Sirius Órion Black é muitas coisas, inclusive um mentiroso. Ele mentiu para Regulus quando prometeu que voltaria para buscá-lo, assim como ele mentiu para sua filha quando disse que voltaria para buscá-la do orfanato. No dia 31 de outubro de 1981 Aurora Black não só perdeu o pai mas perdeu sua infância. Ela não sabia que depois daquele dia nunca mais seria a mesma coisa. Primeiro vamos recapitular o dia em que tudo aconteceu.
Sirius Black estava parado em frente ao orfanato Wool, ele tinha lágrimas nos olhos enquanto olhava para pequena e doce Aurora, que tinha um olhar inocente e estava alheia dos próximos passos de seu pai que mudariam sua vida para sempre.
Ele se abaixou na altura da garotinha que estava distraída olhando a entrada do lugar, parecia aterrorizante por fora assim como era por dentro.
- Aurora. - Sirius disse baixinho, atraindo a atenção da garota que olhou para ele em dúvida. - Eu preciso ajudar seus padrinhos e seu primo Harry, por isso tenho que te deixar aqui. Você entende?
A garotinha pareceu pensativa mas entendeu, seus padrinhos e seu primo Harry estavam em perigo e seu pai iria os ajudar como o verdadeiro herói que ele é.
Mal sabia ela.
- Tudo bem papai. - concordou. - Você vai voltar para me buscar logo? - ela perguntou receosa, olhando para os lados assustada.
- Claro que vou meu amor, eu estarei aqui mais cedo do que você imagina. - ele disse tão convicto de suas palavras que Aurora concordou. Se levantando ele deu dois passos para trás, um último olhar enviado a garotinha e suas últimas palavras. - Eu amo você pequena lua. - e então o familiar som de pop para Aurora, e seu pai não estava mais ali.
Estava de noite e a rua era escura, ela deu um passo para perto do portão quando uma voz a chamou.
- Oi pequena, está sozinha aqui? Aonde estão seus pais? - a mulher se dirigiu a Aurora, e ela podia jurar que ela não estava ali antes. Mas para Aurora a mulher não parecia ter mas intenções afinal, ela só tinha 5 anos e não poderia saber que a gentil mulher ali, era uma mentirosa assim como seu pai.
- Meu pai teve que ajudar meus padrinho e meu primo Harry. - ela disse. - Por isso me deixou aqui, já está tarde e é melhor eu entrar. Foi um prazer. - Quando Aurora deu mais um passo a mulher entrou na sua frente e se abaixou até a sua altura.
- Eu não entraria aí se fosse você, querida. - a mulher começou fazendo Aurora a olhar confusa. - As crianças que vivem aí são todas mal educadas e vão machucar você. Sem contar que a mulher que é dona daí também vai fazer coisas ruins com você. - Aurora deu um passo para trás olhando para a mulher. - Eu tenho doces no meu carro, o que você acha de ir buscar comigo e então damos uma volta até seu pai voltar?
Aurora se animou com a menção de encontrar seu pai e concordou. A mulher sorriu e estendeu os braços para ela e ela aceitou.
Mal sabia ela que era a última vez que tinha controle de si mesma...
dias atuais...
Aurora estava se preparando para uma missão na Alemanha novamente, o secretário Ross é estupidamente idiota e não aceitava que eles fossem donos de seus próprios narizes. Suspirando ela terminou de calçar suas botas de couro e saiu do quarto encontrando Tony na cozinha do complexo tomando café, ela lhe desejou bom dia e se sentou pegando alguns waffles e recheandos com frutas e mel.
- Você está pronta? - Tony perguntou e ela concordou. - Ótimo, termine de comer e vamos.
- Tudo bem, pai. - ela revirou os olhos de brincadeira e suspirou ao ver o olho roxo que se fazia presente em Tony. - Está melhorando?
