Capítulo Nove

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"Então você entendeu tudo?" - Perguntei novamente, apenas para ter certeza.

"Sim, você explica mil vezes melhor que aquela coroa lá." - Ela revira os olhos e suspira, eu riu e começo a guardar meu material.

Passava das 17h00min. Ficamos no quarto a tarde toda, expliquei assuntos antigos e os próximos para prova, Alanna era uma aluna ótima, apesar da turma que se encontrava, a tarde que passei com ela foi boa, engraçada e calma, ela era um doce de menina e com certeza seríamos amigas também.

"Ei Lari, me desculpa pelo comentário de hoje." - Seu tom era baixo e ela não me olhava nos olhos, talvez envergonhada.

"Não tem problema Alanna, eu só não gosto de misturar as coisas, não quero que pensem que por eu ser conhecida de vocês duas eu tenha ou faça um tratamento diferente na escola com alguém, é o meu trabalho que está em jogo, entende?" - Ela concorda e respira fundo. - " Mas isso não importa mais ok? Vamos esquecer."

Sorrimos e voltamos a arrumar as coisas, pegamos vários livros, canetas, cadernos para fazer anotações e tirar dúvidas, guardamos tudo e no final ficamos uma de frente pra outra no meio do quarto.

"Então acho que já vou, tem meu contato, qualquer coisa manda mensagem." - Digo e me viro para sair.

"Certo, vou descer contigo." - Ela vem atrás de mim e saímos do quarto, de repente sinto uma vontade de ir ao banheiro, não imaginava o quanto estava apertada, nem ao menos lembrava quando foi a última vez que fui ao banheiro, na verdade.

"Lana, se importa se me esperar lá embaixo? Preciso muito ir ao banheiro." - Peço e ela sorri.

"Claro, vem, me dá, tô te esperando na sala." - Ela pega minha bolsa e desce as escadas correndo, sorrio aliviada e entro no banheiro, tranco e me viro para o box.

A cena a seguir, é digna de deuses, senhoras e senhores, eu vivi pra dizer que encontrei com Sabrina nua no banheiro, tomando banho, eu deveria sair, pedir desculpas e me sentir envergonhada pelo resto da semana, do mês na verdade, mas puta que pariu Larissa, impossível você desviar o olhar, impossível eu não analisar cada detalhe do seu corpo, a água descendo como se estivesse em câmera lenta, estava de costas para mim, quase de lado, o emaranhado de cabelos negros colados em suas costas, os seios fartos, rijos e rosados, a tatuagem de uma mandala abaixo da curvatura do seio, a barriga achatada, a bunda empinada e duas covinhas acima da mesma, não tinha como explicar como aquelas roupas largas podia esconder tanta beleza, minha respiração estava lenta, meu coração batia tão forte que podia escutar ele em meu interior, me sentia hipnotizada, encantada pela visão, se dissessem que eu estava babando eu não duvidaria, eu podia sentir em minha parte íntima a umidade e a formigação, sentia meu corpo todo atraído por ela, para ela.

"Alanna?!" - Ela disse de repente, me puxando do meu transe e me trazendo para realidade.

"Hã... Não... É... Me desculpa Sabrina.... Eu.... Não sabia que você estava em casa... F-foi mal." - Gaguejei, nervosa e ofegante. Meu deus, a situação não poderia estar pior.

"Ah, é você? Demorou esse tempo todo pra avisar que era você?" - Ouvi sua risada e engoli em seco. Ela desligou o chuveiro e se virou pra mim, abriu o box e pude ver cada detalhe que ainda não tinha analisado, eu não sabia se olhava pra seu rosto ou se a comia com os olhos, não sabia se respirava ou se me segurava pra não pular em cima dela, meu Jesus Cristo aonde mais tinha tatuagem? Pensei, reparando a cobra pequena no canto superior direito de seu quadril, descendo os olhos até sua intimidade, carnuda e rosada, lisinha.

"Gosta do que vê Larissa?" - Sua voz tinha um tom de sarcasmo, carregada de provocação, eu ia me descontrolar, eu ia, aquela mulher estava me levando a loucura.

Amor De Bandido - Livro I | TrilogiaOnde histórias criam vida. Descubra agora