Kara
Às seis em ponto, Kara despertou. Era automático acordar naquele horário e rapidamente se levantar. Apenas aos domingos que se permitia ficar mais algum tempo deitada.
Se arrastando para fora da cama, foi diretamente para o banheiro tomar um banho. Ficava exatamente cinco minutos em baixo da água quente. Quando terminava, se enrolava na toalha e se colocava em frente ao espelho da pia do banheiro para escovar os dentes.
Esse era o início da rotina de seus dias — Isso quando não tinha um plantão noturno.
Saindo do banheiro, foi diretamente para closet. Ele não grande, mas toda vez que entrava ali demorava um tempinho para escolher a roupa do dia. Geralmente, sabia muito bem o que queria, mas se tratando de suas roupas, para escolher algo facilmente dependia do seu humor.
Olhando as araras de roupas e as prateleiras, optou por uma calça social preta e uma blusa social azul escura. Nos pés, colocou uma bota da mesma cor da calça de salto baixinho. Ficaria o dia inteiro no hospital andando de um lado para o outro, tinha que optar por algo que fosse ao menos confortável para aguentar tanto tempo.
Depois de se arrumar, se olhou no espelho gostando que do que via. Estava pronta para iniciar mais um dia.
Saindo para o corredor, empurrou a porta entre aberta de frente para a porta de seu quarto. A primeira coisa que viu foi Jimmy. A bola de pelo começou a abanar o rabo e foi até ela aparentando estar alegre por vê-la.
— Oi, amigão! — se inclinou um pouco para frente para acariciar as orelhas do cachorro. — Você dormiu bem? — ele a lambeu a fazendo rir. — Eu dormi muito bem também.
Endireitando o corpo, deu mais alguns passos para frente e então sorriu abertamente ao ver a pequena Lara dormindo tranquilamente abraçada ao seu pandinha de pelúcia.
Como sempre fazia, se permitiu admirar sua linda garotinha antes de acordá-la para ir para escola.
Desde criança, sempre leu em livros de contos fadas sobre o amor a primeira vista. Esses amores eram sempre retratados de forma romântica. Conforme foi crescendo, continuou consumindo esses romances de amores tórridos e intensos que aconteciam num primeiro e único olhar.
Há cinco anos, encontrou Lara deixada em seu quintal em um cesto de bebê. Assim que pegou aquele cesto e olhou para a pequenina, entendeu como era amar numa primeira olhada. Esse amor foi confirmado quando a pegou em seus braços e prometeu protegê-la. Desde então, vinha tentando fazer isso.
Tudo bem que o que aconteceu não era igual nos livros que lia e não tinha nada a ver com romance, mas talvez essa fosse a beleza da coisa. Amar Lara desde que a viu, não deixava de ser um amor a primeira vista. Então, se perguntassem a ela se já tinha passado por essa experiência, sua filha seria a primeira e única pessoa em quem pensaria.
Sentindo seu coração transbordar de amor, se aproximou um pouco mais da cama sentando na lateral dela. Lenta e cuidadosamente, começou a mexer nos cabelos dourados como os seus.
— Está na hora de acordar, anjinho — falou baixo próximo ao ouvido dela, mas Lara continuou quietinha. — Vamos, Lara, mamãe não quer se atrasar.
Soltando um som manhoso, Lara se remexeu na cama se virando de costas para a mãe.
— Lara — a chamou mais uma vez continuando a mexer nos seus cabelos —, olha pra mamãe.
Se remexendo mais um pouco, a garotinha ficou de barriga para cima com os olhos ainda fechados. Nos lábios, havia um biquinho que Kara achava adorável.
— Qual é a frase mágica? — perguntou para mãe se dando por vencida que teria que levantar.
— Acorda amor da minha vida?
Aquela pergunta era feita todos os dias, Kara nunca sabia ao certo o que responder. Aparentemente, desde que suas palavras fossem afetuosas em relação a Lara, a pequena aceitava alegremente.
