Capítulo 25

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Kara

Às vezes, tudo o que precisamos na vida são cinco segundos de coragem para enfrentar algum medo. Por mais que tivesse saído de casa determinada a contar a Lena sobre o que sentia por ela, o primeiro empecilho que achou existir a sua frente — Helena Bertinelli — a fez adiar qualquer revelação sobre suas emoções. Logo após o adiamento, os segundos de tremenda coragem percorreram o seu ser, foi então que saiu correndo na chuva, subiu até o andar em que Lena morava e assim que a viu confessou a sua paixão.
 
Dizer para Lena o quanto estava perdidamente apaixonada por ela até foi fácil, difícil mesmo era não conseguir prever o que viria depois. A morena podia ter se afastado, ter dito que realmente tinha outra pessoa ou podia tê-la mandado embora naquele segundo depois de dizer que só se falariam se tivessem que conversar sobre Lara. No fim, nada das inúmeras coisas ruins que cogitou que aconteceriam ao falar em alto e bom som sobre sua paixão ocorreram. No fim, Lena também teve seus cinco segundos de coragem e pode sentir seu coração se tranquilizar ao saber que era correspondida.
 
Ter conhecido Lena, inicialmente, pareceu ser a pior coisa da sua vida. Teve tanta raiva dela, queria tanto que ela se mantesse longe, principalmente de Lara, que tentou feri-la para que ela fosse embora mesmo sem saber de tudo que a havia feito ir atrás de sua filha. Mesmo quando tentou conhecê-la depois de saber parcialmente a verdade sobre tudo, estava com o pé atrás, não se sentia segura sobre as suas intenções e queria continuar adiando o que era inadiável. Porém, quanto mais perto Lena chegava, mais se abria para ela, mais deixava ela ser parte do que antes só fazia com Lara, mais se rendia aos seus encantos, mais a admirava, mais a desejava e quando se deu conta, percebeu que já não queria mais que ela ficasse longe, pois seu coração suplicava pela presença dela.
 
Talvez tenha sido a sua vontade de mantê-la por perto que a fez ter cinco segundos de coragem.
 
Deitada ao lado de Lena, aproveitava a claridade do dia que havia acabado de nascer para decorar cada detalhe de seu rosto. Estava se sentido a mulher mais sortuda do mundo e sorria bobo ao lembrar que devido ao grande passo que deu na noite anterior, acabou recebendo uma declaração que jamais esperou receber naquela noite chuvosa. Valeu a pena todos riscos que correu, pois agora teria Lena em sua vida como mais que a mãe da sua filha. Desde o momento que se beijaram, teve ainda mais certeza que não haveria nada no mundo que não fizesse para tê-la junto de si.
 
Instigada por suas vontades, levou a mão esquerda até o rosto da morena o tocando de leve. Com a ponta do indicador, o foi deslizando pela lateral direita da face relaxada a sua frente. Por mais que não tivesse tido a intenção de acordá-la, ficou satisfeita por ter consiguido isso depois dela, ainda com os olhos fechados, abraçá-la se aninhando ao seu corpo. Sem perder tempo, a envolveu em seus braços e se arrepiou ao sentir um beijo em pescoço onde Lena escondia seu rosto.
 
— Desculpa, eu não queria te acordar.
 
— Foi bom que assim eu percebi que estava longe de você — respondeu com a voz baixa e ainda sonolenta. — Dormiu bem?
 
— Maravilhosamente bem. Acho que a partir de agora, você terá que passar todas as noites na minha casa pra eu conseguir dormir tão bem.
 
— Eu já passo muitas noites na sua casa.
 
— Mas não dormindo ao meu lado. Um corredor tem nos separado todo esse tempo.
 
— Ou você e a Lara podem ficar aqui comigo. Eu não iria reclamar de te ver na minha cozinha todas as manhãs preparando meu café.
 
— Isso me soa interesse de sua parte.
 
— É claro que é interesse. Interesse nas comidas que você prepara.
 
Soltou um riso anasalado. — Eu tinha que te conquistar de alguma forma, então usei a comida ao meu favor.
 