Tony concordou com a cabeça e fez uma careta ao se lembrar dos acontecimentos de um mês atrás. Ele apontou para o corte na bochecha de Aurora e ela também fez uma careta ao lembrar de quem havia feito aquilo.
- Ele está morto agora então? - Tony perguntou enquanto roubava um de seus waffles.
- Espero que sim, eu Nat e Yelena cuidamos para que isso acontecesse. - ela deu um tapa na mão dele quando ele tentou pegar outro. - Faça seus próprios negócios, playboyzinho.
- Você não era assim. - Tony resmungou enquanto pegava a chave do carro e se dirigia para o elevador com Aurora atrás dele.
- Pepper me disse que é porque eu ando muito com você. - ela ergueu os ombros despreocupadas e franziu a testa quando viu um círculo amarelo com faíscas aparecerem embaixo dela e de Tony. - Tony, o que você fez? - ela perguntou séria e sem ao menos ter a resposta eles caíram por alguns segundos, eles e mais pessoas é claro.
Aurora caiu em uma posição perfeita, mas só ela e mais duas pessoas tiveram essa chance. Ela se levantou rapidamente ficando em posição de ataque enquanto olhava em volta do lugar, se virando quando escutou reclamações vindo de trás dela, ela segurou o riso ao ver várias pessoas em cima umas das outras.
- Sai de cima de mim idiota. - ela reconheceu a voz de Sam Wilson.
- Só quando o Deus asgardiano resolver se mexer. - ela também reconheceu a voz de seu diretor, Nick Fury.
- Eu despenquei.... POR TRINTA MINUTOS SERES INSIGNIFICANTES! - ela franziu a testa ao reconhecer a voz abafada de Loki e segurou o riso quando viu que Tony estava olhando assustado para ele.
- Olá Printsessa, sentiu minha falta? - ela sorriu ao sentir o familiar vento no seu rosto e a voz rouca do garoto com cabelos platinados.
- Pietro. - ela susurrou e se lançou nos braços do menino quando ele abriu os mesmo, sorrindo ele olhou o lugar em volta e cutuou Aurora para ver que as pessoas apontavam gravetos para eles. - Droga... - ela sussurrou ao perceber aonde estavam.
- Quem são vocês e oque fazem nos terrenos de Hogwarts? - um homem de idade perguntou, ele também apontava o graveto para eles e tinha uma voz firme.
De repente, o familiar círculo que Aurora viu antes de cair apareceu de novo deixando um home que tinha uma capa vermelha e olhava estranhamente para as pessoas ainda caídas no chão, Aurora suspirou e mexeu as mãos fazendo todos ficaram de pé e olharem em volta, cada um assumindo a pose de luta familiar.
- Olá, eu sou Stephen Strange ou Dr.Estranho. – as pessoas o encaravam desconfiadas. – Estou aqui para mostrar filmes sobre vocês e também para exclarecer algumas verdades. - disse olhando para todos notando se realmente tinham prestado atenção. Ele se aproximou de Aurora que tinha os olhos cerrados para ele. - Seu pai estará aqui Aurora, espero que as coisas se acertem.
- Bem, meu pai já está aqui, Estranho. - ela disse apontando para Tony como se fosse óbvio. O homem após saber de sua história a colocou em baixo de sua asa a tratando como um verdadeiro pai.
- Você sabe de quem eu estou falando... - ele disse e no momento seguinte as portas do salão principal se abriram revelando várias pessoas totalmente confusas.
- Isso só pode ser um pesadelo. - Aurora resmungou.
– Isso não parece bom. – Tony murmurou.
– E realmente não é. – ela concordou.
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Lar, é aquele que você cria.
Teen FictionAurora Petrova vivia uma vida tranquila ou quase, quando você tem uma família composta por um gênio playboy e filantropo, um homem que ficou congelado por 70 anos, uma espiã russa letal, um Deus asgardiano com alma de criança, um doutor que se trans...