Corações de Gelo

🔥Capitulo 09🔥

Agnes estava sentada nas bordas do penhasco em seu “Quarto” ela estava perturbada com os últimos acontecimentos daquele dia, para ser mais específica, após beijar Øřïœŋ, ela sentiu seus corpos se aquecerem, entrando em combustão, ela gemeu descaradamente como nunca antes e derrepente quando tudo explodiu Øřïœŋ se afastou dela como se ela tivesse algum tipo de doença infecciosa ele a encarou um tempo e o seu olhar estava carregado de desejo, raiva e dor, então ele saiu falando algo em sua língua, ao qual pelo seu tom de voz dava para ela imaginar que eram maldições e se foi por alguns túneis da caverna que algumas horas antes, quando ela estava fazendo uma rápida expedição descobriu que Øřïœŋ na verdade era um dragão e que eles estavam em Fĥïłłøřÿ o lendário mundo das criaturas, e lá estava ela sozinha e desolada não por sua realidade atual e sim por ser desprezada por aquele homem misterioso que colocou sentimentos conflitantes em seu coração e cabeça, ela sentia dor, vergonha, dúvidas e acima de tudo amor? Ela não sabia, mas ela sentia que algo grandioso estava se instalando em seu coração traiçoeiro.

Cansada de se torturar ela decidiu passar  o resto do seu dia entretida explorando mais uma vez a caverna que se revelou cada vez mais algo impressionante, ela era grande igual um castelo, cheio de túneis que levavam a vários cômodos e apesar da aparência rústica todos os locais eram bem mobiliados.

Já era noite quando ela chegou a um cômodo que ela suspeitou ser a sala de jantar devido a enorme mesa de mármore que estava repleto de comidas, haviam vários cozidos, carne assada em fatias, legumes, frutas, pães e outros alimentos que nunca viu em sua vida, uma fartura enorme e o cheiro era tão delicioso que sua barriga concordou soltando um ronco enorme.

Travando em uma guerra silenciosa entre a fome e a razão, Agnes ficou atentada a comer, mas tinha receio de comer e Øřïœŋ se chatear com ela por não o espera-lo, foram minutos de indecisão que foi quebrado quando o terceiro ronco da sua barriga se manisfestou, sem esperar ela sentou na cadeira e atacou os alimentos, pegou uma coxa do que parecia ser de uma ave, devorou e soltou um gemido quase igual ao que tinha soltado quando Øřïœŋ a beijou mais cedo, a carne era tão suculenta que derreteu em sua boca, os sabor delicioso explodiu sobre o seu paladar.

[...]

Agnes estava jogada na cama em seu quarto, descansando a sua barriga após devorar uma boa parte do jantar, ela havia comido tanto que sua barriga ficou com uma protuberância nada generosa, seu corpo já estava dando sinais de sono, ela sentia em paz, como nunca tinha sentido antes, seu corpo estava satisfeito e bem, diferente do seu coração que teimava em ficar se magoando por não ter visto Øřïœŋ o dia todo. Cansada daquela melancólia ela se enrolou nas peles macias e fofas e dormiu um sono profundo onde ela e Órion se amavam.

O sol banhava o corpo Agnes quando o dia amanheceu graças a enorme abertura em seu quarto, ela esticou-se na cama, tentando jogar toda a preguiça do seu corpo, lentamente ela levantou-se e encontrou a sua refeição da manhã na mesma mesa que ela tinha atacado a refeição do primeiro dia em que tinha chegado naquele lugar.

Ela atacou a refeição como em todas vezes que ela tinha se alimentado ali, sem educação e sem limites, ela simplesmente comia até sentir sua barriga pesar e ameaçar um possível vômito, após se saciar ela se levantou e foi até a abertura e encarou o dia lindo lá fora, o céu estava bem azul, e as nuvens pareciam algodões de tão fofas que eram, a floresta parecia tão calma e amistosa, que fez o seu corpo relaxar e desejar correr pôr aquela terra viva.

Ela estava tão absorta pela boa sensação que se assustou quando sentiu alguém tocar em sua cintura e depositar um beijo em sua cabeça, ela se virou e encarou duas íris azuis igual o oceano, Órion a encarava como se tentasse ler seus pensamentos mais sórdidos.