🔥Capítulo 15🔥

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Agnes não sabia, mas o mundo dos dragões havia pequenas regras básicas: nunca toque em qualquer coisa, em qualquer lugar, cuidado onde pisa e onde vai, até as flores mais bonitas e pequenas eram venenosas e perigosas.

E ela agia como uma criança que descobre o mundo, tocava em tudo, via tudo pegava tudo. Chegou até bem pertinho de uma planta venenosa e quase foi devorada por uma planta carnívora, no entanto, estava ocupada demais vendo um casal de passarinhos no ninho.

A cada passo que ela dava mais coisas ela descobria, era como estivesse no paraíso, aquele Mundo Novo sem dúvidas escondia muitos segredos, tais segredos que a Agnes estava louca para desvendar. Desde pequena ela sempre foi vista como uma criança curiosa e cheia de vida, a sua mãe por sua vez tinha que tomar bastante cuidado com a sua pequena, já que a mesma adorava arranjar um encrenca.

Certa vez, ela tinha decidido melar os cabelos com mel e não qualquer mel, mas o mel vindo diretamente da Colmeia com todas as abelhas vivíssimas  e tudo isso para atrair o urso, que segundo ela seria o seu bichinho de estimação.

E lá estava ela andando tranquilamente por aquele mundo novo e desconhecido, a cada passo que Agnes dava ela descobria algo bem mais interessante, no entanto, ela notou que em breve escureceria e ela necessitaria de um lugar para passar a noite ou morar, já  que  dja acreditava que aquele homem gentil, nãk a queria majs.

De repente algo lhe chamou atenção ela viu um amotoado de rochas que mais parecia uma toca de lobo.

Com a pulga atrás da orelha Agnes se aproximou lentamente da toca e notou primeiramente que dentro da toca era bastante escuro e não dava para ver nada lá dentro. O lugar era quentinho e ventilado e por incrível que pareça não era fedido, sem poder se segurar e resistir a tentação, Agnes se arrastou para dentro da toca e e torceu para que não houvesse nenhum animal dentro.

Agnes se arrastou e se arrastou, os túneis não parecia ter fim e isso a preocupou ela estranhou bastante, primeiro lugar o buraco era do seu tamanho, segundo lugar os túneis pareciam serem infinitos, foi neste momento que Agnes percebeu a loucura que tinha cometido. Ela não estava em seu mundo, e ela podia saber bem pouquinho sobre os dragões, mas pelo o que ela pôde observar os dragões pareciam viver em rochas, bem pelo menos Øřïœŋ vivia em uma montanha.

Mas será que todos viviam nas montanhas?

Pelo que ele havia lhe dito havia diversas espécies de dragões os que vivem na terra, no ar, nas águas, na Neve, no fogo, à noite e o dia.

Agnes já estava decidida a voltar quando de repente escutou um barulho de chorinho de bebê, não um bebê, mas vários bebês.

Sabe aquele momento em que você percebe que foi que fez merda? Pois bem  Agnes percebeu isso mas, já era tarde demais.

Øřïœŋ se culpava e se sentia o macho mais desprezível de toda a terra, ele temia ter machucado a sua fêmea, ele sentia que devia ter tido mais cuidado, mas quando ele percebeu que exagerou já era tarde demais, ela havia sofrido tanto, mesmo ela não ter dito a ele o que passou, ele podia sentir, pelo laço o que os unia, ele sentia que algo a tinha machucado, pois havia tanta dor guardado no seu coração, tanta mágoas, tantas feridas, ele devia ter tratado as suas feridas, mas o que ele fez foi se aproveitar da sua inocência e a machucou e isso o torturava.

Decidido a se desculpar e se redimir com a sua fêmea Øřïœŋ voltou para a sua toca, mas ele não estava preparado para as grandes surpresas que teria ao chegar lá. Agnes não estava lá, por um segundo Øřïœŋ pensou que a sua fêmea o havia rejeitado, ele procurou em seu coração seu espírito e em sua alma se havia algum sinal de que ela o tinha rejeitado. E procurou o laço que os unia e sentiu ele intacto.

Agnes devia ter fugido, isso significava que ela devia estar em perigo. Ele puxou, tentando sentir o cheiro da sua fêmea, foi nesse momento que ele percebeu um odor diferente da sua fêmea, ele estava tão preocupado com Agnes, que havia deixado esse detalhe passar.

Um macho Jovem  e solteiro esteve em seu territorio, ele farejou cheiro, seguindo o rastro invisivel e só se acalmou quando percebeu que ambos seguiram caminho diferentes.

Então a prioridade naquele momento seria encontrar a sua fêmea e traze-la de volta para casa.

Ele então seguiu o rastro de Agnes, minutos depois ele já estava proximo, quando escutou o grito aterrorizado e desesperado Agnes, então sem demora ele se transformou em seu enorme dragão branco poderoso e  passou a correr, cortando tudo o que tinha pela a frente.

Ao chegar bem próximo ao som, ele viu dois dragões encurralando Agnes contra uma arvore.

Um macho e uma fêmea.

A fêmea estava encolhida atrás do macho, ela protegia os seus três filhos,  enquanto o macho que na frente parecia furioso prestes a atacar.

Então sem demora Øřïœŋ tratou de correr e tomar o seu lugar e enfrentar o dragão e defender a sua fêmea. No primeiro momento o macho recuou devido ao susto. Recuperado do susto passou a desafia-lo para o combate.

Øřïœŋ entendia muito bem o que estava acontecendo, possivelmente Agnes devia ter entrado no território deste dragão, isso poderia explicar a sua fúria.

Øřïœŋ não ia deixar a sua fêmea sozinha, logo ele tratou de enfrentar o seu adversário, mostrando a sua autoridade, ele sabia que a fêmea não lutaria, pois temia se afastar dos seus filhotes, mas o macho provavelmente iria lutar para defender o seu território, a sua fêmea e as suas crias.

Isso era um problema, aparentemente aquele dragão mostrava ser bastante territórialista e Agnes não só entrou no seu território, como deve ter mexido com a sua fêmea ou seus filhotes e isso tornava algo tão mais dificil de contornar.

A chance dessa luta sair de forma pacífica é quase impossivel, só existia duas opições: aquele dragão recua ou morrer. E apesar dessa ideia ser um pouco tentadora,  Øřïœŋ tinha que se segurar para não assustar a sua fêmea.

O seu adversario estralou a sua mandíbula e Øřïœŋ rosnou.

E então com a sua voz grossa, falou em nossa língua:

Afaste-se! — falou para o dragão que não recuou e rugiu.

—  A sua fêmea invadiu o meu território, pôs em risco os meus filhotes, não irei permitir que saiam daqui. Vocês invadiram o meu território!

Não queremos problemas, então recue e deixe-nos ir, a não ser que queira que a sua esposa fique sem companheiro e que os seus filhotes morram, devido aos predadores.

O macho rival encarou Øřïœŋ por longos minutos, analisando toda a situação. Ele notou que Øřïœŋ era um macho dominante, ele não teria chances contra ele e apesar que isso fira o seu orgulho, ele não podia deixar a sua fêmea sem companheiro e seus filhotes sem um pai.

Então recuou.

Corações de GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora