Duas garotas, um encontro. (Girafa G!P)

29 - UberlândiaーMG

RAFAELLA

Desde o último sábado em que chegamos aqui na chácara, vim pensando sobre muitas coisas. Uma delas em como chegaria em Gizelly com a decisão tomada. Não era minha intenção, mas as circunstâncias nos levaram à isso; uma vez que não posso prende-la a um acordo idiota.

O fim de semana passou e depois de nossa última conversa esclarecedora no domingo à noite, optamos por mudar de quarto. Não teria cabimento dormirmos juntas mais. Não quando tem outros casais na casa. Decidimos juntas que nos mudaríamos para uma das suítes. Marcella ainda dormia com Lucas, troquei de lugar com ela. Já Manoela, trocou com Gizelly e subiu junto de Felipe.

A semana passou mais uma vez tranquila e calma, e o fim de semana novamente chegou. Curtimos um dia de cada vez da melhor maneira possível, afinal, nos despediríamos no sábado. Minhas férias, porém, não terminaria ali. Ela se estenderia no domingo em que meus pais, meu irmão e eu, visitaríamos nossa família em Uberlândia.

E diante de tantos acontecimentos, bons e ruins, o sábado chegou.

- Rafa, seu pai ta lá fora. Tudo pronto?- Manu chegou na suíte chamando minha atenção.

- Sim, já estou indo.-

Eu havia terminado de me aprontar para a volta, e guardava minhas maquiagens. Gizelly havia me ajudado a organizar as malas e saiu avisando ir na cozinha. E quando Manu saiu, ela voltou com um embrulho nas mãos.

- Aqui, Rafaella, pra você comer durante o caminho já que não vai almoçar com a gente.-

Sorri agradecida em resposta com seu gesto cheio de cuidado, e então vi que era um sanduíche natural e uma garrafa de suco.

- Não precisava, neném, com certeza meus pais vão parar em algum lugar. Mas eu agradeço, viu?!- Peguei o que ela me oferecia e lhe dei um abraço.
- Até mais! Vou sentir saudades.-

- Eu também, pode contar.-

Depois de sentir seus braços apertar minha cintura de forma gostosa e confortável, nos afastamos com um beijo no rosto. E então saí do quarto puxando as malas, enquanto ela me ajudava com a bolsa de mão.

Encontrei meus pais no portão da chácara e abracei um por vez. Eu estava morrendo de saudades deles. Me despedi de todos que vieram nos trazer no portão e entrei no carro junto de minhas primas.

Depois de quase duas horas de viagem, faltava pouco para a hora do almoço. Visto que saímos pela manhã da casa de campo. Então me peguei olhando para o sanduíche e o suco ainda em minhas mãos.

Passei alguns instantes encarando o lanche, e o que tirou-me de meus devaneios foi Manoela que estava entre Marcella e eu, que por sua vez, conversava com meus pais de maneira animada, contando sobre a viagem.

- Desapega em.. Sustenta suas atitudes.- Seu sussurro fez-me encara-la instantaneamente.

- Estou apenas resolvendo comigo mesma se eu como agora ou espero até chegarmos em algum lugar e almoçar.-

- E como está esse coração após uma semana?-

- Até que está bem. Acho que nossa convivência ajudou um pouco. Pelo menos não mudamos uma com a outra. A diferença é que não tem mais beijos e nem sexo.- Sussurei a última palavra e ela riu.

- Ta certo!-

Por fim, comi o sanduíche que Gizelly havia preparado. E estava delicioso. Meu pai resolveu parar em um restaurante aleatório pelo caminho e depois de almoçarmos, voltamos para a estrada.

Depois disso, chegamos ao Rio uma hora e pouquinho depois. Deixamos Marcella em casa com a promessa de nos ver no dia seguinte, pois iríamos todos para Minas, e seguimos para casa.