Demasiado Humano • OT7

CAPÍTULO XLVI ㅡ Não Precisa Ser Assim

Oi meus amores, ainda tô no corre da viagem e da falta de tempo então vou aproveitar pra atualizar logo mais um capítulo (já que os próximos ainda estão sem previsão de sair) porque tô ansiosa e porque amo mimar vocês.

Bebam água e se alimentem, beijinhos.
Boa leitura!

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Kim Taehyung

ㅡ Vou sentir saudades.

ㅡ Hyun, é só uma semana.

ㅡ Você sabe que eu não consigo ficar nem um dia sem você.

ㅡ Sim, eu sei.

ㅡ Anda, vai se atrasar desse jeito.

Ele terminou de engolir o sanduíche e bateu as mãos antes de descer do carro.

ㅡ E Hoseok?

ㅡ Tá vindo. Ele tava meio ansioso por terem adiantado a data pra praticamente um mês antes da previsão. Disse que tava se preparando pra ir em agosto e aí a cabeça dele meio que bugou com a mudança de planos.

ㅡ Caramba, ele tem mesmo dificuldade com essas coisas.

ㅡ É, passei as últimas semanas perguntando todos os dias se tava mesmo tudo bem pra ele, mas ele disse que sim. Que ia dar tudo certo.

ㅡ E vai, vocês são foda. Apesar dessa empresa não merecer vocês.

Jimin sorriu e me abraçou de lado enquanto entrávamos no aeroporto. Não demorou muito para Jeong chegar. Ele parecia mesmo um pouco nervoso, mas também parecia feliz. Estava empolgado. Senti meu estômago borbulhar ao vê-lo sorrir como uma criança ansiosa para ir ao parque de diversões.

Eu não o via há umas duas semanas, andava ocupado com o TCC. Nem consegui vê-lo no seu aniversário. Minha cabeça não estava tão bem. Passar uns dias sem falar com Namjoon depois dele ter descoberto que a empresa que matou o seu pai era a mesma da qual os meus genitores eram donos, foi, definitivamente, a pior coisa que poderia ter me acontecido no fim do semestre.

Foi difícil manter a concentração no meu projeto, mas eu não tinha outra alternativa. Eu entendi que ele não estava chateado ou magoado comigo, ou me culpando como meu inconsciente insistia em sugerir. Entendi que ele só precisava de um tempo, porque aquela fora uma descoberta difícil. Ele encontrou sem sequer estar procurando, foi pego totalmente desprevenido. Eu entendi tudo isso. Mas ainda assim, doeu mais do que pude controlar.

Seok deixou escapar um selinho casto e rápido na minha boca antes de entrar para a sala de embarque ao lado de Jimin. E parecia fazer tanto tempo que ele não tocava meu rosto com as duas mãos daquele jeito que eu acabei chorando quando fechei a porta do carro e fiquei, enfim, sozinho.

Talvez tenha sido apenas o estopim para colocar para fora tudo o que não havia conseguido colocar nas últimas semanas.

Era muita coisa para lidar. A negligência da gerência dos meus pais ajudou a tirar a vida de um pai de família de baixa renda há dezessete anos, meu hyung estava mal e eu não podia fazer nada, meu Jimin estava indo para outro estado quando eu só queria passar uma semana no colo dele, meu Hoseok continuava não sendo meu, minha tia chegaria na cidade em breve e a minha orientadora me fez mudar quase a porra do meu projeto inteiro.

Tenho certeza que tinha mais coisa, mas sou incapaz de enumerar todas. Eu definitivamente não estava nos meus melhores dias.

Além de tudo, eu me tornava um dos responsáveis pela floricultura enquanto Jimin e Jeong estavam fora.