Duas garotas, um encontro. (Girafa G!P)

23 - Domingo

RAFAELLA

Na manhã de domingo, quase tarde, acordei perto do meio dia, mas não me assustei com o horário. Afinal, Gizelly e eu passamos praticamente a madrugada toda conversando por vídeo chamada. Fomos dormir já pela manhã, e confesso que só levantei por conta desse bendito trabalho.

Após ter comido algo simples e leve, me despedi de minha mãe e minha prima, e pedi um carro para casa de Gizelly. E assim que cheguei, ela já me esperava no portão de sua casa.

- E essa cara amarrotada de sono?- Brincou quando saí do carro e o motorista deu partida. Acabei rindo de seu comentário.

- Você também, ora.- Devolvi a brincadeira e nos abraçamos apertado. - Como vai?-

- Ótima! Vem, vamos entrar.-

Fomos em direção a porta de entrada e assim que entramos, fomos direto para a área de jantar e almoço na cozinha. Sua família já estavam todos à postos na mesa.

- Olá!- Os cumprimentei na intenção de ser notada e eles me sorriram largo.

- Rafaella, querida! Que alegria você nos acompanhar hoje.- Márcia foi a primeira me receber.

- Tudo bem, filha?- Dessa vez foi Madalena.

- Estou ótima, e espero que todos aqui estejam bem também.- Devolvi o sorriso e elas assentiram.

- Bom, deixa suas coisas comigo e senta.- Gizelly chamou minha atenção, me ajudando a retirar a mochila das costas. Com cuidado, pois havia as duas cartolinas enroladas nela.

Me sentei e não demorou para ela voltar da sala e se sentar ao meu lado.

Almoçamos entre uma conversa animada e tranquila. Falamos sobre tudo na mesa e rimos das implicâncias entre Gizelly e Gustavo. Seu irmão mais novo, por sua vez, flertava de uma maneira infantil comigo, o que eu achava uma graça. E ele sempre me chama de Julieta, desde a primeira vez que estive aqui. Gizelly fechava a cara para o adolescente, porém sem deixar que sua mãe e vó percebesse seu "incômodo". E eu só sabia rir.

- Bom, vamos subir? Domingo é corrido e precisamos entregar isso amanhã cedo.- Seu chamado tirou-me de meus devaneios. Me fazendo assentir logo em seguida.

- Dona Márcia, estava uma delícia, muito obrigada!- Agradeci a mais velha e ela sorriu ameno.

- Volte para o lanche, dessa vez vai ser com a vó aqui.- Ela respondeu simpática apontando para Madalena.

- Pode deixar!-

Levantamos da mesa e fomos em direção a escada. E assim que entramos em seu quarto, ela logo me alertou:

- Fique a vontade e não repara a bagunça.-

- Que bagunça?- Perguntei rindo observando ela em desespero, juntando as roupas espalhadas pelo chão e cadeira, colocando no cesto que joguei ser de roupa suja. Já o quarto em si, estava perfeitamente organizado.

- Olha, o banheiro é bem aqui na frente, se quiser ir fazer suas necessidades. Ok?-

- Ok... Inclusive estou indo lá agora lavar minha boca. E deixa de ser tensa, relaxa que eu estou bem aqui.- Falei retirando de minha mochila, minha frasqueira com pasta de dente e escova.