🔥Capítulo 17🔥

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Capítulo dedicado às minhas leitoras que pediram mais um Kkkk .

O "achei", o "pensei" e "acreditei" ... são apenas as somas dos nossos mal-entendidos, uma interpretação errada de um fato. A verdade é que as pessoas têm medo de que aquilo que acreditam ser a verdade, seja real. As vezes ouvir da boca, daquele que você mais preza certas verdades, pode ser doloroso.

Øřïœn e Agnes sabiam muito bem disso... eles sentiram isso na pele.

Agnes jamais esqueceria daquele momento em que esteve cara a cara com aquele enorme dragão assustador.

E Øřïœn jamais esqueceria que esteve tão perto de perder a sua amada fêmea.

Para um dragão a rejeição da sua fêmea é mais doloroso do que arrancar o coração do peito.

Muitos dragões rejeitados costumavam arrancar os seus corações do seu peito de tamanha dor. Quando mais forte o laço, mais ligados eram.

Øřïœn carregou Agnes até a toca, ele estava desacordada, devido ao sono, ele a depositou na cama de peles.

Assim que o corpo dela tocou as peles, ela enroscou-se no calor delicioso dos lençóis, Øřïœn não conseguiu deixar de olhá-la e velar o seu sono. A sua fêmea era tão pequena e deliciosa, ele sentia que jamais conseguiria olhar outra fêmea com desejo ou achá-la linda, pois para ele só existia Agnes em seu coração.

Meio relutante Øřïœn se obrigou a sair do quarto, ele necessitava organizar algumas coisas, pois em breve ele teria que retornar às terras geladas.

Mesmo não sendo o lugar em que nasceu, os dragões precisam de tempos em tempos retornar ao lugar em que a sua espécie domina e se originou. Os dragões podiam viver fora de seu habitat natural tranquilamente, entretanto, eles têm que retornar ao local em que sua espécie se originou, para assim recarregar as suas energias.

Caso o dragão não retorne, o seu corpo se degradaria lentamente, até a morte.

Øřïœn teria que retornar o quanto antes, devido ao fato de ter hibernado duas décadas ele gastou poucas energias e por isso não foi tão afetado. Mas, o cansaço e a indisposição que sentia já estava dando os sinais de que precisava retornar o quanto antes.

O problema é que uma fêmea após ser marcada e acasalada, logo em seguida entrava no cio. E as manhas da sua fêmea estavam aumentando a cada dia, ele também não podia deixar de ignorar o fato dela ter entrado numa toca.

Agnes havia lhe contado sobre o que aconteceu antes de ser ameaçada pelo o dragão, inocentemente ela tinha ido procurar uma toca, um lugar para ficar. Por trás deste gesto, instintivamente o seu corpo estava procurando um lugar apertado, quentinho e ventilado, seguro de predadores.

Ou seja: Um ninho perfeito.

Ele também não podia ignorar o fato de que Agnes nos últimos dias,  inconcientemente,passou a esfregar a sua excitação pela a sua caverna, um convite silencioso para a cópula, que seria em breve.

Isso significava que ele teria que se manter distante da sua fêmea, para não incomodá-la, fêmeas no cio se tornavam inquietas e solitárias, elas involuntariamente deixavam rastros de excitação por toda a toca e passariam a maior parte do tempo construindo o ninho e quando enfim o ápice do calor chegar, aí sim seria o momento de copular.

Fora isso nenhum macho poderia atrapalhar ou acasalar, pois poderia interromper o acasalamento.

Diferente dos humanos, o acasalamento de reprodução das outras espécies, tinham um ritual seguindo um roteiro, é o momento em que o macho e a fêmea devem estar em sintonia, um erro pode levar perda de filhotes, cio interrompido ou aborto. Inúmeras coisas poderiam acontecer.

Corações de GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora