Eu sempre te amei

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Emparelhamento: Thomas Shelby x mulher/leitor

Sinopse: S/N descobre que Thomas está aquecendo a cama de outra mulher e de repente ela se encontra nos braços de John.


O mundo era frio e remoto, mas o riso dominava a terra. Os galhos das árvores balançavam para frente e para trás na brisa crescente. Seus olhos brilharam de alegria e novamente S/N agradeceu a John por passar o dia com ela em Londres. John abriu um sorriso sincero e carregou as malas como se fossem mais leves que uma pena em direção à mansão.

O brilho de prazer estava morrendo e uma sensação inquietante enraizada no fundo de seu coração. S/N estava prestes a se despedir, tinha certeza de que John estava planejando voltar para a cidade, mas S/N percebeu que ele não parecia querer deixá-la. S/N desacelerou e John percebeu imediatamente. As luzes estavam acesas na mansão, mas S/N tinha certeza de que ninguém deveria estar no prédio que ela chamava de lar. Hesitante, S/N continuou sua jornada e fez uma oração. John a seguiu apressadamente, colocando as malas na porta principal e deixou sua mão dominante descansar em sua arma.

As teclas cantaram e S/N escondeu o rosto sob uma máscara de confiança. O medo deleitou-se em seu coração dolorido ansiando por amor.

No momento em que ela entrou na casa, ela sabia que algo estava errado, terrivelmente errado. Um sorriso, falso como o frio dos dias de verão, se espalhou por seus lábios. Vozes ecoaram, e ela sabia que não havia intrusos na casa. Eles pareciam tão amorosos, cheios de desejo e amor. Ela reconheceu a voz entre centenas, mas S/N não queria acreditar em seus ouvidos, pensou que o único copo de uísque enganou seus sentidos. Ela deixou os sapatos e o casaco comprido, colocou a sacola de compras no chão e se virou para o homem alguns passos atrás dela. Jhon parou. O sorriso era falso, estranhamente torcido, e não combinava com S/N, e John percebeu, tentando encontrar a causa da dor nos olhos dela envoltos por um véu de tristeza. Suas sobrancelhas quase se tocaram quando suas feições empalideceram, ouviu o canto de prazer.

O mundo ficou cinza, um inverno sem coração.

Ela caminhou, como se guiada por uma força invisível, para dentro da casa, sem ouvir John fechando a porta de madeira escura. John tentou impedi-la, dizendo-lhe para se virar, mas S/N estava surda às palavras.

Sem palavras, S/N olhou para longe, incapaz de formar seus lábios em uma única sílaba. Velas iluminavam suas feições. Suas mãos se fecharam em punhos. S/N envelheceu terrivelmente rápido, olhou para o casal se beijando. Gemidos escaparam da garganta, encheram cada canto da casa. Seu coração se partiu em mil pedaços, uma esfera de vidro colidindo com o chão.

S/N sabia que Thomas não havia se casado com ela por amor e às vezes se perguntava por que o havia escolhido como marido. Ele desejava dinheiro, riqueza, materialismo como seus pais cegos pelo ouro.

Seu sangue se transformou em veneno, escuro como a noite profunda. Ela engoliu visivelmente. Pedaços de roupa estavam espalhados no chão frio, não cantando sob seu peso, não anunciando sua vinda.

Centenas de palavras repousavam na ponta de sua língua, ousadas como a cabeça de um velho, trovões e relâmpagos, um oceano implacável, mas nenhuma das muitas palavras escapou. Como uma árvore, S/N se enraizou profundamente no chão. Copos e garrafas abertas de vinho e uísque estavam sobre a mesa e tudo de uma vez, tudo fez sentido. Entendendo por que Thomas havia perguntado a ela centenas de vezes quando ela voltaria, quanto tempo ela ficaria lá. Eu sou uma mulher tola, S/N pensou consigo mesma, percebendo o quão tola ela era por acreditar que Thomas se importava com seu bem-estar. Tudo fazia sentido, e ela sabia que não era a primeira vez que outra mulher aquecia a cama compartilhada. O som de risadinhas ecoou e S/N, pela primeira vez no casamento ainda curto com um Shelby, estava grata por não estar grávida dele, sabendo que era o próximo passo, algo que a esposa tinha que fazer.

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