— Posso dizer que deu muito certo.
 
Tudo o que fazia para Lena comer, fazia por ter notado que ela gostava, em nenhum momento pensou em conquistá-la pela barriga, mas ficava contente por outra pessoa além de Lara apreciar de um jeito tão animador seus dotes culinários.
 
— Faz algum tempo que estou acordada e pensei de chegarmos mais cedo na casa da minha mãe para ainda encontrarmos a Lara dormindo. Acho que ela iria gostar de ser acordada por nós duas.
 
— Só faz um dia que não a vejo e já estou morrendo de saudades. Hoje eu não saio do lado dela por nada.
 
— Mais um motivo pra você nunca mais sair da minha casa — disse em um tom brincalhão, mas não reclamaria se isso acontecesse de verdade, fosse imediatamente ou futuramente. — Só vejo vantagens em você  ficar todas as noites lá.
 
— Não vamos apressar as coisas.
 
— Isso nem é apressar as coisas, é só andar um pouquinho mais rápido. Custa nada você ser meu travesseiro que me abraça a noite e me dá beijinhos antes de dormir.
 
Ainda usando seu tom brincalhão, ficou na expectativa de Lena entrar na sua provocação ou apenas rir de seu comentário, mas não foi isso que aconteceu. Nos poucos segundos que a morena ficou calada, sabia que havia algo rondando a sua cabeça. Muito provavelmente, esse algo tinha a ver com medo.
 
Afastou um pouco a cabeça procurando pelos olhos azuis. — Como acha que a Lara vai reagir a isso?
 
— A nós?
 
— É.
 
— Eu tenho certeza que ela ficará muito feliz quando souber disso.
 
— E se não ficar? E se ela achar estranho? E se ela não achar legal nós duas juntas?
 
Mordendo a parte de dentro da bochecha, tentou segurar o riso para não constranger Lena. As perguntas que ela estava fazendo não tinham fundamento algum, mas compreendia os motivos delas estarem sendo feitas.
 
— Não há chances de nada disso acontecer.
 
— E se acontecer? — insistiu.
 
A insistência toda de Lena a fez se lembrar dos dias que antecederam o primeiro encontro dela com Lara. Se recordava bem daqueles momentos em que tinha que listar para ela todos os motivos que levariam a garotinha gostar dela e aceitar a sua aproximação. A olhando nos olhos, estava evidente que ela precisava de um encorajamento sobre aquele assunto.
 
— Lena — levou novamente a mão ao seu rosto. — Não há chances da Lara não gostar disso. Há poucos dias atrás, ela pediu isso enquanto soprava as suas velhinhas de aniversário. Eu sei que ela é só uma criança e nem sabia a dimensão e tudo o que estava envolvido naquele pedido dela, mas eu sei que ela vai ficar feliz. Ela só quer as mães juntas, assim como a Ruby tem as mães juntas e assim como vários coleguinhas dela de escola devem ter os pais juntos. Acredita em mim, ela ficará feliz, ela não vai achar isso estranho e tenho certeza que ela vai achar muito legal nós duas juntas.
 
— Você acha que ela vai entender o que é isso? Não quero confundir a cabecinha dela, mas também não quero esconder por muito tempo — colocou a mão por cima da sua. — Eu não quero nos esconder, só quero fazer tudo certo para que nada mude entre nós. Gosto de como nós três somos juntas, quero que isso continue.
 
— Nós não vamos confundi-la. Se ela compreendeu o porque você entrou na vida dela, ela vai entender o que significamos uma pra outra. Não precisamos nos esconder, podemos agir como sempre agimos até acharmos que é a hora dela saber a verdade. Eu acho que não há ninguém no mundo que torça mais por nós duas do que a nossa filha.
 
— Tem certeza disso?
 
— Certeza absoluta.
 
— Ok — deu um pequeno sorriso respirando fundo. — Eu acredito em você.
 
— Então tire essas preocupações da sua cabeça. Não há nada com o que se preocupar. E se tiver qualquer coisa que nos atrapalhe, eu resolvo.
 
