Capítulo 9

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Kara

 
 

— Kara! — Sam a abraçou ao abrir a porta de casa. — Achei que demoraria um pouco mais pra voltar.
 
— É, eu também achei, mas não dava pra conversar tudo o que eu e Lena temos que conversar em um almoço — entrou na casa de Alex e Sam indo até a sala. — Onde está a Lara?
 
— Alex a levou junto com a Ruby pra tomarem sorvete. Desde que você a deixou aqui, ela ficou bem tristinha e a única coisa que a animou foi a ideia do sorvete.
 
— Eu não queria ter que ficar longe dela na minha folga, mas não vi outro jeito de conversar com a Lena sem pressa — se sentou no sofá.
 
— E como foi almoço? Algum progresso?
 
— Talvez?
 
— Porque tanta incerteza? Ou teve algum progresso ou não teve nenhum. Não tem como ter sido um meio termo.
 
Kara não sabia como explicar para alguém algumas coisas que estavam passando em sua cabeça. Por mais que soubesse que a decisão sobre os próximos passos em relação a Lena seria inteiramente sua, precisava de uma opinião sincera.
 
Confiava nas coisas que sua mãe, Alex e Gayle diziam, pois sabia que era na tentativa de ajudar. Porém nesse caso, precisava de alguém que, independente do parentesco ou da amizade, iria dizer sua opinião sincera sem que essas coisas interferissem.
 
Sempre que precisava ouvir umas verdades, mesmo aquelas que doem, Sam era a pessoa para qual corria. Samantha conseguia ser um ponto neutro, conseguia pesar os prós e contras, ter os pés no chão e conseguia avaliar a situação de jeito mais racional.
 
— Bom — se remexeu no sofá. — Nós não discutimos nem nada. Até que tivemos uma conversa bem tranquila. É só que... Eu fico incerta se estou tomando uma decisão mais adequada sobre deixar que num futuro próximo ela se aproxime da minha filha. A Lena chegou do nada, disse é que mãe da Lara, falou que achava que ela estava morta até três anos atrás e parece que é verdade. Ela carrega uma tristeza no olhar e é só ela tentar falar do aconteceu que essa tristeza aparece, sua voz embarga e ela parece vulnerável.
 
— E ter percebido isso é ruim?
 
— É que o que falam sobre o pai e avós dela só são coisas ruins. Tenho medo de tudo ser um fingimento só pra se aproximar e depois tirar a Lara de mim — bufou. — Não sei se faz sentindo o que estou dizendo.
 
— Faz. Você é uma mãe preocupada e só quer proteger sua filha. É por causa desse medo que você quis, dubitamente, se aproximar dela?
 
— Uma parte é culpa. Se o que ela diz é verdade, eu me sinto injusta pelas coisas que eu disse. A outra parte é que, se ela não for a Lena que se mostrou nesses últimos três dias e tudo for uma grande encenação, eu estando próxima à ela, posso perceber isso antes de deixá-la se aproximar da Lara. Uma pessoa pode fingir bem por muito tempo, mas dá pra fingir o tempo todo.
 
— É só isso mesmo? Porque você fazer isso está correto, você quer saber com quem você está lidando e não tem nada de errado.
 
Se sentindo inquieta demais, se levantou do sofá e começou perambular pela sala. O que iria dizer talvez fosse a coisa mais tosca que dissesse em toda sua vida, mas isso foi algo que lhe ocorreu desde que viu Lena parada na sua porta a primeira vez. Naquele dia, seu coração se apertou como se previsse o que iria acontecer depois. Desde então, esse pensamento que estava prestes a revelar, ficava rondando a sua mente a ponto de se sentir mal.
 
— Vamos supor que Lena seja quem é parece ser, uma mulher gentil, legal, que sabe conversar e que realmente quer estar perto da filha.
 
— Ok. Está suposto — Sam disse a observando.
 
— Lena não mora nesse estado. E, não vejo um motivo real pelo qual ela permanecesse aqui. Tirando a Lara.
 
— Ela comprou um hospital.
 
— A família dela tem vários empreendimentos e não moram na cidade ou no estado em que eles estão — parou de andar se virando para cunhada. — E se, eu deixar ela se aproximar da Lara, a Lara gostar muito dela e quando Lena quiser voltar pra sua vida normal, ela quiser levar a Lara e a Lara quiser ir? E se a Lara amar mais ela do que me ama? Elas são parecidas Sam, e não digo só fisicamente, até no jeito de se portar elas se parecem. E olha que nem tem uma semana que conheço aquela mulher e já reparei nisso. Eu achava que a Lara tinha algo de mim, mas, na verdade, ela tem muito mais da mãe biológica. E se ela ficar tão impressionada por essas coisas e quiser que a Lena seja a mãe dela e não eu?
 
