda!

- Roupa nada! É esse corpinho  que fica deslumbrante nesse vestido bonitinho.

- Se o vestido é só "bonitinho", então troca
comigo - George sai, e eu e Cristina começamos a gargalhar.

- Que é isso? Por que está vestido de boneco de neve? - Cris pergunta, e eu e George a encaramos seriamente.

- Não é boneco de neve!

- É o Olaf.

- Amiga, você é nerd e intelectualizada demais. Tem que ser mais "povão", que nem a gente.

- Agora, vamos libertar nossa criança interior - George comenta, preparando-se para cantar.

- Nem preciso liberar a minha, ela está sempre falando no meu lugar.

A música começa, mas eu já estou com sede
de novo, então me sirvo da sétima (ou é a oitava?) margarita, enquanto George esquenta o palco para mim. Quando o refrão começa, entretanto, eu o empurro para o lado, agarro o microfone do karaokê, e começo o meu show:

[...]Livre estou, livre estou
Não posso mais segurar
Livre estou, livre estou
Eu sai pra não voltar

Não me importa o que vão falar
Tempestade vem
O frio não vai mesmo me incomodar

De longe tudo muda
Parece ser bem menor
Os medos que me controlavam
Não vejo ao meu redor

É hora de experimentar
Os meus limites vou testar
A liberdade veio enfim
Pra mim

Livre estou, livre estou
Com o céu e o vento andar
Livre estou, livre estou
Não vão me ver chorar [...]

Vou agradecer meu público, aí sem querer
derrubo um pouco da minha oitava (ou nona?) margarita, viro-me para me sentar no sofá antes que eu caia e derrube TODA a margarita e noto que há alguém na porta.

- O que você colocou nessa bebida, Geroge ?
Estou alucinando com a imbecil da irmã da Cristina.

- Não está alucinando, Mer - Cristina diz, parecendo tão confusa quanto eu.

-minha irmã esta aqui.

Minha CEO Inrrestivel (Meddison)Onde histórias criam vida. Descubra agora