Bolo de chocolate.

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Mais um capítulo porque eu gosto verdadeiramente de agradar vocês. E também por que estou bem disposta por finalmente ter finalizado o meu trabalho de final de curso, e agora estou simplesmente esperando o dia da defesa com o coração na mão.

Att: muito obrigada por cada comentário. Apesar de não conseguir responder todos, eu leio cada um e sempre sinto o meu coração transbordar de alegria.

Gratidão por tanto.

Narradora Point Of View

Maite realmente ligou para Marishelo avisando sobre o ocorrido, e foi como se tivesse lançado uma bomba em outro continente. Embora a morena tivesse sido firme em dizer que tudo não passara de um susto e que logo mais Anahí teria alta, a matriarca Portilla havia pousado em NY apesar do torrencial que insistia em cair. Estava uma verdadeira pilha de nervos, a ansiedade tomando conta de cada palmo do seu corpo.

Quando as portas de metal finalmente se abriram, revelando uma Anahí sonolenta, o braço imobilizado e uma careta desgostosa no rosto, a mulher correu para abraçá-la do jeito que deu, ignorando a presença de Maite e Alfonso que estavam logo ali. Depois da morte de Henrique, Anahí passou a ser o único mundo em que Marishelo podia se agarrar sem temer ser deixada de lado. E vê-la tão abatida, deixava o seu coração aos pedacinhos.

_ Eu fiquei tão preocupada.- Marishelo falou beijando repetidas vezes a face de Anahí enquanto olhava atentamente para a filha, a tipoia de coloração escura imobilizando todo o braço direito.

_ Está tudo bem, mãe.- Ela murmurou, se recostando no sofá fechando brevemente os olhos, sonolenta demais para se permitir ter uma conversa decente. Marishelo encarou Maite de cenho franzido.

_ Ela precisou tomar alguns analgésicos para amenizar a dor, por isso a necessidade de um bom sono.- Maite respondeu a pergunta silenciosa da mulher que assentiu lentamente.

_ Tudo bem meu amor, vá se deitar um pouco.- A mais velha sugeriu, direcionando um olhar carinhoso a filha que sequer se moveu do lugar.

_ Amor...

Ela chamou em voz baixa, obrigando Alfonso a mover-se por puro reflexo, aproximando-se do sofá em que a artista estava sentada.

_ Estou aqui, pequena.- Disse, o olhar delicado fixo nos olhos azuis agora parcialmente abertos.- Está sentindo alguma coisa?.- Perguntou preocupado.

_ E-euu.. huh... a sua filha está dizendo que quer comer macarrão.- Disse por fim, os olhos brilhantes na direção dele que arregalou os olhos, entreabrindo os lábios de forma surpresa. E foi como se uma pedra tivesse saído do coração de cada um, que ao vê-la pedindo algo tão simples, conseguiram soltar sorrisos animados.

_ Oh, isso é novo.- Ele observou divertido, os lábios curvados em um sorriso delicado.- E o que mais ela disse?

_ Que você tem olhos muito lindos.- Respondeu em meio a um bocejo rápido. Alfonso riu negando com a cabeça, e antes de ir para a cozinha preparar o macarrão que a filha dele queria, depositou um beijo delicado nos lábios dela que suspirou rendida.

Marishelo observava tudo com certa curiosidade.

Maite aproveitou o momento para ir ver a filha que estava dormindo toda bonitinha em seu quarto.

_ Esse é o melhor macarrão que eu comi em toda minha vida.- Ela sussurrou baixo o suficiente para que apenas Alfonso ouvisse, os olhos fixos no prato agora praticamente vázio.- Não deixe a minha mãe saber, ok?

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