— Kara, Lara é totalmente apaixonada por você. Não tem como ela querer te trocar por qualquer outra pessoa — foi até Kara a puxando pela mão para ela se sentar no sofá de novo. — Lara só tem cinco anos, ela não saberia decidir isso sozinha. Ela até pode se impressionar com a Lena, mas isso não significa que deixará de ver você como mãe e passar a ver a Lena como uma repentinamente. Para ela ter Lena como mãe, isso requer um certo tempo, aproximação e convivência. Além disso, uma criança pode amar dois pais, duas mães ou um pai e uma mãe. Isso é completamente normal.
 
— Mas essa situação é diferente. Eu não sou casada com a mãe dela e nem planejamos tê-la juntas — estava deixando seu medo transparecer no olhar e na sua voz. — Lara só conhecia a mim como mãe, agora ela tem outra. Ela tem uma mãe que eu nunca imaginei que viria atrás dela. E se Lena for uma melhor mãe do que eu tenho sido nesses cinco anos?
 
— Eu e a Alex somos iguais quando se trata da Ruby?
 
— Não — balançou a cabeça negando.
 
— Você e Lena também não serão iguais. Isso não significa que uma vai ser melhor ou pior. Se vocês têm o mesmo amor pela Lara, se as duas querem o melhor pra ela, vocês saberão dar o espaço que a outra precisará ter para ser a mãe. E isso vai ser algo que só vai vir com o tempo, com você conversando com ela e ela com você. E, você é a mãe da Lara, ninguém nunca vai poder mudar isso, nem mesmo a Lena.
 
— Ela me disse isso hoje — repuxou um canto da boca. — Eu espero que ela esteja falando a verdade.
 
— E isso você só vai saber se aproximando dela, como está fazendo — a abraçou. — Só deixa o tempo mostrar o que deve ser mostrado. E te digo com todas as letras, Lara jamais vai deixar de te amar ou amar alguém mais do que você. Ela pode até amar Lena tanto quanto, mas nunca será mais. Entendeu?
 
— Entendi.
 
— Você é uma mãe incrível, Kara. Todo mundo sabe disso. O mais importante, a Lara sabe disso. Se a Lena amar aquela menina, pelo menos, um terço do que você ama, ela vai saber que o lugar da Lara é com você.
 
— Eu precisava ouvir isso — disse com a voz chorosa quando Sam a apertou mais no abraço. — Eu nunca me importei se a Lara nasceu de mim ou não. Não me importaria se ela fosse um menininho, ou tivesse qualquer outra cor ou etnia. Eu a amaria de qualquer jeito.
 
— Nós sabemos disso.
 
— Eu só não quero perder a minha filha. E por isso estou com tanto medo de estar fazendo tudo errado. O que você faria no meu lugar? Quando você e a Alex se conheceram, a Ruby era bebezinha. Como você achou que era boa ideia a pediatra da sua filha se tornar mãe dela?
 
Sam se afastou um pouco e limpou as lágrimas que desciam do rosto da cunhada antes de responder.
 
— Só aconteceu. Um dia eu olhei pra Alex cuidando da Ruby doente, ela estava tão preocupada que enquanto a Ruby chorou, ela chorou junto — pegou a mão de Kara. — Ali eu vi que ela era tão mãe quanto eu. Ela era alguém que amava a Ruby assim como eu amava. Amo. Isso não é algo que dá pra planejar. E no seu lugar, eu também tentaria conhecer Lena antes de dizer tudo a Lara. Eu faria exatamente o que você está fazendo. Na hora certa de contar à Lara sobre a Lena, você saber.
 
— E se essa hora nunca chegar porque meu medo me cega?
 
— Quando uma mãe sabe que algo é bom para o filho, ela aceita mesmo que isso a doa. Se você ver que Lara ter Lena na vida dela é o melhor, você vai deixar esse medo de lado. Não se apresse. Essa situação é delicada para vocês três. Não há outro jeito de resolver isso se não tiverem paciência e calma.
 
— Certo. Paciência e calma. Obrigada por me ouvir — sorriu de leve. — Eu achei que estava sendo paranoica.
 
A porta da frente da casa fez um barulho indicando que alguém chegava.
 
— Você só está sendo mãe. Seu anjinho chegou — a soltou se levantando para sair da sala. — Alex, Ruby. As duas comigo. Agora!
 
— O que eu fiz, amor?
 
— O que eu fiz, mãe?
 
Alex e Ruby perguntaram juntas seguindo Sam.
 
Lara já ia seguir as tias e a prima, mas quando olhou para o sofá, viu Kara que já a esperava com os braços abertos.
 
— Mamãe! — saiu correndo para abraçá-la.
 
— Oi, meu anjinho! — a pegou no colo a sentando em sua perna direita.
 
— Senti tanta saudade — falou ainda abraçada a mãe. — Achei que tinha me esquecido aqui. Eu já estava até triste. Mais um pouquinho eu ia chorar.
 
Mesmo que acreditasse que Lara sentiu sua falta, sabia que ela estava fazendo um pequeno drama.
 
— Eu jamais te esqueceria, meu amor.
 
— Nem se tivesse anésia?
 
