Zyfek Cooper
Levamos Stella para um corredor a nossa esquerda, e viramos em seguida indo por outro na direita até uma sala. Era um escritório com uma porta, tinha uma mesa e várias cadeiras, do lado oposto a porta uma vidraça para ventilação que dava para um galpão cheio de caixas e outros equipamentos mecânicos.
Lá dentro coloquei um pano e amarrei para não ela não perder mais sangue. Eles não demoraram a nos encontrar, já que seguiram o rastro de sangue. Hannah ficou na porta trocando tiros com eles com dois UZI.
— Merda! — Dizia ela repetido. — Temos que chegar nele de qualquer jeito! Não podemos perder tempo aqui!
— Esse é um lugar grande, tem alguma ideia onde ele possa estar?! — Perguntei enquanto apertava o pano forte na coxa de Stella que estava deitada em cima da mesa com feições de dor.
— Provavelmente no segundo andar. — Afirmou ela ao lado de costa para parede recarregando.
Do outro lado da sala, tiros acertaram as vidraças e quebraram tudo. Eles haviam se dividido e estavam atacando em ambos os lados.
— Stella se virou e caiu no chão eu agachado comecei atirar sem olhar com arma, me encostando na parte da parede abaixo da vidraça.
Em meio a essa chuva de tiros, ouvimos um som, vindo do pulso de Hannah que estava agachada com um dos joelhos flexionados, já com os UZI descarregados jogados ao chão, com a mão e parte do rosto para fora da porta apontando e atirando com uma pistola, enquanto na outra tinha outra, que ela apontava para a janela, atirando naquela direção.
Era um som parecido como de um despertador. Ela foi mais para dentro da sala para se proteger dos tiros, e ficando um metro de nós agachada do lado da mesa recarregando suas pistolas.
Eles do lado de fora continuavam a atirar em direção a porta.
— O que foi esse som?! — Indaguei
— Só faltam cinco minutos.
— Porque você não se deu o trabalho de garantir que pudesse durar mais? — Perguntou Stella insatisfeita com a situação.
— Se eu pudesse eu faria isso, — Respondeu. — mas não é uma tecnologia simples de se conseguir fazer, e de qualquer forma, a frequência do mesmo perde a potência com o tempo a medida que o cérebro humano se adapta a ele.
Ela parecia abatida. E em instantes demonstrando um estado de fúria foi se aproximando cautelosamente até a porta. Nesse momento comecei a pensar, se o que ela falou de fato acontecesse, então todos nossos esforços, os sacrifícios, tudo significaria nada.
— Nos deixe aqui e vai atrás dele. — Disse Stella me surpreendendo e a ela também antes dela ir até a porta.
Hannah a olhou com surpresa. — Como?
— Você disse que se ele não for detido então vamos todos morrer não é? Então vá!
— Mas e vocês? Se deixá-los aqui eles...
— É melhor morrer sabendo que fizemos algo que teve um propósito do morrer sabendo que tudo foi em vão. — Afirmei.
— Não, vá você também Cooper! Não precisa morrer aqui. Eu sou a única descartável, ficarei aqui e ganharei o máximo de tempo possível.
— Mas do que você está falando é claro que... — Então o homem começou a atirar onde estávamos e eu atirei de volta agora o vendo claramente ele se escondendo atrás de uma máquina nos fundos do galpão.
— Eu não vou deixá-la aqui.
— É a melhor opção. — Concordou Hannah que atirava no corredor ao lado da porta e em posteriormente se sentava de costa para parede do lado da mesma. — Eles parecem ser bons, você proteger ela nessa circunstância seria quase impossível.
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O Efeito Inevitável
Mystery / ThrillerHannah Watson é uma advogada que acaba de retornar a Nova York, cidade onde cresceu e passou a maior parte de sua vida. Embora aparentemente tenha voltado por motivos profissionais, seus objetivos vão muito além disso. Coincidentemente (ou não) ao s...