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Pov Najela Barker

-Eu não aguento mais esperar- reclamo, bufando e tomando um gole do meu café gelado.

-Claro, porque estamos aqui há duas horas, ninguém mandou você querer chegar antes- Damon fala, pegando o chocolate que eu comprei e colocando um tablete na boca.

-Eu não queria chegar cedo! Eu só vim, porque não queria ficar em casa, discutindo com o meu pai- digo, dando de ombros e pegando o chocolate da mão dele.

-Porra, eu quero o chocolate- ele reclama, parecendo uma criança.

-Não, você está de dieta- digo, nem sei se ele está de dieta, só não quero dividir meu chocolate, eu vou afogar minhas mágoas nele.

-Egoísta- ele murmura e eu reviro os olhos- Olha só Nah, se quiser conversar, eu estou aqui, tá bom?- ele me pergunta, preocupado e eu assinto.

Mas eu não vou conversar com ele, nós não temos essa intimidade toda. Além do mais, não é só o problema com o meu pai que está me incomodando. Eu não queria estar aqui com o Damon, é como se eu estivesse sentindo uma culpa estranha, sendo que eu não estou fazendo nada demais.

O número do nosso voo é chamado, nós nos levantamos e já fomos para o embarque, entrando no avião, o legal é que vamos de primeira classe.

Me sento na confortável poltrona. Nossas poltronas eram uma do lado da outra. Nós nos sentamos e eu fiquei quieta. Damon me cutucou e eu o encarei.

-Eu sei que seu pai ficará orgulhoso de você quando ver as fotos que você tira- ele diz, tentando me animar.

-Não é só isso que eu quero. Quero que ele acredite no meu potencial- digo.

-Ele acredita, ele só é muito super protetor e tem medo de algo dar errado e você ficar desiludida com a vida- ele explica.

-Não tente proteger ele, Damon- falo seca.

-Não estou, mas ok, não vamos mais falar sobre isso. Essa viagem será foda demais- ele muda de assunto, tentando me animar novamente, fofo da parte dele.

A aeromoça passa e oferece champanhe para Damon, ele me olha e dá uma piscadela. Não acredito que ela acha que ele é maior de idade, só por causa da altura dele. Ele aceita, ela pega uma taça e coloca o champanhe. Ele bebe e depois passa a taça para mim.

-Nós vamos afogar as mágoas no champanhe?- pergunto, bebericando o champanhe.

-Mas não podemos passar dos limites- ele completa- Às sete e meia eu tenho treino.

-Caralho nem vamos descansar direito. Eu estou cansada fisicamente e mentalmente- digo, suspirando.

-Então dorme aí- ele fala e eu concordo- Quer um ombro amigo?- ele pergunta. Eu não deveria fazer isso, mas eu quero.

Coloco minha cabeça no ombro dele, porém ele passa o braço pelo meu pescoço e eu me aninho mais ainda, me sentindo segura. Dou mais uma golada no champanhe, Damon pego a taça da minha mão e eu fecho os olhos, suspirando cansada.

•••

Acordo com o Damon me balançando de leve.

-Chegamos- ele fala e eu concordo, ainda atordoada, que sono da porra- Que horas são?- pergunto me levantando, já que o avião já havia pousado e as pessoas já estavam saindo.

Peguei minha pequena bolsa, que trouxe comigo, apenas com coisas importantes e que eu tinha medo que quebrassem durante a viagem, minha câmera, celular, dinheiro, fones e o meu chocolate.

𝐖𝐚𝐢𝐭 𝐟𝐨𝐫 𝐦𝐞 Onde histórias criam vida. Descubra agora