Capítulo 7

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Zyfek Cooper

— Você quer uma bebida, água ou algo para comer? — Perguntei a Hannah Watson no momento em que ela se sentou no sofá da sala em meu apartamento.

— Um copo d'água já estaria bom. — Respondeu educadamente. Ela já havia colocado o chapéu e o casaco no cabide próximo à porta. Trouxe instantes depois a água que me pediu.

Ela bebeu rapidamente e agradeceu:

— Obrigada.

— É... eu acho que você esqueceu da peruca.

— Ah é verdade! — Disse ela enquanto a tirava cuidadosamente e colocava no seu lado.

Hannah Watson era uma mulher bastante atraente, aparentava ter por volta dos 19 anos, embora eu soubesse lendo sua ficha antes que tinha 23. Seus cabelos eram lisos e ruivos, tinha olhos verdes, um nariz bem afinado, pele pálida, era esbelta e vestia um suéter branco de manga comprida com calça jeans e botas de couro pretas.

Após um silêncio constrangedor enquanto apenas nos olhávamos ela por fim começou a falar:

— Certo por onde começamos... Vejamos — Ela ainda estava hesitante sem saber o que dizer, então falei:

— Você disse que queria minha ajuda certo? — Sugeri enquanto me sentava em um sofá lateral aonde ela estava e me posicionando para que ficasse de frente para ela.

— Sim. — Respondeu.

— Então podemos começar por aí, se queria por que estava me vigiando em vez de vir falar comigo diretamente?

— Foi porque eu precisava confirmar.

— Confirmar?

— Confirmar se você não estava envolvido com eles.

— Envolvido com eles? — Indaguei. Ela respirou fundo, me olhou bem e disse com um sorriso:

— Bem, nessa altura se você estivesse já teria me entregado ou feito coisa pior.

— Eu não estou entendendo nada. — Disse confuso.

— Você já deve saber que estou defendendo o Oliver Cresswell no caso do assassinato do Adriel Waltman correto?

— Sim, na verdade, fui até encarregado de encontrá-la e colocá-la em custódia policial. — Ela me olhou surpresa.

— Entendo, faz sentido, faz todo o sentido. Então era isso o que você fazia próximo a defensoria ontem. — Disse ela reflexiva.

— Você sabia que eu estava na defensoria?

— Sim, pelo o que fez ontem. Foi graças a isso que eu o tomei por conhecimento e pelo atentado que evitou que estou aqui. Se não tivesse surpreendido o suspeito, provavelmente eu nunca me sentiria segura quanto a possibilidade de pedir sua ajuda.

— Espera aí, como você sabia que entrei em confronto com o suspeito se a mídia em si não especificou nomes de quem fez o que lá? — Perguntei desconfiado.

Ela sorriu meio surpresa e após um momento disse desconversando e gesticulando enquanto sorria.

— Ah! Quanto a isso, eu sei porque invadir o banco de dados da polícia e vi seu nome no relatório policial.

— Como é que é? — Questionei quase me levantado do sofá e me afastando.

— Calma! Explicarei tudo, mas por favor antes de fazer algo, primeiro me ouça. — Disse ela gesticulando a mão direita com uma expressão tensa e frágil a minha reação. — Eu preciso que você me ajude, não tenho mais ideia para quem recorrer.

O Efeito InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora