Capítulo 27

32 4 1
                                    

Hannah Watson

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Hannah Watson

09h32

Está aqui. — Disse Paulo Henrique me entregando uma mala.

Peguei sem dizer nada e o questionei depois:

— Afinal por que me ajudou a sair de lá quando me pegou tentando fugir?

— Bem, eu conhecia seu pai. E após tudo que passei com ele, achei que deveria fazer isso.

—  ... Afinal o que você faz ali?

Ele deu um sorriso e respondeu tirando um cartão da Interpol:

— Estou trabalhando. Tem já algum tempo que apareceu um figurão por baixo do submundo do crime. Estamos tentando descobrir tudo a respeito dele.

— Entendo... — Respondi em um tom melancólico.

Ele olhou para mala.

— Suponho que você irá sair da defesa caso que estava correto?

— Sim, não tenho como continuar.

— Ótimo. Fico mais aliviado, não sei o que vocês estavam fazendo, mas suponho que era algo perigoso. — Disse ele olhando para minha mão machucada. — Bom. Eu tenho que ir, até Hannah Watson, se cuida.

— Obrigada pela ajuda. — Me curvei agradecendo.

Hannah Watson

Estava no quarto com as luzes apagadas e as janelas fechadas.

Eu tinha que decidir o que fazer a seguir. Vestida com a roupa do corpo do dia anterior, sentada no canto ao lado cama em posição fetal com o rosto apoiado nos joelhos. Sentia um estresse muito mais forte do que o normal.

— Não era para chegar esse ponto! Não era pra chegar esse ponto! — Repetia. 

Minha mente estava dissociando em um nível muito elevado, e nesse tipo de circunstância eu não conseguia controlar elas... Os outros  "Eus" que habitavam minha mente.

Elas falavam de forma desordenada em minha mente, de forma desconexa e confusa sem que fizesse sentido para mim. Então finalmente as vozes pararam, minha visão mudou para um lugar totalmente escuro e vazio, percebi ali suas silhuetas de uma forma embaçada, mas mesmo pouco nítidas e visíveis, ainda dava pra saber que estavam uns três metros na minha frente, todas as seis, diante de mim.

Logo a "Primeira" ficou nítida e clara em minha visão e foi ela que começou a falar:

— Tente manter-se calma, se perder o controle tudo estará perdido. — A sua aparência era de uma mulher ruiva, com os óculos de grau redondos, e os cabelos presos. Vestia uma saia longa e uma camisa folgada, parecia ser basicamente a minha versão de 33 anos.

Então a Segunda apareceu também de forma mais nítida, e ela estava rindo ironicamente. Tinha os cabelos ruivos ondulados, com um vestido longo e vermelho. Sua expressão era de dá medo, por ser muito assustadora. Além de sua voz e sua postura forte. Era a mesma mulher que antes havia reagido ao estado de choque do meu iminente perigo de morte me salvado ao matar todos. Era jovem, aparentava ter 21 anos.

O Efeito InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora