Lise Walker
Quando cheguei no endereço, em frente à residência já havia muitos curiosos e a mídia local fazendo a cobertura do ocorrido, a rua onde a vítima morava, era de um conjunto residencial repleto de casas e apartamentos de luxo, a elite de Nova York vive lá, o local do atentado em questão era protegido por um muro alto e tinha uma porta na rua que ficava a pelo menos uns quatro metros aproximadamente da frente da casa (um prédio com quatro andares). Estacionei o carro poucos metros à frente e fui até lá, apresentei minhas credenciais para o policial que protegiam a área e passei pela entrada que dava acesso à casa.
Havia um belo jardim no caminho até a residência e enquanto seguia por ele até a porta da casa, notei que aquele local tinha uma segurança bem reforçada, com câmeras por todos os lados.
Dois seguranças estavam conversando com um policial que anotava algo, então me questionei na hora, a dificuldade e a coragem que teriam para realizar uma tentativa de homicídio em um local assim, nesse instante o Tenente Evans saiu da casa e veio ao meu encontro enquanto tomava um café expresso.
— Parece que esse caso não vai nos deixar dormir. — Disse.
— Sim. — Respondeu ele bastante preocupado.
Entramos na casa, era realmente bem luxuosa e grande, móveis caros, cadeiras e lustres de cristais antigos, objetos vintage de um estilo de decoração que eu não fazia ideia, talvez fosse século XX ou XIX. Fora o policial que estava na porta da casa, havia outros três policiais na minha frente que procuravam evidências ou tiravam fotos de alguma parte do que parecia ser a sala de estar.
— Venha a cena fica no terceiro andar. — Disse o Tenente.
— Todo esse lugar corresponde a casa do juiz? — Perguntei curiosa.
— Sim.
— Há alguma coisa que pode me informar de antemão sobre esse incidente? — Perguntei enquanto passávamos por um corredor com algumas portas fechadas na lateral.
— Parece que ele foi também ferido por uma arma branca, do mesmo tipo e na mesma região no corpo que o advogado. E aparentemente tem a mesma mensagem na arma que na vítima anterior — Respondeu.
— Então posso supor que o Juiz também está estável?
— Sim, não corre risco de vida.
Após chegarmos ao terceiro andar da casa seguimos por um grande corredor, que como toda a casa também tinha uma decoração antiga, por fim, finalmente estava lá eu no quarto onde ocorreu o atentado.
Era um grande e luxuoso quarto.
— Porque não fiz a faculdade de Direito? — Ironizei olhando em volta.
A cama estava com a coberta bagunçada e machada de sangue, fora isso não havia nada de anormal ali.
— E então o que já sabem? — Perguntei enquanto colocava as luvas para examinar a cena.
— Segundo o que sua esposa disse no depoimento, ela estava tendo uma noite normal, foi para cama por volta das 23h e após pegar no sono só se lembra de acordar com o grito de dor do marido e de ver no escuro de relance a silhueta das costas do suspeito saindo do quarto, após isso imediatamente tentou socorrer o marido desmaiado do seu lado ligando e pedindo por socorro pelo interfone do quarto para os funcionários que, não respondiam já que o sistema não estava funcionando, em seguida ela ligou do seu telefone móvel para uma ambulância e gritou por socorro até que uma de suas empregas veio ao seu encontro, depois disso, nós fomos finalmente chamados.
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O Efeito Inevitável
Mystery / ThrillerHannah Watson é uma advogada que acaba de retornar a Nova York, cidade onde cresceu e passou a maior parte de sua vida. Embora aparentemente tenha voltado por motivos profissionais, seus objetivos vão muito além disso. Coincidentemente (ou não) ao s...