🔥Capítulo 25🔥 (Lembranças)

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O vento soprava agitando a copa das árvores, folhas caiam, pássaros cantavam...

O cheiro da lavanda do bosque infiltrava-se nas narinas de Moira, cujos os olhos se deslumbrava com a visão das estrelas brilhando no céu.

- É tão lindo... - murmurou perdida.

- É sim. - concordou Ēďēŋ. - Mais nada se compara com a beleza dos seus olhos.

- Sabe você quase não me fala do seu mundo. Como ele é? - questionou curiosa.

- É maravilhoso, as estrelas parecem ter vida própria, a aurora boreal ilumina o céu e os insetos brilham como pequenas estrelas coloridas.

- Nossa... - suspirou Moira.

- Eu prometo um dia ti levar para o meu lar. - prometeu Ēďēŋ enquanto embalava sua fêmea em seu grande corpo. - Você será feliz e muito amada.

- Oh Ëďēŋ... - Moira tocou a face do seu amado e permitiu que as lágrimas em seus olhos escorressem e molha-se o peito de Ēďēŋ. - Eu te amo tanto que não importa onde estejamos, se eu estiver ao seu lado este será o meu lar.

Ēďēŋ beijou a testa da sua amada.

- Eu te amo tanto Moira que dói só em imaginar uma vida sem você.

- Não deveria doer caro Ēďēŋ, pois eu sou sua, somente sua e não irei a lugar nenhum...

Ēďēŋ sorriu, a deitou calmamente no chão, tocou a face da sua amada, seus olhos a adoraram, sua boca a beijara.

Adorando...

Amando...

Ele a amava.

E ela o amava.

Ēďēŋ tocou no ventre volumoso, o filhote não tinha o seu sangue, mas o considerava como o seu.

Apesar da forma em que foi gerado, aquele pequeno ser, era um pedacinho da mulher que amava.

- Eu sinto que está perto de nascer. - sussurrou Moira.

- Eu sei... é disso que tenho medo, os inimigos estão próximos e você estará vulnerável.

- Não temo mal algum, pois tenho você aqui para me proteger.

- Prometo dar a minha vida por você.

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Ēďēŋ não estava blefando quando jurou dar a sua vida para salvar a sua amada.

Um mês depois os inimigos os encontraram, os cercaram, os atacaram.

Moira estava em trabalho de parto, sentia dores por todo corpo, no entanto, não parava de correr, adentrando cada vez mais a floresta, enquanto o seu amado lutava, dando-lhe tempo para fugir.

Infelizmente, Ēďēŋ não podia fazer muito, era muito fraco, estava ferido e incapaz de voar.

Mesmo assim lutava bravamente contra um exército de caçadores.

Um caçador perfurou o seu abdômen atravessando suas escamas o ferindo. Ēďēŋ rugiu de dor quando outro caçador perfurou o seu olho esquerdo com uma faca.

Sangue banhavam a floresta, seja dos caçadores ou de Ēďēŋ.

Árvores queimavam devido ao fogo.

Corações de GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora