Preso inocentemente por um crime que não cometeu, Min Yoongi viu-se em um mundo que nunca imaginou que presenciaria, atrás das grades.
O que ele imaginaria que seria um pesadelo conseguia ser mais surpreendente do que pensou que seria, pois...
queria agradecer muito a @l4ydraw (user do insta) pela comission linda do nosso colombianito, estou apaixonadaaaa!
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LEMON is the new BLACK
• capítulo trinta e cinco •
compromiso que tengo
| t a e h y u n g|
Quando fui ao banheiro, encontrei aquele cara esquisito de novo. O mesmo que quase me causou problemas na farmácia, o tal de Bang Jiwon. Ele tinha uma aparência estranha, e por mais que eu tentasse, não conseguia parar de olhar. Não era sua enorme cicatriz no rosto que mais chamava a atenção e sim sua completa expressão facial e corporal. Ele era como um fantasma a transitar em Suhang, a diferença era que sua presença era impossível de não ser notada.
Eu era acostumado a ver gente assim, o tempo de prisão fazia aquilo com as pessoas. Mas mesmo os criminosos muitas vezes falam muito por seu andar, olhar e até a forma como cumprimentam. Julgar pessoas era algo inevitável, pois era um erro natural de qualquer ser humano, no entanto, aquele cara, em específico, me causava calafrios.
Com certeza foi preso por assassinato e a cicatriz foi sequela dos seus crimes. Ele nunca andava de cabeça baixa, por isso seu olhar era tão assustador, e a pele era quase cinzenta, mesclando com as bolsas escuras do seu rosto. Uma das lentes dos óculos estava um pouco arranhada.
— Sabe que é falta de educação olhar demais? — a voz dele me despertou do transe. — É melhor não encarar tanto, ou pode acordar sem seus olhos mais tarde.
Ele não me encarou diretamente, olhava para mim através do espelho. Mas eu via suas pupilas fixas como uma estátua e o brilho laminar naquela escuridão. Em uma prisão, não se pode deixar ninguém intimidá-lo. Você pode cooperar para não causar problemas, mas abaixar a cabeça pode significar que essa pessoa o veja como vulnerável mais tarde.
Foi difícil, mas virei o rosto. Antes eu o encarava somente pelo espelho enquanto escovava os dentes, agora fui obrigado a olhar em seu rosto.
— Se quiser privacidade, peça a um guarda uma suíte presidencial — respondi com sarcasmo — Aqui haverão milhares de olhos o encarando todo dia. Vai querer mandar em cada um deles?
