CAPÍTULO XLIII ㅡ Os Homens Que Amei

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Jeong Hoseok


Há algumas semanas não via Taehyung. Desde aqueles dias insanos em que ele precisou lidar com o reencontro inacreditável do seu primeiro amigo de infância.

Ele precisou de um tempo. Eu também precisava fazer minhas coisas. E os dias foram se passando.

Eu senti sua falta.

Uma vez um colega me questionou o porquê de eu sentir falta, se quando não estava com um estava com o outro. Respondi perguntando o que diabos uma coisa tinha a ver com a outra?

Eu amava a dois homens de todo o meu coração. Dois homens. Duas pessoas. Dois seres humanos. Cada um era um. E um jamais supriria a necessidade que eu tinha do outro. Porque eu não queria apenas um beijo. Uma transa. Um abraço. Um toque de uma mão qualquer na minha. Eu queria o beijo de Yoongi. Eu queria a transa de Taehyung. Queria aquele abraço específico com aquele cheiro específico. Eu queria aquelas mãos com unhas longas tocando a minha. Nada nem ninguém no mundo poderia substituí-los em minha vida.

ㅡ Psiu! Seok! ㅡ Ouvi um sussurro me chamando e me virei num breve susto.

ㅡ Tae! O que... por que você tá cochichando?!

ㅡ A diretora mandou você comparecer na minha sala em cinco minutos, se não vai ser suspenso.

ㅡ Que diretora?! Como assim susp...

Ele piscou e fez um sinal de ok com os dedos antes de dar as costas e sair, me deixando falar sozinho.

Fiquei alguns segundos com cara de tacho, confuso. O vendo afastar.

ㅡ Nós temos uma diretora? ㅡ Pensei em voz alta, tirando as luvas das mãos dedo por dedo e as pendurando em qualquer canto antes de virar em meu próprio eixo algumas vezes até finalmente ir em direção à sua sala.

Bati três vezes na porta, como sempre fazia. Ele demorou alguns segundos para gritar lá de dentro que estava aberta. Pressionei a maçaneta e a empurrei devagarzinho. Enfiando minha cara para espiar antes de entrar com o resto do corpo.

ㅡ Tae?

Nenhuma resposta. Ninguém na sua mesa. O sofá também estava vazio.

ㅡ Taehy? Onde...

Fui interrompido por um abraço inesperado. Ele estava atrás da porta me esperando. Me agarrou fazendo cócegas e rindo, cheirando meu pescoço, enquanto discretamente fechava a porta com o pé.

ㅡ Porra, você quer me matar?!

ㅡ Quero. Matar de cheirinho gostoso.

ㅡ Tae... ㅡ suspirei piscando pesado, tentando recuperar a respiração depois do susto.

ㅡ Você tá muito ocupado? Tô com saudade.

ㅡ Você fez tudo isso só porque tá com saudade?

ㅡ Sim.

ㅡ Você não presta! ㅡ Reclamei contraditório agarrando seu pescoço, me dando por vencido ㅡ Não faz mais isso comigo... eu não sou muito tolerante à sustos.

ㅡ Desculpa, meu bem. ㅡ Voltou manhoso ao meu cangote ㅡ Tem compromisso depois do expediente?

ㅡ Tenho uma faxina pra fazer na minha casa.

ㅡ Ah não, que chato. Acho que sua casa não vai ficar chateada se você adiar.

ㅡ Eu já tô adiando há umas três semanas, Tae. ㅡ Não consegui mais soltar seu pescoço e ele já estava tão bem encaixado com os braços em volta da minha cintura.

Demasiado Humano • OT7Onde histórias criam vida. Descubra agora