Dando um sorriso maior do que o próprio rosto, Lara abriu os brilhantes olhinhos encarando a mãe.
— Bom dia, mamãe!
— Bom dia, meu amor. Dormiu bem?
— Dormi, sim — se levantou se jogando nos braços da mãe e a dando um beijo estralado no rosto.
— Que menina mais amorosa — a apertou nos braços se levantando com ela da cama. — Pronta para começar mais um dia?
— Não. Queria ficar dormindo — dramatizou fazendo a mãe rir. — Você vai chegar para o jantar, não vai?
— Claro que vou. Hoje é sexta, e sexta é que dia...?
— Nossa noite! — respondeu animada.
— Nossa noite! — repetiu a colocando de pé em cima da cama. — Tia Sam vai buscar você e a Ruby na escola hoje. Você vai passar o dia com elas. Se comporte e seja uma boa menina.
— Eu sempre sou uma boa menina, mamãe.
— Eu sei — ela sempre era mesmo. — Quando a mamãe sair do trabalho, eu vou te buscar, vamos naquela pizzaria que você adora e depois no parquinho.
— Eeee! — quase gritou pulando na cama.
Vendo a euforia de Lara, Jimmy, que até então apenas observava tudo, subiu na cama e começou a pular junto.
O que estava acontecendo, era só mais uma das coisas que aconteciam com frequência nas manhãs de Kara. Quando Lara não estava fazendo uma pequena bagunça com Jimmy ao lado, era porque algo muito sério estava acontecendo com ela. Mas, quase sempre, os dois começavam a compartilhar as bagunças corriqueiras logo cedo.
Durante aproximadamente trinta minutos, Kara arrumou Lara e sua mochila para escola. Depois elas desceram para tomar o café da manhã.
Enquanto a pequena colocava comida e água nas vasilhas de Jimmy, Kara preparava tranquilamente a comida.
Todos os dias ela e Lara comiam quase as mesmas coisas. Um copo de suco, geralmente maracujá ou laranja, duas torradas, as suas com manteiga e as da filha com geleia de morango. Para encerrar a refeição, Kara se deliciava com Iogurte de morango e cerais. Já Lara, comia frutas cortadinhas em formato de estrelas.
Embora sempre prezasse a fazer a filha comer coisas mais saudáveis, não fazia a mínima ideia como ela gostava tanto de todos os tipos de frutas, verduras e legumes. Claro que como qualquer criança, ela adorava se encher de besteiras sempre que tinha a chance, mas nunca reclamava de comer tudo de saudável que era servido em seu prato.
Quando terminaram de comer, Kara colocou as louças sujas na lava louças enquanto esperava a filha escovar os dentes. Nesse momento, aproveitou a ausência da garotinha para olhar o celular. Haviam mensagens de Alex, Sam e sua mãe — como sempre — e um alvoroço no grupo de trabalho. Assim que apertou na tela em cima da conversa que tinha mais de trezentas mensagens, sua atenção foi chamada.
— Mamãe, que o vamos escolher para o meu lanche da escola de hoje?
— O que você quer? — guardou o celular no bolso da calça indo até a geladeira e a abrindo. — Temos todos os sabores de suco que você gosta. Temos também todas as frutas que você gosta. Pão com queijo e presunto, com manteiga de amendoim, e com peito de peru e requeijão. E temos biscoitos. O que vai querer?
Geralmente, aos domingos, Kara tentava deixar tudo o que a filha costumava levar para escola pré pronto. Isso facilitava muito o seu dia a dia.
Olhando para a garotinha, a viu colocar a mãozinha direita em baixo do queixo semicerrando os olhos pensativa. Embora sempre deixasse ela escolher o que levar na lancheira, já tinha ideia do que ela escolheria por causa do dia da semana.
— Vou querer suco de uva, maçã, pão com peito de peru e requeijão, e biscoito de chocolate.
— Sim, senhora! Vai pegar sua mochila enquanto eu arrumo isso aqui.
