Epílogo

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NA: Primeiro gostaria imenso de agradecer por todo apoio que vocês me deram durante esses quase dois anos de '' A Artista''. Tivemos muitas paragens ao longo do tempo, mas vocês sempre estiveram do outro lado esperando pacientemente por alguma notificação. Estou escrevendo essa nota com lágrimas nos olhos, por que depois de tanto relutar eu finalmente consegui dar um final, que eu realmente acho digno para esse meu amor de FIC. Espero realmente que vocês tenham desfrutado de cada palavra escrita até aqui, e que eu tenha alcançado os vossos corações com a minha escrita. Obrigada por cada comentário, por cada voto. E por favor, divirtam-se e deixem-me saber o que vocês acharam uma última vez.

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Anahí Portilla Point Of View

15 anos depois...

O tempo havia passado rapidamente, tanto para nós, quanto para tudo e todos que nos rodeavam. Ainda era uma verdadeira surpresa descobrir o mundo inteiro ao lado dele, e eu nunca pensei que fosse encontrar algo amais para me perder além dos meus próprios pensamentos. Seus olhos verdes ainda me fitavam com a mesma empolgação, e era como se nada no mundo fosse capaz de livrar-nos de toda aquela intensidade que nos cercava completamente.

_ Como você está?.- Sua voz rouca livrou-me dos pensamentos corridos durante aquela manhã, movi os meus olhos para fita-lo atentamente e suspirei por tamanha beleza. Ele não deixava nunca de ser lindo, apesar dos quarenta e poucos anos.

_ Huh, dolorida.- Respondi em voz baixa, sentindo o meu rosto esquentar imediatamente. Eu havia me entregado à ele como em todas as vezes durante aqueles todos anos. Era sempre tudo muito intenso, muito profundo e eu nunca permitia me recordar de todos os detalhes com exactidão. Ele sabia perfeitamente como e aonde me tocar. Era... Era algo esplêndido. Seus lábios se curvaram em um sorriso bonito e em seguida ganhei um beijo na bochecha.

Estávamos curtindo o nosso último dia de férias em Milão, um tanto longe de casa. E deixa dizer à vocês que foram as melhores férias de sempre, longe de toda agitação que cercava os nossos dias e longe das nossas filhas. Sim, nós estávamos literalmente fugindo das duas. Não é como se não nutríssemos amor por elas, apenas era importante ficar um pouco longe de tanta empolgação adolescente. Elas conseguiam a acabar com a paz de qualquer um, de um jeito irritantemente fofo.

_ Amore?.- Alfonso tocou em meu ombro, chamando novamente a minha atenção. Respirei fundo sentindo-me envergonhada por ter me perdido e voltei a focar os meus olhos no rosto dele. Os cachos negros já não existiam, mas eu ainda amava passar a mão entre os fios rasos do cabelo dele. Ainda amava cada contorno seu.- Nós precisamos ir agora, temos um voo para daqui a duas horas.- Explicou encarando o relógio que estava na parede do quarto de hotel. Eram apenas sete horas da manhã, e eu não tinha vontade nenhuma de deixar as cobertas.

_ Quero ficar aqui para sempre.- Resmunguei voltando a me encolher entre os seus braços e o riso dele ecoou por todo quarto. Suspirei rendida.- É tão calmo.

_ Si, mas temos duas filhas para cuidar.- Lembrou, o tom de voz terrivelmente doce.- E eu já estou com saudades das duas.

_ Eu também.- Suspirei sem ter outra escolha. Confesso que apesar das duas me causarem dor de cabeça mais do que qualquer outra coisa, eu as amava com tudo de mim e sentia realmente a falta delas.

Pelos próximos trinta minutos, nós tomamos banho sem segundas intenções, vestimos roupas apropriadas para o clima que estava terrivelmente frio e depois de arrumarmos todas as malas, seguimos para o restaurante do hotel. Tomamos um café da manhã repleto de muitas coisas deliciosas e logo estávamos dentro do táxi a caminho do aeroporto. Alfonso entrelaçou as nossas mãos por cima da sua perna direita e eu sorri ao ver a minha aliança de noivado e de casamento reluzindo em meu dedo anelar.

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