✧・゚: ✧・゚: Cap 32 :・゚✧:・゚✧

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Addison

Meia hora mais tarde, depois de deixarmos Amélia em casa, estamos chegando em na cidade dos pais de Meredith.

E ela permanece calada. Acho que nunca a vi ficar sem falar por mais de dois minutos, exceto quando ela e Cris estão assistindo a algum filme. Estaciono na única vaga da rua, entre a casa dos pais da Teddy a casa dos pais de Meredith, e desligo o carro.

Ela permanece parada. Saio do carro, dou a volta e abro a porta para ela. Seguro sua mão para ajudá-la a sair, e sinto que está gelada.

- Se precisar de alguma coisa, eu estarei literalmente na casa ao lado - eu a recordo.

- Você se arriscou e salvou a minha vida - é
a primeira coisa que ela diz.

- Você está parecendo uma vitrol quebrada, mer. Já disse isso.

É quando vejo que algo no seu olhar muda.

Ela me segura pela nuca e me puxa na direção dos seus lábios antes que eu me dê conta do que está acontecendo. Claro que, assim que meus lábios tocam os dela, estou perdida. Eu a agarro pela cintura, tirando-a do chão, empurrando-a contra a porta do meu carro.

Em um momento, ela estava paralisada; no
seguinte, os lábios dela estavam sobre os meus. O beijo de Meredith é sedutor; não é primeiro suave, para que, aos poucos, ela fosse avançando mais, até estarmos entrelaçados como uma. Ao invés disso, ela me beija com força, com uma mistura de paixão e fúria que machuca meus lábios, mas me deu muito prazer.

Eu jamais fui beijada desse jeito; é como se o meu beijo fosse tão importante para a meredith quanto oxigênio. Ela me beija com os lábios, com a língua, com as mãos, com os quadris, com o corpo todo. E eu correspondo ao seu beijo com tudo o que tenho também, como se a conversa na casa dos meus pais em  nunca tivesse ocorrido.

Quando eu invado sua boca com a língua,
ela responde com gemidos de prazer. Minhas mãos descem até sua cintura, para que eu consiga segurá-la melhor entre meu corpo e o carro. Eu a levanto mais, deixando seus quadris na altura dos
meus, e pressiono meu pau duro contra sua boceta quente.

Meredith enrosca as pernas em volta da
minha cintura, e começa a mover-se para cima e para baixo, em um ritmo que deixa meu pau cada vez mais duro e inchado.

- Porra, Meredith - xingo, e começo a me
mover como se estivesse dentro dela, e a safada solta um gemido capaz de levantar até cadáver.

Uma das mãos dela voa para a minha nuca, me aproximando ainda mais dela, como se fosse possível, como se nós não estivéssemos praticamente engolindo uma a outra, no meio da rua.

Meus dedos passam pelos cabelos dela, me fazendo pensar nas noites em que passamos juntas, quando dormi com a cara enterrada em seus cabelos, sentindo seu cheiro delicioso.

Desde a nossa última noite juntas, eu evitei
ao máximo trocar os lençóis, mas tive que fazê-lo. Entretanto, não troquei a fronha do travesseiro que ela usou, e ainda durmo sentindo seu cheiro, bem ao meu lado na cama. Ridículo, não é? Alguns chamam de amor, eu chamo da Síndrome de Grey.

Síndrome ou não, o que sentimos uma pela
outra é perigoso para ambas, considerando nossa situação, em que nem sequer deveríamos nos envolver sexualmente, muito menos emocionalmente. Não quero pensar nos problemas agora; quero apenas senti-la nos meus braços, na minha boca. Quero entrar nela e não sair pelos próximos dias.

Amanhã, eu terei os lábios inchados, o rosto
avermelhado, e olheiras profundas, porque não há qualquer chance de eu dormir esta noite, e muito menos deixá-la dormir. Não ficará apenas no beijo, disso tenho certeza.

Como se lesse meus pensamentos, e sentisse que ser invadida pela minha língua não é mais suficiente, Meredith passa a morder meus lábios, a puxá-los entre seus dentes, a lambê-los, a chupálos.