Kara balançou a cabeça negativamente enquanto sorria quando Lara saiu correndo em direção as escadas com Jimmy logo atrás dela.
Jimmy já não era mais um cachorro com tanta energia como quando alguns anos atrás, mas desde que ele percebeu a presença de Lara nos pés da varanda, nunca mais se desgrudou dela. Ainda que se cansasse com rapidez, pois já estava velho, fazia de tudo para acompanhá-la. Era exatamente por ele não ser mais o cachorro de anos atrás que já não o levava para casa da mãe com tanta frequência. A não ser se fizesse um plantão de longas horas, mas desde que sua filha chegou em sua vida, vinha evitando passar mais horas do que já passava no hospital.
O seu fiel companheiro, acabou se tornando o fiel companheiro de Lara. Infelizmente, percebia que longe da presença dela, ele preferia ficar quieto em sua caminha que ficava do lado do sofá da sala. Ele já nem corria para porta quando alguém aparecia, fazia isso apenas com Lara e tinha dias que nem fazia.
Não gostava de pensar sobre isso, mas tinha medo da reação da garotinha quando o cãozinho morresse. Esperava que ainda demorasse um bom tempo, só que não tinha como ter certeza. Ao menos, ele ainda era um animal saudável e isso podia ser algo bom para ele ir mais longe.
— Estou pronta, mamãe.
Seus pensamentos sobre Jimmy se dissiparam quando Lara apareceu ofegante na cozinha com sua mochila de rodinhas com desenhos de estrelas. Ela adorava estrelas.
Pegando a lancheira que tinha acabado de preparar e sua bolsa que estava pendurada no encosto da cadeira, começou a se encaminhar para a porta de entrada.
— Tchau, Jimmy! Nos vemos mais ttarde, amigão — disse acariciando mais uma vez o cachorro.
— Tchau, Jimmy! — Lara soltou a mochila e se ajoelhou no chão abraçando o cachorro. — Vou sentir saudades. Cuida bem dos brinquedos e se eles se mexerem, você me conta depois.
Mesmo que tenha sussurrado achando que somente Jimmy ouviria, Kara também ouviu sobre os brinquedos se mexerem.
Desde que assistiu Toy Story, Lara tinha a ideia fixa de que seus brinquedos ganhavam vida quando ela não estava com eles. Na sua cabecinha de uma criança de cinco anos, Jimmy era o único que sabia a verdade e que um dia ele iria contar para ela quando ele aprendesse a falar como um humano. Kara não ousava a contestar a ilusão da filha. Quando era criança, era tão sonhadora ou mais que ela.
Após a despedida, em poucos minutos mãe e filha já estavam no carro indo em direção a escola que a garotinha estudava.
O clima em Wrigthsville Beach estava quente, mas não de um jeito que te faça derreter de calor. Quente como quando a primavera está acabando e o verão está prestes a chegar. E, na realidade, em um pouco mais de um mês o verão chegaria. Junto com ele, as férias escolares, a temporada de turistas pela cidade aproveitando as praias e o sexto ano de vida de Lara.
Na mente de Kara, fazia total sentindo ter encontrado a filha num dia chuvoso de verão. Lara era o seu sol depois de uma forte tempestade que iluminava seu dia e que a aquecia — nesse caso, a aquecia de amor e alegria. Não importava se ela não tinha nascido de seu ventre, ela tinha nascido de seu coração e a amava incondicionalmente.
Faltando dez minutos para as oito da manhã, Kara estacionou o carro em frente ao portão da escola de Lara. Várias crianças da idade dela ou com alguns poucos anos a mais — como Ruby que tinha dez anos — estavam indo para mais um dia de aula.
Descendo do carro, abriu a porta traseira para tirar a filha da cadeirinha. A colocando no chão, a entregou a mochila e a ajudou colocar nas costas a lancheira.
— Vou sentir saudades, mamãe.
— Eu também, anjinho — se agachou na frente da filha. — Cuidado na hora do recreio e faça todas as lições certinhas. Se precisar de algo...
