Kalina India uma Florista de 24 anos se vê perdida em dívidas, sem apoio familiar e sem querer aceitar dinheiro de seus amigos, resolve arrumar um segundo emprego, mas se de repente, três homens possessivos e lindos, aparecem a deixando desnorteada...
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Despertei sentindo meu corpo inteiro doer.
Mesmo que eu tivesse um teto pra morar (que não é meu) eu ainda tinha reclamações, como passar a noite acordada com medo de morrer alagada ou que a pequena casa de 2 cômodos desmorone.
Foi uma noite chuvosa, o clima aqui em Melbourne tem sido indecifrável, cada dia uma surpresa nova. Me levantei da cama e desviei de alguns baldes que estavam no chão sob goteiras, andei até a cômoda e peguei uma roupa.
Em passos leves andei até o banheiro e tomei banho na água morna do chuveiro que mal funcionava.
Me vesti e pensei na opção de comer um pão ou coar um café, mas lembrei que até uma alimentação como essa seria um luxo pra mim.
Minha mãe não tinha condições financeiras, o que a fez escolher me deixar em um orfanato. Quando completei 8 anos minha mãe virou prostituta para se sustentar.
Dês de então ela não me visitou e simplesmente sumiu no mundo.
Fui adotada com 16 anos por Judith, uma senhorinha, foi ela quem me ensinou a cuidar das flores. Judith tem uma floricultura a qual cuida com todo carinho.
Assim como eu, Judith é solteira e nunca teve filhos, nem casamentos.
Me olhei no espelho do pequeno banheiro e forcei um sorriso
- Do que adianta ser bonita, se eu sou pobre?
Peguei minha pequena bolsa e coloquei meu celular e minhas chaves. A vida não para, e as dívidas que eu nem sei de onde surgiram não vão sumir magicamente.
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Passei pela porta da floricultura ouvindo o sino antigo balançar.
- Bom dia, Vovó!
Gritei ao olhar pro balcão e não ver a senhora de cabelos vermelhos, ela nunca está ali.
Passou cerca de 2 minutos Judith apareceu toda suja de terra e segurando um vaso de orquídeas brancas e lilás.
- Bom dia, querida! Vejo que chegou ainda mais cedo do que ontem. _ olhei pro relógio na parede e o vi marcar 8 horas em ponto ._ Eu ainda não tomei café da manhã, e sei que você também não, compre alguns bolinhos e café para comermos.
Ela pegou seu cartão no bolso do avental e me estendeu.
Suspirei e peguei o cartão, quando estava prestes a sair ouvi sua voz.
- E se puder achar um homem com muito dinheiro no caminho, por favor sente fortemente nele.
- Vovó! _ vermelha de vergonha, olhei pra senhora que ria alegremente. _ Sua tarada, são só 8 da manhã...
- E tem hora pra querer dar?
Sorri e sai da loja, talvez Judith não seja uma senhora de 67 anos tão normal.
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Estava andando distraidamente quando algo chamou minha atenção, olhei um pouco mais a frente e parecia ser uma confusão.
Um homem sentado no chão e uma mulher em pé, a mulher sorria de um modo vitorioso e o homem que se mantinha de cabeça baixa chorava, não havia ninguém observando, era só os dois.
" Não se meta Kalina, é só uma briga de casal"
Minha mente me alertou e eu passei pelos dois de cabeça erguida, mas algo me fez parar no lugar.
- Por favor me deixe em paz Dalila, eu não quero que você me toque, por favor, só me deixe em paz._ Olhei para trás e vi o homem chorar com mais força. _ Não encosta no meu corpo por favor, eu te imploro, eu não quero.
Mesmo minha mente me alertando que aquilo não era uma boa ideia, voltei e me abaixei ficando na altura do homem de cabeça baixa.
- Se você me pedir, eu quebro a cara dessa mulher.
O homem levantou o olhar e assim que encarei seus olhos castanhos, me senti perdida e desnorteada. Senti vontade de limpar suas lágrimas e beijar seu rosto.
Com todas minhas forças, quebrei o contato visual e olhei pra mulher que me olhava irritada.
- Senhorita peço que se afaste, ou eu terei que chamar a polícia pra você? Se tem algo a discutir com esse homem, creio que você deva espera-lo ter o mesmo desejo.
Mesmo bufando de raiva ela se afastou e entrou em seu carro, mas não antes de dizer " isso não vai ficar assim, bebê chorão, você não vai mais me humilhar!"
Levantei e estendi minha mão pro homem que continuava sentado, só que agora me olhava com um brilho estranho no fundo de seus olhos.
Droga, onde eu estou me metendo?
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