— Não confia em mim pra resolver? — arqueou as sobrancelhas.
 
— Se tiver qualquer coisa que nos atrapalhe, nós resolveremos juntas. Combinado assim?
 
— Combinado.
 
— Podemos enrolar aqui mais um pouquinho. Então volta a ser o travesseiro que me abraça e dá beijinhos — quando Lena não se moveu, soube que ela ainda tinha mais perguntas. — O que há de errado?
 
— E nós?
 
— O que tem ‘nós’?
 
— Tudo vai dar certo pra nós?
 
— Você quer estar comigo e cuidar da nossa filha, não é?
 
Assentiu de leve. — É o que eu mais quero.
 
— Isso também é o que eu mais quero. Se queremos as mesmas coisas, saberemos como levar isso adiante, certo?
 
— Certo.
 
— Já que estamos entendidas, vamos aproveitar os minutos que nos resta sozinhas, pois se eu conheço Lara como eu acho que conheço, ela só vai largar do nosso pé quando dormir.
 
— Então teremos hoje o domingo perfeito.
 
— Quando você a conheceu e ela dormiu no seu colo, você me disse que queria que mais dias como aquele se repetissem, lembra?
 
— Como esquecer aquele dia? — respondeu se recordando de tudo que aconteceu quando finalmente pode abraçar a sua filha.
 
— Eu venho tentando cumprir a promessa que te fiz desde então. E agora, mais do que nunca, vou me esforçar mais ainda pra continuar mantendo a minha palavra.
 
— Eu não sei se mereço tanto.
 
— Merece. Você merece só as melhores coisas que a vida tem a te oferecer — sentiu um beijo na parte baixa da sua mão que estava pousada sobre o rosto de Lena. — Sinto muito por tudo que te causaram no passado e pela forma que te machucaram. Eu não vou permitir que mais nada desse tipo te aconteça. Sei que você não precisa da minha proteção, mas, ainda assim, irei de te proteger. Você é o meu amor — sussurrou.
 
Vendo os olhos verdes claros marejarem, inclinou um pouco a cabeça deixando um beijo casto e cheio de carinho nos lábios de Lena.
 
— Você também é o meu amor — sussurrou de volta contra sua boca.
 
— Meu coração se agita de alegria ao ouvir isso.
 
Deixando um beijo rápido em seus lábios, Lena voltou para a mesma posição que estava em seus braços anteriormente. Permaneceram daquele jeito por mais alguns minutos até que decidiram que era hora de levantar. Tinham uma filha para acordar em alguns minutos e, por mais que quisessem ficar abraçadas por mais alguns instantes, queriam mais aproveitar o dia com a pequena Lara.
 
Usando o carro de Lena, foi até sua casa trocar de roupa. Não levou mais de dez minutos para fazer isso. Logo depois, seguiram para a casa de sua mãe.
 
Dirigindo pelas ruas de Wrigthsville que estava extremamente quente naquele manhã, entrelaçou seus dedos ao de Lena e sempre que tinha oportunidade, depositava um beijo ali. Não sabia quantas vezes tinha ansiado por fazer algo desse tipo quando estavam indo para algum lugar. Agora que tinha a chance, não perderia a oportunidade de demonstrar todo  o carinho que tinha por ela.
 
Simplesmente falar que estava feliz era pouco. O que sentia até parecia que não tinha nome. Estava com um misto emoções no peito que parecia ser a junção de todas as coisas boas que um ser humano podia ser capaz sentir. Talvez amar fosse isso. Talvez fosse a mistura de todos o sentimentos bons, puros e  verdadeiros que você sente por alguém. Poderia ser cedo para dizer que amava Lena, mas se o peso e a intensidade de tudo que estava em seu peito continuasse crescendo desmedidamente, em um dia qualquer podia dizer as três palavrinhas que só vinha dizendo a Lara nos últimos anos.
 
Assim que estacionou o carro enfrente a casa da sua mãe, ela e Lena andaram de mãos dadas até a porta da frente. Antes de abrir a porta para entrarem, passou o braço pela sua cintura a puxando um pouco mais para perto.
 