— Eu peço para chamarem a supermamãe.
— Minha garota! Agora vai pra você não se atrasar. Diga a Ruby que mandei um beijo.
O motivo de Kara não levar a sobrinha para escola ou sua irmã e cunhada não levarem Lara, é que elas moravam em direções opostas. No entanto, acabava sendo comum qualquer uma delas buscar as crianças quando podiam. Se não podiam fazer isso — o que acontecia com bastante frequência — Eliza se encarregava de pegar as netas e as paparicar o resto dia.
Dando um passo para frente, Lara colocou seu nariz próximo do da mãe a dando um beijinho de esquimó e logo a abraçando.
— Até mais, mamãe!
Se levantando, Kara viu Lara se afastar. Antes da pequena passar pelo portão, se virou e acenou para ela. Alegremente, retribuiu o gesto já sentindo a saudade invadir seu peito por deixar a filha.
Quando Lara finalmente entrou na escola, retornou ao carro começando a dirigir até o hospital.
Mais ou menos quinze minutos depois de deixar a filha na escola, parou o carro no estacionamento do Hospital Geral de Seagate. Da escola até o hospital, levava cerca de dez minutos para chegar se seguisse sem parar em lugar algum. Mas como sempre parava numa cafeteria que gostava muito para comprar café para ela e sua irmã, seu tempo se estendia mais um pouquinho.
Pegando sua bolsa e os dois cafés, saiu do carro indo em direção a entrada pelo estacionamento. Andando pelos corredores, se encaminhou até o vestiário dos médicos cumprimentando alguns funcionários que encontrou pelo caminho. Ao chegar no vestiário, se deparou com Alex conversando com um de seus internos.
As conversas entre Alex e Querl sempre rendiam boas risadas para todos que acompanhavam. O jovem futuro médico se inspirava muito em sua supervisora, não atoa vivia no pé dela até onde não deveria — como no vestiário dos médicos, por exemplo. O melhor de tudo é que além dele ter verdadeira adoração pela neurocirurgiã, ele morria de medo dela.
— Pode ir, Dox — Alex disse maneando a cabeça em direção a porta. Sua expressão estava bem séria. — Mas espero que isso não se repita mais.
— Certo. Não vai se repetir doutora Danvers. Eu prometo — ele balançou a cabeça freneticamente se retirando.
— O que ele fez de errado? — Kara perguntou entregando o café para irmã quando o rapaz saiu.
— Eu o peguei na sala de descanso com a aquela enfermeira que veio transferida — se encostou no armário.
— A Nia?
— Essa mesmo. Essa madrugada precisei dele para uma cirurgia de emergência e não o encontrava, quando cheguei na sala de descanso, lá estava ele aos amassos com ela.
— Não é como se você não fizesse essas coisas quando era interna em Seattle — vestiu seu jaleco.
— Eu sei, mas sempre que precisavam de mim eu estava lá. E se eu fosse mais esperta naquela época, eu teria me dedicado mais ao meu trabalho do que em ter passado muito fazendo isso.
— Então por isso chamou a atenção dele?
— Ele é um rapaz esperto. De longe, é meu melhor interno. Só quero garantir que ele esteja centrado no que precisa estar na hora certa. Como supervisora, me sinto responsável.
— Por isso que pegava tanto em meu pé quando fui fazer internato em National City?
— Sim, pois sabia que você tinha potencial — bebericou o café. — Ainda bem que você me trouxe um café grande, tenho mais algumas horas até meu plantão terminar.
— O meu nem começou e já estou exausta. Porque quisemos ser médicas mesmo?
— Por causa de um tal de Jeremiah Danvers.
Riram um pouco saudosas.
Sempre que se encontravam no hospital, as irmãs Danvers passavam no mínimo cinco minutos conversando antes de se dirigirem aos seus afazeres. Obviamente, haviam dias em que mal se viam por conta da correria da profissão, mas em dias mais tranquilos, faziam o que estavam fazendo.
— Não sei se é impressão minha, mas porque parece que há alguma fofoca percorrendo esse hospital? — Kara perguntou quando saíram do vestiário e começaram a andar pelo corredor.
— Não viu as conversas no grupo? — a fitou.
— Você sabe que quando estou com Lara pela manhã, eu não fico mexendo muito no celular. Eu até vi que estava rolando alguma coisa pelo tanto de mensagens, mas antes que eu pudesse ler, ela apareceu.
— O hospital vai ser vendido.
— Pra quem? — franziu o cenho dando um longo gole no café preto duplo.
— É por isso o alvoroço, ninguém sabe pra quem ou pra qual empresa. Todos estão com medo de demissão e tudo o que rola quando essas vendas acontecem.
— Acha que corremos esse risco?
— Não sei — deu ombros parando de andar e se virando para a irmã mais nova. — Espero que não. Gosto de trabalhar aqui, principalmente por pagar bem e não ser longe de casa.
— Então só nos resta esperar pra ver o que acontece.
— Doutora Danvers.
— Sim? — as duas se viraram ao mesmo tempo para encarar a enfermeira sobre quem comentaram minutos antes.
— Hã... É... Digo, doutora Kara Danvers. Acabou de chegar uma emergência no trauma.
— Obrigada, Nia. Já estou indo.
Assentindo, a enfermeira saiu de perto das médicas com rapidez.
— O dever te chama, irmãzinha.
— Se souber de mais alguma coisa sobre a venda, me diga.
— Pode deixar!
Pelo resto do dia, Kara ficou de um lado para o outro naquele hospital. Até tinha achado que o dia seria tranquilo, mas foi totalmente oposto.
Quando deu o horário de ir embora, estava extremamente cansada, tudo o que queria era comer, mais um banho e sua cama. Porém, havia prometido a pessoa mais importante da sua vida um noite de diversão. Sabia que se explicasse tudo direitinho para Lara, ela entenderia que estava cansada, só que não dava para decepcionar a garotinha.
Usando sua energia reserva após o trabalho, fez todos os gostos da filha até o momento em que foram casa.
Já bem próximo da meia noite, com uma Lara com piscadas demoradas, bocejando e os olhinhos pequenos de sono, Kara a deu um banho, a vestiu no seu pijama com estampa de panda e, finalmente, a colocou na cama.
— Gostou da nossa noite? — quis saber enquanto cobria a filha.
— Eu adorei, mamãe — bocejou apertando mais seu pandinha.
— Eu também adorei, anjinho — deixou um longo beijo em sua testa.
— Mamãe — começou a se arrastar para o canto esquerdo da cama —, você pode me contar de novo como você virou minha supermamãe?
De longe, saber como chegou até a vida de sua mãe, era a história favorita de Lara. Kara nunca escondeu dela a verdade. Desde que decidiu adotá-la — ela ainda com dias de nascida — sussurrava em seu ouvido uma história fantasiosa do encontro das duas. Era fantasiosa para amenizar o fato como ela foi abandonada, mas não era menos verdadeira.
Se deitando ao lado da filha, a pequena se aconchegou ao seu corpo lutando para se manter acordada para ouvir o início de tudo. Aos pés delas, Jimmy já estava adormecido.
— Mesmo a mamãe tendo a sua avó, tia Alex, tia Sam e a Ruby, eu me sentia muitas vezes sozinha nessa casa. Meu maior companheiro sempre era o Jimmy em momentos assim...
Ouvindo a história que tanto gostava, Lara dormiu em poucos minutos. Não demorou muito, Kara também pegou sono. Na sua visão, estar junto de sua filha e de Jimmy, era o fim de noite perfeito.
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Devo continuar?
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Come A Little Closer
Fanfiction[Concluída] Kara Danvers é uma médica que leva uma vida bastante sossegada numa cidade litorânea na Carolina do Norte. Sua vida começa a mudar quando ela encontra um bebê abandonado na sua porta. Um tempo depois, uma nova reviravolta acontece quando...