Amor De Bandido - Livro I | Trilogia

Capítulo Vinte

Pov.: Sabrina Mendes

Não conseguia pensar numa palavra, explicar o quão feliz eu tava era difícil.

Eu não entendia como alguém me deixava tão confortável, se ela soubesse.... Ah se ela soubesse que nunca nem fiquei nua na frente de outras pessoas, entenderia o quão especial ela é.

Mo esquisito né? Falar que ela é especial. Acho que ainda tô grilada nessa de "nos conhecemos a pouco tempo", mas eu tô tentado entender que não precisa de tempo pra existir algum sentimento entre pessoas. E porra, Larissa chegou do nada e se tornou algo importante, mesmo sem querer.

Aquela noite foi do caralho, eu não consigo lembrar sem sorrir ou me arrepiar, foi coisa de outro patamar menor, me entreguei de uma forma que jamais tinha feito antes e senti coisas que nunca senti, meu coração acelera só de lembrar o quão gostoso foi aquela noite, eu senti uma parada diferente de tudo, não sei como explicar, mas aqui foi mais do que sexo, se ligou? Eu só não sei que palavra dar pra aquilo.

Larissa foi incrível, não sei se foi o álcool, se foi a conexão, se foi coisas de corpos ou sei lá, mas o toque, o gemido, os olhares, os beijos, tudo pareceu mil vezes mais gostoso e sensível, uma coisa que eu faço desde os 16 anos e ontem simplesmente pareceu algo novo, que eu nunca senti ou vi ou sequer ouvir falar.

Eu tava muito empolgada com tudo isso, não parava de sorrir ou querer beija-la, tocar seu corpo, mesmo que fosse uma carícia rápida e singela em suas costas ou rosto, me sentia uma adolescente, boba e apaixonada.

Sim, apaixonada. Eu tinha finalmente entendido o que estava começando a sentir por Larissa, não me sentia pronta pra falar ainda, mas que eu estava começando a sentir, estava. E era bom pra caralho menor, meu coração acelerava quando eu pensava nela, ou quando ela sorria, ou quando me olhava no olhos por mais de dois segundos e eu sentia como se ao invés de acelerar, meu coração parava, falhava, até o ar deixava de envolver meus pulmões.

PORRA ISSO É DO CARALHOOO!!!

Eu estava nas nuvens e ninguém iria estragar isso, ninguém menor.

– Então, finalmente conheci você. – Disse a dona Lúcia, com um sorriso simples no rosto e me olhando de cima a baixo.

– É né. – Eu sorri envergonhada e mexi no cabelo, por pura mania.

Eu estava nervosa, no fundo feliz, mas naquele instante nervosa, eu nunca tinha feito isso, nunca tinha sido apresentada a família de ninguém, é algo normal né, mas eu tô tendo uma negócio com Lari então é diferente....

– Iiihh tremeu a base Sabrina? Fica calma que a dona Lúcia não morde não. – Gabi brincou.

Claro, aquilo estava virando uma grande cena de comédia pra ela, só a tensão que Larissa demonstrou quando foi pro quarto já a fez rir como se ouvisse uma piada.

Olhei para ela, tentando esconder o sorriso e demonstrar que queria apenas que ela falasse a boca, mas falhei miseravelmente, rindo de nervoso.

– Não fique nervosa não, eu só quero conversar com você um pouco.

– Pode falar, sou um livro aberto Dona Lúcia.

– Só Lúcia. – Pediu.

– Lúcia. – Corrigi.