— Você está linda hoje.
 
— Você já disse isso — a olhou sorrindo de um jeito envergonhado.
 
— Não me custa nada ressaltar — encostou sua testa na têmpora de Lena depois que a deu um longo selinho. — Só queria fazer isso antes de entrarmos.
 
— Faça sempre que quiser.
 
A beijou de novo a fazendo rir. — Vou estar sempre querendo fazer isso.
 
As duas entraram indo diretamente para a cozinha. Antes de sair de casa, havia avisado Eliza que já estava indo para lá, sua mãe respondeu dizendo que ela e Lena não sairiam de sua casa antes de tomar o café da manhã, por causa dessa resposta, não era difícil imaginar onde encontrariam ela.
 
— Bom dia, mãe! — desejou indo até a senhora e depositando um beijo em sua bochecha.
 
— Bom dia, querida! Como foi a festa ontem? — perguntou enquanto cortava as frutas que Lara costumava comer pela manhã.
 
— Foi ótimo — fitou Lena rapidamente e sorriu.
 
— Bom dia, Lena! — sorriu para a morena que fez um aceno com a mão. — Deu tudo certo na festa ontem?
 
— Deu mais do que certo — sorriu enquanto olhava para Kara.
 
— Aposto que tudo deu certo e foi ótimo.
 
Apertando os lábios, soube naquele momento que sua mãe já tinha pego no ar algo que nem precisou ser dito. Não que estivesse se importando com isso, pois não queria manter sua relação com Lena escondida por muito tempo, porém, só afirmaria qualquer coisa quando Lena se sentisse a vontade.
 
— Lara ainda está dormindo? — pegou um pedaço de morango levando logo em seguida um tapa na mão.
 
— Sim, assim como eu disse há uns minutos atrás que ela estava — estendeu uma pequena bandeja de frutas em direção a filha. — Coloque isso na mesa, por favor.
 
— Ela deu trabalho ontem?
 
— De jeito nenhum — respondeu à Lena. — Mas foi dormir reclamando que vocês esqueceram dela.
 
— Nós não esquecemos é só... — Lena se aproximou tentando se explicar.
 
— Eu sei disso, Lena. Eu sei que jamais a esqueceriam, mas ela antes era só apegada a Kara e agora é apegada a você. Ela já fazia esse tipo de drama por causa de uma mãe, agora tem que duas, ela fará muito mais.
 
— Acha que ela está chateada comigo?
 
Se aproximando, beijou a lateral da testa de Lena quando reparou sua preocupação. — Relaxa, meu amor, ela sempre faz isso. E, obviamente, ela não está chateada com você.
 
— Porque não vão acordá-la? — alternou o olhar entre as duas e sorriu. — Logo tudo aqui estará pronto.
 
Ter dado um beijo em Lena foi algo espontâneo. Quando olhou para sua mãe a vendo sorrir de um jeito como quem sai vitorioso de uma partida, só confirmou que ela tinha sacado tudo.
 
Colocando uma das mãos nas costas de Lena, a incentivou a andar em direção às escadas. Em silêncio, elas seguiram para o seu antigo quarto.
 
Ao chegarem em frente a porta branca que estava entre aberta, a empurrou de leve. No segundo seguinte, Billy desceu da cama indo até elas abanando o rabinho e esperando por algum carinho. No mesmo momento, as duas abaixaram dando atenção ao cachorrinho que assim que ficou satisfeito, voltou para o lado da pessoa que ele mais gostava.
 
A passos cuidadosos, elas se aproximaram da cama da filha sentando uma de cada lado do colchão.
 
— Lara? — Lena se aproximou a chamando baixinho. — Pequeno raio de sol, a mamãe está aqui.
 
Quando percebeu que estava admirando a cena de Lena tentando acordar Lara com cara de boba, sacudiu levemente a cabeça e se inclinou um pouco começando a mexer nos cabelos loiros da filha.
 
— Anjinho — a chamou em uma voz cantarolada —, acorda.
 
— Huum — Lara resmungou se virando para o outro lado ainda agarrada ao seu pandinha.
 
— Pequeno raio de sol, deixa a mamãe ver seus olhinhos.
 
Com um biquinho nos lábios — o mesmo que sempre fazia quando era acordada — Lara abriu os olhos encontrando as duas mães. Com um sorriso que ia de orelha a orelha, assustou Billy ao se levantar apressadamente e se jogar em direção a elas, colocando os bracinhos em volta delas.
 
— Achei que tivessem esquecido de mim — disse manhosa.
 
— Anjinho, jamais te esqueceríamos.
 
— Senti tanta falta de vocês que meu coração doeu.
 
— Agora estamos aqui — Lena falou a puxando para seu colo.
 
— Porque demoraram um muitão? Billy também reclamou de saudade.
 
— Nós estávamos resolvendo algumas coisas, anjinho.
 
— O que? — se afastou um pouco do abraço para olhá-las. — Resolveram dar um irmãozinho pro Billy?
 
— Não, Lara, não vamos adotar outro cãozinho — falou apressadamente antes que Lena concordasse com a sugestão da filha.
 
— E um gatinho?
 
— Nada de gatinhos e cachorrinhos.
 
— Uma irmãozinha pra mim?
 
Até que aquela pergunta havia demorado aparecer, pensou.
 
Risonha, abriu a boca para responder qualquer coisa que a fizesse mudar de assunto, mas Lena foi mais rápida.
 
— Você não vai ter uma irmãzinha — a corrigiu.
 
— Um irmãozinho?
 
— Não. Você não terá nenhum e nem outro.
 
Por mais que o tom de voz de Lena continuasse calmo, havia percebido que naquela resposta apressada tinha algo a mais. A curiosidade repentinamente a dominou para saber o que incomodava a morena sobre o assunto de ter mais filhos — mesmo que já tivesse algumas suspeitas — mas não falaria nada por hora. Era cedo para pensarem naquilo sendo que há menos de 24 horas tinham se acertado, além disso, haveria tempo e momentos mais propícios para adentrar naquela questão.
 
— Um peixinho? Posso ter um peixinho? — olhou para Kara e depois para Lena com olhinhos pidões.
 
— Nós não...
 
— Pode ter um peixinho — interrompeu Kara.
 
— Eu posso chamar ele de Nemo?
 
— Claro.
 
— Quando vou ter meu peixinho, mamãe? — perguntou animada.
 
— Que tal procurarmos por ele mais tarde? — a morena sugeriu.
 
— Obrigada, mamãe — abraçou fortemente a morena. — Eu te amo do tamanho do universo.
 
— Eu também te amo do tamanho do universo — beijou seu rosto.
 
Do jeito que Lara se arrumou nos braços de Lena com aquele abraço, sabia que a filha iria voltar a dormir por mais alguns minutos. Não demorou muito para Lena constatar isso.
 
— Acho que ela dormiu de novo.
 
— Ela sempre faz isso comigo quando eu tenho plantão noturno — se encostou na cabeceira da cama.
 
— Acho que vamos nos atrasar para o café, não quero acordá-la.
 
— Se estiver com fome, você pode colocá-la na cama e vamos tomar café. Quando ela acordar, coisa que não vai demorar muito, ela toma o café dela e nós vamos fazer o planejamos.
 
— Não quero soltá-la.
 
— Vem aqui comigo — fez um gesto com a mãos antes de ajudá-la a se sentar na mesma posição em que se encontrava. — Se você vai ficar aqui até ela acordar, eu também vou ficar com vocês.
 
Quando Lena se ajeitou ao seu lado, a abraçou pelos ombros com um braço e com o outro enlaçou ela e Lara ao mesmo tempo.
 
— Gosto quando ficamos assim. Eu já gostava antes, agora gosto muito mais — levantou um pouco a cabeça ficando Kara recebendo um beijo. — A Lara e você são as pessoas mais importantes da minha vida.
 
— E vocês são da minha — escutou Billy grunhir. — Você também é importante, garotão. E o nosso futuro peixe chamado Nemo também vai ser.

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