33 - De volta à rotina

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RAFAELLA

Mais uma vez a semana correu e não vimos os dias passar. Já era terça-feira, véspera de nos despedir. Meus pais, meu irmão e eu. Manoela, por sua vez, passa as férias com os pais em São Paulo. Porém, faltando quatro dias para o meu aniversário, eles iriam para o Rio e ficar no hotel até domingo, um dia depois da festa. E ela ficaria com eles.

Curti o dia como se fosse o último de minha vida. Aproveitei meus primos como nunca antes e mais ainda no dia de hoje. No fim dele, os adultos resolveram fazer churrasco. E a noite foi assim, animada, com músicas sertaneja, e regada de muitas risadas.

Leonardo me sugeriu um passeio pelo condomínio, e eu aceitei de muito bom grado. Íamos de mãos dadas pelas ruas, conversando e rindo de suas pérolas irritantes e convencidas. Até que ele pediu meu número dizendo não querer perder o contato. Trancamos os números e eu o convidei para minha festa. Ele ficou animado.

- Pensei que nunca fosse fazer o convite.- Foi sua resposta cara de pau, pois só se falam disso na chácara.

Trocamos alguns beijos antes de voltarmos e nos juntarmos aos demais em uma roda a qual brincavam de Eu nunca.

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No dia seguinte de quarta-feira, pela manhã, nos ajeitamos logo após o café e nos despedimos de todos. E na promessa de nos ver em breve, pegamos o carro alugado e seguimos para o aeroporto.

Desembarcamos ao Rio às onze da manhã. Meu pai pediu um carro por aplicativo e finalmente fomos para casa.

Vinte dias fora da mesma não é pra qualquer um. E eu, apesar de ter amado viajar para Itaipava na primeira semana e as duas anteriores para Minas, não via a hora de chegar.

Assim que chegamos, puxei minhas malas direto para o meu quarto. E antes de qualquer coisa, pus meu telefone celular para carregar. E assim que o mesmo ligou, começou a chegar sequências de mensagens. Mensagens essas, recentes, e outras antigas que já estavam ali.

Desde a semana passada em que Manoela resolveu confiscar meu aparelho telefônico, só tive acesso à ele poucas vezes. Pois, além dela reclamar que eu passava tempo demais nele, eu também não questionei. Optei por aproveitar todos eles, e tirar férias de tudo. Pegava nele apenas para ver se havia alguma mensagem de Gizelly. No entanto, depois dos dias em que falávamos apenas pela manhã, acabamos perdendo o contato total pelos desencontros. Até que no sábado pela manhã, senti falta de falar com ela e mandei eu mesma a mensagem de bom dia, porém sua resposta veio e sumiu.

Estranhei a atitude naquele mesmo dia, à noite, após ter chego do passeio em que fiz com meus primos. Mandei uma mensagem questionando o porquê, porém, não recebi nenhum tipo de esclarecimento. E de lá para cá, não obtive respostas suas com as sequências de mensagens as quais mandei preocupada. E tendo em mente de que ela também estaria em outro estado aproveitando sua familia, resolvi deixar pra lá e procurar saber com calma depois. Todavia, já se passou quatro dias e ela nem sequer visualizou.

Aproveitei agora, sozinha em meu quarto e tranquila, para tentar comunicação novamente.


Eu:
O que rolou aqui? kkkk
(Sábado, 23:31PM)

Bom dia, neném! Desculpa a demora pra te responder ontem, fomos ao parque no finalzinho da tarde. Acabei não levando o celular. Chegamos tarde. (Domingo, 10:00AM)

Duas garotas, um encontro. (Girafa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora