🔥Capítulo 14🔥

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Agnes não entendia a reação de Øřïœŋ. Será que ele havia se arrependido de tê-la? Agnes não era uma expert em sexo, se sentia igual um peixe fora d'água, no entanto, aquilo o que eles fizeram horas atrás foi diferente, um diferente bom.

Em toda a sua vida nunca se sentiu tão amada, para de repente ser rejeitada, aquilo foi que nem um soco no estômago, os seus olhos começaram a se encherem com lágrimas não derramadas.

Nicolay sempre fora tão violento e previsivel, nele ela sempre esperava tapas, chutes e xingamentos, mas Øřïœŋ, era imprevisivel, ele a tratava como uma rainha, ela não sentia que nunca saberia lidar com ele. O seu jeito terno a desconcertava e a assustava, ela temia se apaixonar demais, para depois ser descartada, como todos faziam com ela.

Cansada de remoer e chorar as pitangas, Agnes se levantou da cama foi se banhar nas águas termais.

Mesmo estando há um bom tempo se banhando nas águas quentes e deliociosas do pequeno lago dentro da caverna, Agnes ainda se encontrava pensativa, ela temia ser despejada por
Øřïœŋ, ela sentia que a sua rejeição a mataria. Então ela decidiu que já estava na hora de traçar algo plano para sair dali antes que se machucasse ainda mais. É claro que ela não pensava em voltar para o inferno que um dia chamou de lar, talvez ela poderia aproveitar a estadia de estar no mundo dos dragões e passasse a conviver ali. No começo seria dificil, mas não seria nada que ela não pudesse desenrolar, ela é uma sobrevivente e enfretaria os desafios frente a frente.

Foi com esse pensamento que ela saiu da piscina e foi andando por toda a caverna, em busca da saida.

Mal sabia ela que nas cavernas de dragões eram cheios de túneis e mais túneis, alguns com armadilhas...

Dragões não eram formigas, no entanto, possuiam hábitos de fazerem diversos túneis que levavam a outros cômodos em sua toca, além do perigo de se perder, havia o mais perigoso que era cair em uma passagem de entrada de ar.

Esse hábito foi criado pelos os proprios machos para agradar as suas fêmeas e impedirem de que elas saiam pelas florestas procurando tocas. As fêmeas quando estão proximas do cio, instintivamente saem a procura de tocas, para construir ninhos, de preferencia um lugar seguro, apertado, confortavel e bem ventilado.

Nesse periodo de tempo as fêmeas rejeitam aproximação de qualquer macho e até a do companheiro. E só quando estão no apice do cio, elas aceitam a aproximação, seja da especie que for, uma fêmea, companheira e marcada por um macho dragão, sempre terá este instinto.

Mas, Agnes não sabia disso...

Andava despreocupadamente pela a toca, ela subia e descia pelos corredores, virava para a direita e para a esquerda, quando de repente viu a luz do dia, pensando que fosse a saiada, nem se preocupou em olhar para o chão em que pisava, quando de repente faltou o chão abaixo dos seus pés, instintivamente agarrou a primeira coisa que conseguiu, antes que caisse em uma queda fatal pelo precipicio. A raiz de uma árvore que crescia nas paredes externa da montanha foi a única coisa que separou Agnes de uma morte terrivel. Mas, ela não aguentaria para sempre e foi com essa constatação que fez com que ela começasse a trabalhar em como sairia daquela situação.

O primeiro pensamento que veio a sua cabeça foi que a única pessoa que poderia tirá-la daquele problema seria Øřïœŋ, no entanto, ela não sabia onde ele estava ou se estava. Se ele ao menos pudesse ouvi-la.

- SOCORRO!!! ALGUÉM ME AJUDE! - gritou Agnes.

Nada.

E mais uma vez ela gritou, mas ninguem a ouviu. Exceto uma pessoa.

Um dragão jovem, solteiro, pertencente da terra. Estava a procura de uma toca e por isso cavava um buraco na terra, com o objetivo de analizar o solo. Apesar de estar a alguns quilometros de distancia, a sua otima audição, captou o chamado de socorro, do que parecia ser de uma fêmea.

"SOCORRO!!! ALGUÉM ME AJUDE!"

Curioso, o macho seguiu de onde vinha a voz, sempre atento, o macho então captou o cheiro de um macho dominante.

Dragão do gelo.

Aquele territorio tinha um dono e apesar de que no momento ele não esteja por perto, o macho da terra sabia que se ousasse se aproximar do territorio alheio, ele estaria cometendo suicidio.

No mundo dos dragões a regra era clara: não se meta onde não foi chamado.

Cada um em seu quadrado.

No entanto, o jovem macho estava muito curioso, a fêmea agarrada a uma raiz no meio do precipicio, não parecia ser uma dragão fêmea. Até porque se fosse, não estaria em uma situação como aquela.

Curioso. O macho se aproximou cada vez mais perto, até estar abaixo da fêmea, que exibia uma bunda branca, seu nariz foi diretamente para o corpo pequeno e frio.

- HAAAAAAA!!! SOCORRO!!! - assim que sentiu as narinas do dragão a inspecionando, Agnes começou a gritar desesperada, balançando as pernas, que coicidentemente acertavam a cara do pobre macho.

O resultado de toda aquela algazarra foi que a raiz da arvore quebrou e Agnes caiu em cima do jovem dragão, que se desiquilibrou e tambem caiu em direção ao chão.

Por sorte Agnes caiu em cima do dragão, o que amorteceu a sua queda, já o pobre macho não teve tanta sorte assim... o forte impacto no chão fez estrelas aparecerem em sua cabeça.

Assim que se sentiu um pouco melhor o macho se levantou e encarou uma Agnes em pé, pálida de medo.

- Mme ddesculpa, não a minha intensão. Você me entende não é?

O macho bufou.

Fêmea atrapalhada.

Ele estava com raiva e se perguntando se valeria a pena come-la, mesmo não parecendo possuir muita carne.

Apesar da forte vontade de devora-la ser maior, ele percebeu que tinha que ser cuidadoso, a fêmea tinha sido marcada pelo o macho dono do territorio. Ou seja, ela tinha dono.

E ele não acabou de sair da toca dos pais para morrer por causa de uma fêmea comprometida. Então sem mais e sem menos o jovem macho saiu em disparada, deixando uma Agnes sozinha, surpresa e confusa.


Corações de GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora