Minha CEO Inrrestivel (Meddison)

✧･ﾟ: ✧･ﾟ: Cap 34 :･ﾟ✧:･ﾟ✧

Addison

Charlotte esta há quase vinte minutos falando sobre uma viagem para a Tailândia que ela quer fazer com um casal de amigos dela, tentando me convencer a ir, quando ela é interrompida - felizmente por um som que parece vir do andar de baixo.

- Ah! uma voz feminina (e muito sexy) grita.

- O que diabos foi isso? - ela reclama.

- Parecia...

Ah, merda. Parecia a voz de Meredith. E seu grito não parecia nem um pouco com um grito de dor. Pelo contrário. Parece bastante com os gritinhos dela quando eu estava...
O que me faz pensar: quem diabos está fazendo Meredith gritar desse jeito?

- É a Meredith? - ela questiona, desconfiada.

- Não sei - minto.

- Com certeza foi ela! Que vulgar! - ela resmunga, com cara de nojo. - Ela não precisa gritar para o prédio inteiro ouvir que ela finalmente conseguiu alguém.

Quero lembrá-la como ela é indiscreta e grita ainda mais alto que a Meredith quando discutimos, mas prefiro não criar mais um motivo de briga. Porém, nem ferrando permitirei que ela fale desse jeito
sobre a Meredith. Foi a principal condição para voltarmos.

- Não sabe se ela está com alguém pelo
menos, espero que não - e eu já te adverti para não falar mais da Meredith. Ela tem sido mais do que paciente com você, Charlotte.

- Contanto que ela não continue gritando

-assim... Oh! Que perfeito! - o grito de Meredith interrompe a fala da Charlotte.

Vou matar  quem está fazendo ela gritar desse jeito!

- Sei que não quer que eu fale mal dela,
mas não sou obrigada a escutar isso! - ela deve estar é com inveja.

Posso ter voltado com a Charlotte mas certamente nossa vida sexual tem sido... Praticamente nula. E Charlotte não é cega: ela sabe que há outra mulher na minha cabeça. Talvez, até desconfie que seja a Meredith.

- Vou falar com o síndico! - ela reclama depois que ouvimos mais um gemido, e sai do quarto.

Não deveria tê-la deixado ir, mas estava tão
focada nos gritos do apartamento de baixo, que mal reparei no que Charlotte disse.

- Addi- digo Mark - MARK! - é a última
coisa que Meredith diz, antes de soltar um gemido que indica que alguém  acabou de fazê-la gozar.

MINHA Meredith!

Quem diabos é Mark? Vou descobrir amanhã mesmo onde esse palerma mora e vou... Não vou nada.

Eu e Meredith somos apenas amigas. Boas amigas. E ela manteve sua parte do acordo. Ela está sendo profissional, estamos nos dando muito bem no projeto do Sr. Johnson e, além de tudo, ela tem conseguido ignorar a Charlotte.

Digo, ela sempre faz cara de quem sentiu
cheiro de algo estragado quando elas estão próximas uma da outra, mas as trocas de farpas cessaram. E sei que não deve estar sendo fácil para a Meredith mever com a sua arqui-inimiga.

Então, vou fazer o mínimo de esforço e respeitar seu novo relacionamento.

Não preciso gostar do cara.

Não preciso ser  amiga dele.

Posso até me imaginar cortando o desgraçado em vários pedacinhos para jogá-los no Tâmisa.

Mas, por fora, preciso me comportar como se tudo estivesse perfeito. Mesmo que eu esteja morrendo por dentro.

[♡]

O clima o resto da noite foi tão romântico
quanto o Ártico. Minha relação com Charlotte não tem estado boa nos últimos tempos, porém, desde a última vez que voltamos, meses atrás, eu mal consigo ficar com ela no mesmo cômodo por muito tempo.

Antes, pelo menos, tínhamos alguma química na cama. Porém, depois da última noite com a Meredith, e depois de todas as vezes que Charlotte demonstrou como jamais mudou de verdade, sequer consigo sentir tesão por ela.

A verdade é que provavelmente não terei
mais química com outra mulher como é a minha com a Meredith. E sei que levará um tempo até eu me acostumar com isso.

Charlotte acorda com um humor ainda pior do que estava quando fomos dormir. Pelo menos, tomamos café da manhã em silêncio. Pela primeira vez em muito tempo eu desejo não encontrar com a Meredith no elevador.

Quando Charlotte fica com raiva, grita por todo canto, fazendo um verdadeiro escândalo. Porém, este estado da Charlotte me assusta muito mais: ela claramente está com raiva, mas é uma raiva fria, misturada à inveja. E isso me preocupa, porque não
sei como ela se comportará se nós nos encontrarmos com Meredith.

A verdade é que, apesar de termos voltado,
eu pedi que ela não morasse mais aqui. Não
deveria ter vindo, em primeiro lugar. Anos antes, quando nem tínhamos um ano de namoro, Charlotte  apareceu na porta do meu apartamento dizendo que precisava ficar uns dias comigo enquanto arrumavam uma infiltração em sua casa.

Meses e anos passaram, e ela continuou. E
eu deixei. Por vários motivos, mas o principal foi acomodação. Como nos últimos meses ela vem falando de casamento, eu achei que seria justo para
ela saber que isso não é uma possibilidade nesta última vez que voltamos.

Ela brigou, esperneou, e gritou. Chegou a
ameaçar de se matar que me fez obrigá-la a ir ao terapeuta. Achei que terminaria de novo comigo, mas, depois de alguns dias, voltou a correr atrás de mim para dizer que aceitaria meus termos. Vamos ver quanto tempo ela aceitará minha recusa de pedi- la em casamento desta vez.

Depois de nos vestirmos, em banheiros separados, saímos do apartamento e entramos no elevador juntas. Ainda não trocamos nenhuma palavra, sequer um bom dia, e, a cada minuto que passamos
juntas, eu penso quanto tempo aguentaremos permanecer em uma relação assim.

Respiro fundo, aperto o botão do térreo e
torço para o elevador não parar no andar de baixo.nClaro que para. E claro que Meredith entra, sorridente e linda de morrer, com um conjunto vinho que expõe
suas curvas.

- Bom dia! - Meredith diz animadamente, e ainda sorri para Charlotte.

- Ouvimos que você teve companhia ontem - Charlotte  comenta friamente.

Felizmente, Meredith ignora a frieza do tom dela.

– Ah, foi ótimo.

Quanto custa um assassinato encomendado
nos dias de hoje?

- Para vocė. Certamente não foi para quem
teve que escutar seus gritos vulgares.

- Chega, Charlotte - digo bruscamente.

Milagrosamente,  Meredith não respondeu ao comentário maldoso de Charlotte, mas eu sei que ela não vai se segurar por muito tempo. Claro que Charlotte não sabe quando calar a maldita boca.

- Só uma dica: homens não gostam de muIheres tão desesperadas.

- Chega, Charlotte! - desta vez, meu tom de
Voz sobe.

- Ih, acho que alguém está com invejinha-
Meredith continua animada, e a reação dela só me deixa com mais ciúmes.

- Precisa cuidar melhor da sua namorada, Addison. - A resposta da Meredith foi atravessada, mas ela continua com um sorriso de pura satisfação no rosto. Acho que eu preferia quando ela brigava com a Charlotte.

Charlotte abre a boca para dizer mais alguma  coisa, mas Meredith a interrompe.

- E, só uma dica: quando eu tenho o puro prazer dentro de mim, vou gritar o quanto eu quiser, Cruela.

Ela finaliza, e sai do elevador, me deixando
com a boca espumando de raiva, e a Charlotte com o queixo grudado no chão.