CAPÍTULO VII ㅡ Não Foi Dessa Vez

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⚠️ AVISO IMPORTANTE AQUI
PUFAVO LEIA ANTES DE COMEÇAR O CAPÍTULO 🙏🏼

Oi pessoas, esse aqui é o capítulo 7, o wattpad me odeia e tá trocando de ordem esse e o 6⁰ capítulo que é o do Yoongi 😤

Então, da uma conferida se o capítulo anterior que tu leste foi o 5, SE SIM procura o capítulo 6 na listinha dos capítulos e depois volta pra cá pra ler o 7, beleza?

Tentei consertar isso várias vezes, mas o bug continua voltando então decidi fazer o aviso antes dos capítulos mesmo ):

Boa leitura 💜

🤲🏼

Jeon Jungkook

Três e meia da madrugada.

As águas do rio Bora estavam inquietas.

Não chegavam à violência comum das marés de março, mas estavam inquietas.

Como se sentissem alguma ansiedade.

Passei um bom tempo perdido olhando para as ondas quebrando umas nas outras naquele movimento anárquico, mas ao mesmo tempo tão padronizado.

De repente uma vontade súbita de estar ali, no meio delas. Sendo afogado. Levado. Mas me dei conta, momentos depois, de que na verdade eu já estava.

Eu estava imerso nas ondas revoltas do rio atroz que me consumia por dentro.

O que eu sentia em meu âmago não eram só os efeitos do álcool em excesso que violentavam meu estômago vazio desde cedo da noite, o que eu sentia era pior. Não era só o estômago que estava vazio. Absolutamente todos os órgãos do meu corpo estavam.

Totalmente oco por dentro. Um completo nada.

Andando em círculos mentais naquela eterna pulsão de morte, olhei para Haru estacionada a menos de um metro atrás de mim e, como sempre, achei uma ótima ideia tentar um duzentos por hora até chegar em casa. Tendo secado mais da metade de uma vodca barata, bebendo no gargalo.

Depois de tantas horas em frente ao rio, sentado sobre alguns destroços da construção abandonada do píer Parapio, sem nenhuma razão maior, me levantei e decidi ir embora.

Cambaleando, montei sobre a moto e, depois de tentar dar a partida umas cinco vezes, saí daquele lugar tão contraditoriamente escuro comparado ao resto da orla tão badalada.

Com dificuldade, consegui chegar à avenida principal que me tiraria dali e levaria para casa. Ou talvez para outro plano.

Estava tão desligado da realidade que nem sequer me lembrei que para chegar aos duzentos por hora precisaria acelerar. Apenas segui numa velocidade mínima completamente carregado e tonto. Sem conseguir racionalizar nada. E com as ruas de Lavínia estranhamente vazias na madrugada de quinta, fui levado embora.

Meu infeliz GPS mental me guiou automaticamente para casa, apesar da minha vontade ser outra.

Não foi dessa vez.

Cheguei ao prédio antigo onde morava, sabe-se lá quanto tempo depois, meio na dúvida se eu estava vivo ou andando sobre as nuvens de um céu mal arquitetado e com paredes descascando.

Seu Johan estava na portaria, roncando. Mas fui pouquíssimo discreto ao chegar, dando de cara na vidraça velha da porta de entrada ㅡ a qual definitivamente já não era mais transparente o suficiente para que eu não a visse, o que denunciava quão mamado de cachaça estava ㅡ, o acordando de seu sono profundo no susto.

Demasiado Humano • OT7Onde histórias criam vida. Descubra agora