Ela passa longos e deliciosos - minutos
nesta tarefa, como se fosse a mais importante da sua vida, como se quisesse garantir que nenhum milímetro de minha boca ficaria intocado por ela. Apenas parou quando nós duas precisávamos respirar, colocando sua testa contra a minha,
movendo seu quadril como se já estivéssemos na cama, nuas. A sensação me deixou arrepiada dos pés à cabeça.

- Nossa, Mer seu gosto é maravilhoso.
Minha voz está tão rouca que eu mal a reconheci. - Mal posso esperar para sentir o gosto de sua boceta de novo.

Afasto-me do carro, seguro ela  pela
bunda e caminho até a casa dos pais de Teddy que sei que está vazia, porque pedi para passar a noite aqui. Não queria incomodar a Cris e muito menos preocupá-la.

Usando uma mão trêmula, pego a chave, depois de várias tentativas - Meredith não me ajudou em nada, se esfregando em mim enlouquecidamente - consegui, enfim, abrir a maldita.

Assim que entramos na casa, eu a empurro
contra a parede mais próxima e volto a beijá- la. Porra, já tive incontáveis mulheres na cama e, ainda assim, meu desejo por Meredith é quase adolescente, desesperada, como se nenhuma das mulheres antes dela importasse, como se não fosse existir nenhuma depois dela.

Sinto seu corpo começando a ficar
tenso sob meus dedos, como se ela tivesse dúvida sobre o que estamos fazendo, e ela fecha os lábios. Eu a seguro pelos cabelos com uma mão, inclinando sua cabeça para cima e, com a outra, massageio sua mandíbula, incentivando-a a partir aqueles lábios lindos.

- Ah! — ela arfa na minha boca quando
sente minha língua a invade de novo.

- Mer- sussurro.

- Sim - ela arfa. Mais, Addison. Mais.

Eu a mudo de posição e a carrego no colo até o quarto, que fica no terceiro andar. Não sei como não quebrei o pescoço, porque nossos lábios não se desgrudaram no caminho.

Coloco-a no chão quando chego à porta, segurando-a pela cintura para que ela não caia. Volto a beijá-la e, desta vez, ela me dá acesso sem qualquer resistência. Sua língua encontra a minha, entrando rapidamente no meu ritmo, e os sons de prazer que
saem de sua boca quase me fazem estourar a merda do zíper da calça.

Quando finalmente entramos no quarto, eu a agarro pela bunda, e ela abre instintivamente as pernas, deixando que meu quadril se encaixe nobdela.

É aí que suas mãos pressionam meu peito,
me afastando dela. Não, Mer. Por favor, não recupere seu bom senso logo agora!

Por mais que eu queria arrancar suas roupas e tê-la ali mesmo, eu me obrigo a me afastar. Não acredito nisso, mas Meredith está se tornando uma mulher mais responsável do que eu.

Dou vários passos para trás, porque estou
com dificuldade de ficar longe dela sem terminar o que começamos. Ficamos paradas longos segundos, apenas os sons das nossas respirações aceleradas no cômodo.

- Isso... Foi só um beijo entre dois amigas -
ela diz, com a voz rouca de tesão que quase me faz esquecer de novo o maldito bom senso. Respiro fundo e me controlo.

- Sim - é a única palavra que sou capaz de
pronunciar.

- Um agradecimento de uma boa amiga para uma boa amiga, por ter salvado a minha vida.

- Certo.

Mais alguns segundos se passam.

- Eu odeio que sejamos só amigas - ela
admite. - odeio.

Não consigo dizer nada. Mas eu também.

- Só que eu preciso que sejamos só amigas.
Está me entendendo, Addison?

- Entendo, Mer.

Ela sai do quarto sem dizer outra palavra.
Alguns minutos depois, Charlotte liga. Pela primeira vez em vinte dias, desde que ela terminou comigo, e eu a atendo. Meredith tem razão. Só podemos ser amigas. E isso significa que preciso de um obstáculo entre
nós. De novo.

Minha CEO Inrrestivel (Meddison)Onde histórias criam vida. Descubra agora