Capítulo 30

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Hannah Watson

Nova York

19/04/2017

O relógio marca 4h23, estou em minha cama. Algum barulho me fez acordar instantes antes. 

A lâmpada do quarto está desligada, a porta do quarto não estava totalmente fechada, então notei que a luz se acendeu.

Parece estar vindo da sala ou da cozinha.

Me levanto com cuidado, ainda estou sonolenta.

Caminho pelo corredor e vejo uma mulher de cabelos ruivos, bebendo um copo de água.

Ela parece estar incomodada.

— Mãe?

Ela se vira para mim e responde:

— Filha? Eu te acordei?

Aqui está — Disse ela colocando a omelete no meu prato. — O bacon está no prato coberto do seu lado.

— E como era o sonho? — Perguntei

— Era sobre a mesma coisa de sempre.

— Era sobre o aquele homem de novo? Mãe tem certeza que nunca viu ele antes? — Eu peguei o bacon e coloco no meu prato — Já teve vários estudos que dizem que todos os rostos das pessoas com que sonhamos são de alguém que já vimos antes.

— Se eu o vi, eu não me lembro. — Ela se senta na mesa. — Eu só não entendo o porque deles nunca pararem. Qual o sentido de eu ter sonhos sucessivos que vivia minha vida com outra pessoa no futuro?

— Sabe o que eu acho. — Mastiguei a comida. — É o seu cérebro te dando um recado.

— Recado?

— Papai já morreu faz quase dois anos. Já está na hora de continuar a sua vida.

— Foi isso que a Daisy disse. — Ela sorriu com desdém. — Para mim isso é uma idiotice. Só porquê eu sonhei que vivo com um jovem 10 anos mais novo que eu? Isso é crise da meia-idade isso sim.

— Pense bem, quando os sonhos começaram? Não foi quando eu decidi que iria voltar para a Inglaterra para estudar direito?

— E daí?

— É a resposta que seu subconsciente diz para a sua situação. Você ira ficar sozinha mãe, mas não precisa. Você ainda é muito nova. Ainda não tem nem 40.

— Deixando isso de lado, e sua prova, ACT(American College Testing), é hoje certo?

— Sim. — Me levantei — Ainda tenho que revisar um assunto! Tchau!

— Estudar no dia da prova? Não sabe o que os especialistas dizem disso?

— Sim eu sei, mas é melhor revisar agora do que tentar me lembrar na hora da prova de algo que não me lembro agora. Além disso é só um tópico. Não vou tentar aprender nada do zero.

Voltei para o quarto, e revisei o assunto que estava pendente. Então por volta das 12h almocei e depois fui prestar o exame.

Após algumas horas quando sai do local fui para casa com minha amiga Adell. Ela não parecia muito confiante com seu resultado embora eu soubesse que ela provavelmente tenha ido bem.

— Ainda assim, você tem muitas chances de se dar bem, já eu não sei se vou conseguir ir pra Oxford, mesmo que tenha feito uma boa prova. — Refleti.

— Por quê? Pela concorrência ou por sua mãe?

— Pelos dois.

— Por que não fica em Nova York mesmo? Além da sua mãe eu também vou sentir muito sua falta. — Ela passou a mão no meu cabelo ruivo e puxou.

O Efeito InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora