Capítulo Doze

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Pov.: Sabrina Mendes

Eu estava realmente me controlando, não queria passar a imagem pra Larissa do quanto estava furiosa, sendo que ela já estava bastante abalada.

Aquela garota me deu nos nervos, minha vontade era de estraçalhar ela todinha de bala, me controlei, mas amanhã iria bater lá na casa dela e se eu encontrar ela lá não vai ter nada que me segure.

Poderia ser qualquer pessoa daquele baile, mas a Larissa não, a Larissa e eu estava tendo uma coisa, não sei o que é, mas tá rolando e eu não vou deixar ninguém mexer com ela, ninguém vai tocar na Larissa enquanto ela estiver (seja lá o que for que a gente tem) comigo.

Quando cheguei em casa, ajudei ela a descer da moto e entreguei a chave pra ela abrir o portão da garagem, ela ficou calada o caminho inteiro, mal olhava pra mim, eu não sei o porquê mas sentia uma vontade imensa de pegar ela no colo e dar todo carinho do mundo a ela, só pra ela tirar essa carinha de tristeza. Entrei com a moto e desci, desligando a mesma, fui até Larissa e peguei a chave de sua mão, segurando a mesma e guiando ela pra dentro de casa. Alanna não estava em casa, tinha ido pra casa de uma amiga, então seria só eu e ela, mas sinceramente? Eu sabia que não ia rolar mais nada, e nem queria na verdade, o clima pra isso tinha acabado, eu só queria mesmo cuidar dela nesse momento. E parecia que o álcool tinha feito efeito de vez nela pois cambaleava enquanto andava pela sala.

"Você está bem?" - Pergunto segurando ela pela cintura, impedindo que ela caia no chão.

"Estou, só me sinto tonta." - Diz baixo e rouca, respiro fundo e a puxo mais pra mim, levo a mão até seu queixo e ergo seu rosto, fazendo ela olhar pra mim.

"Vou cuidar de você hoje certo? Vou te dar banho e comida e podemos apenas dormir juntinhas, quê que 'c' acha?" - Tento sorrir pra melhorar o ânimo, mas ela apenas concorda e suspira. - "Vem, vamos subir."

Pego sua mão e puxo ela devagar até às escadas, subimos os degraus e vamos para o meu quarto, deixo a porta encostada pois ainda tenho pretensão de descer e vou até meu guarda roupa, deixo ela parada no meio do quarto. Abro as porta e imediatamente me sinto sem jeito pela bagunça, deveria ter arrumado isso há dias. Reviro os olhos e procuro por uma peça de roupa, pego um blusão, cueca e uma bermuda, vou até ela e estendo em sua direção.

"Toma, pode usar pra dormir, essa roupa deve estar apertada." - Ela dá um sorriso simples e pega a roupa de minha mão.

"Obrigada."

"Pode tomar banho no meu banheiro, vou preparar alguma coisa pra gente comer e pegar algo pra passar na sua ferida, já volto ok? Qualquer coisa grita." - Sem pensar dou um selinho em sua boca e saio do quarto, só percebendo e me tocando do que tinha feito já no meio das escadas, fico alguns segundos confusa e assustada, foi muito automático, nem pensei antes de fazer, decidi não dar muita atenção, foi só um selinho; vou pra cozinha e abro a geladeira, pego a vasilha de presunto e queijo, o pote de requeijão e a garrafa de suco, coloco tudo em cima da bancada e vou até o armário, pego o pão, a faca, copos e um prato, corto os pães e passo o requeijão neles, não sei quantos pães ela comia, mas preferi não fazer muitos pra ela não enjoar ou se encher, coloquei presunto e queijo em todos e botei pra esquentar na chapa, enquanto esperava enchi os copos com suco de laranja, meu preferido e coloquei alguns cubos de gelo, guardei o que não ia usar mais, limpei rápido o que sujei e tirei os pães da chapa, jogando no prato porque estava quente, quase caí no chão, mas peguei antes de estragar ele.

Amor De Bandido - Livro I | TrilogiaOnde histórias criam vida. Descubra agora