Rose

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Quem vos escreve hoje é uma escritora amadora e finalmente formada em Engenharia em Pesquisa e Produção de Petróleo. Eu demorei para voltar porque estava mesmo focada em finalizar essa etapa da minha formação, e agora que acabou, estou realmente pronta para finalizar essa minha FIC amada.

Espero que gostem do capítulo.

Narradora Point Of View

Duas semanas depois

Sophia Bush esperava ansiosa no corredor. Não era de todo uma atitude que todos achariam normal, mas ela o fazia sem se importar com o julgamento de ninguém. Sentia que devia, independente de qualquer coisa.

Respirou fundo, os olhos correndo por todos os lugares enquanto caminhava em direção a porta desejada. Sentiu olhares curiosos sobre si, mas optou por manter a cabeça erguida apenas para não se irritar com seres humanos logo pela manhã. Andou até parar diante de uma porta de madeira um tanto quanto velha, batendo delicadamente em seguida.

Vinte segundos foi tempo suficiente até que a mesma fora aberta. Cabelos ruivos, olhos vermelhos, rosto amassado pelo pós sono e uma expressão surpresa, foi a primeira coisa que os olhos de Sophia enxergaram.

_ De novo aqui?.- Perguntou, a voz um tanto quanto rouca e preguiçosa.- Achei que tivesse ficado mais do que claro que eu não preciso da sua ajuda.

_ Eu tenho essa coisa meio teimosa que não me permite obedecer as pessoas.- Sophia respondeu, um sorriso sarcástico brincando em seus lábios. E sem esperar uma resposta ou um convite para entrar que claramente não viria, ela deu exatos três passos até estar no interior do apartamento, ignorando o olhar aborrecido de Marina. O lugar era muito pequeno para o seu gosto. Com apenas uma sala, a cozinha ficava logo ali, uma geladeira velha, um sofá igualmente antigo e um quarto no fim do pequeno corredor. O banheiro ficava do lado de fora, e era necessário cumprir uma verdadeira fila se quisesse fazer a própria higiene.- Trouxe comida, alguns ítens de higiene e roupas.

_ Por que está fazendo isso?.- Marina perguntou baixinho, o olhar fixo no rosto da mais velha que agia como se fossem velhas amigas.- Você me ajudou naquele dia do restaurante, eu agradeci e pedi que me deixasse em paz. Eu consigo lidar com as minhas coisas sozinha.

_ Não consegue não.- Ela negou com a cabeça enquanto se acomodava do jeito que dava no sofá.- Fazem dias agora desde que você entrou nesse apartamento e não saiu mais. Você está grávida e...

_ Não estou mais.- A mais nova murmurou, encarando a outra que arregalou os olhos surpresa.- O que? Achou mesmo que eu fosse carregar o filho de um cara que abusou de mim?

_ Você está brincando, certo?

_ Eu não saí desse apartamento ainda porque estava me recuperando do procedimento, e não porque tenho vergonha de encarar esse mundo.- Falou dando de ombros.

_ C-como... como você fez isso?.- Sophia a encarou fixamente, o coração martelando no peito. Apesar de manter aquela pose de quem conseguia lidar com todos os problemas do mundo, Sophia olhava para Marina e só conseguia enxergar dor e uma solidão que parecia não ter fim.

Poderia até ser considerada uma puta loucura, mas desde que livrou a ruiva das mãos de Rodrigo, ela não conseguiu simplesmente deixar para lá. Ofereceu ajuda médica à menor, e numa dessas consultas a médica contou que Marina estava grávida. E depois disso, ela simplesmente não conseguiu mais fingir não conhecê-la e se predispôs em ajudar mesmo contra todas as reclamações de Marina.

_ Comprei um remédio na internet e pronto, assunto resolvido.- Suspirou.- E você não precisa realmente fazer isso... Vir aqui como se realmente se importasse.

A ArtistaOnde histórias criam vida. Descubra agora