— Anésia?
 
Se desvencilhando do abraço, Lara olhou para a mãe.
 
— Tia Alex disse pra tia Sam e pra Ruby que nem se tive anésia ia esquecer elas. Se você tiver anésia, vai esquecer de mim?
 
— É amnésia.
 
— Foi o que eu disse; anésia.
 
Kara riu. — Você sabe o que amnésia?
 
— Uma doença?
 
— Não é uma doença, mas também pode ser causada por uma. Assim como pode ser causada quando a pessoa machuca o cérebro, envelhece, ou pela falta de dormir bem. Amnésia é quando as pessoas esquecem das coisas.
 
Observou Lara semicerrando os olhos e fazendo uma linha reta com os lábios. Aquilo significava duas coisas: ela estava processando o que foi explicado e faria perguntas sobre isso.
 
— E se a pessoa nunca mais lembrar de nada?
 
— A amnésia, ela acontece por um tempo. Ele pode ser curto ou longo.
 
— Mas você nunca vai me esquecer, não é, mamãe? Nem um tempo pequeno e nem um tempo grande, não é? — seus olhinhos se arregalaram, ela havia ficado com medo da possibilidade de ser esquecida.
 
— Isso nunca vai acontecer.
 
— Você vai dormir direitinho pra não me esquecer?
 
— Vou. Claro que vou.
 
— E nem vai machucar o cérebro?
 
— Não vou machucar o cérebro.
 
— Se você me esquecer, eu vou ficar triste igual eu tava antes de te ver.
 
Dando um beijo na ponta do nariz de Lara, a abraçou forte — Não tem como a mamãe te esquecer, anjinho. Você é melhor coisa que já aconteceu na minha vida. Nem com amnesia eu seria capaz de te esquecer, pois meu coração sempre se lembraria do quanto é enorme meu amor por você.
 
— Te amo, supermamãe.
 
— Eu te amo, minha supergarotinha.
 
Elas permaneceram abraçadas por alguns minutos, mas o momento foi atrapalhado quando Alex voltou para a sala segurando duas garrafas de cerveja.
 
— Lara, tia Sam quer saber se você quer hot dogs com ela e a Ruby.
 
— Se eu for, você vai ficar triste? — sussurrou para a mãe ainda agarrada a ela.
 
— Aproveita e faz uns dois pra mim.
 
— Combinado.
 
Descendo do colo de Kara, Lara saiu correndo em direção a cozinha. Sorrindo, Kara a olhou até que ela sumisse pelo corredor.
 
— Como foi o almoço? — Alex perguntou enquanto entregava uma garrafa de cerveja para a irmã.
 
— Bem. Eu acho.
 
— Falaram sobre a Lara?
 
— Falamos, mas eu mencionei coisas corriqueiras, nada muito íntimo ou coisa assim.
 
— Porque?
 
Deu um gole na cerveja antes de responder. — Depois a Sam te explica melhor, até porque não quero falar sobre esse assunto correndo o risco da Lara ouvir. Mas resumindo: eu não sei até onde posso confiar na Lena. Então prefiro falar coisas mínimas sobre a Lara. Quando eu souber que ela tem boas intenções, talvez eu comece a falar coisas que ela deveria saber se estivesse estado por perto.
 
— Eu tenho certeza que ela vai te perguntar várias coisas sobre a filha.
 
— Eu sei. E eu disse a ela que pode me perguntar o que quiser.
 
Viu Alex fazer cara de confusão fusão e ficou confusa também.
 
— Deixa eu ver se eu entendi. Você não sabe se pode confiar nela por não saber as intenções dela.
 
— Sim — afirmou também com a cabeça.
 
— Você, pelo que eu entendi, não disse nada sobre a rotina da Lara e coisas mais sérias, preferiu focar em coisas mais normais que não a comprometa, vamos dizer assim.
 
— Isso mesmo.
 
— E você falou com a Lena que ela pode te perguntar o que quiser.
 
— É. Qual é a parte do que eu falei que você não entendeu? — franziu o cenho.
 
— É que é meio contraditório. Você a deu margem para te perguntar o que ela quiser. Se ela quiser saber onde a Lara estuda, por exemplo? Você vai ficar sem dar uma resposta? Vai mentir? Vai dizer que não pode falar porque não confia nela?
 
Ouvindo o que Alex disse, percebeu que estava sendo bem contraditória. Quando falou com Lena sobre ela perguntar o que quisesse, não pensou em quais tipos de perguntas ela poderia fazer, apenas quis que ela soubesse que estava disposta a entender o lado dela de toda a situação.
 
— Eu não... Eu não pensei nisso quando eu falei isso pra ela — ficou pensativa.
 
— Claro que não pensou — murmurou. — Coisa de Lena.
 
— O que disse? — a fitou com as sobrancelhas arqueadas. Realmente não havia entendido.
 
— Nada. Porque está de óculos?
 
— Eu te falei que o Jimmy comeu uma das minhas lentes de contato, lembra?
 
— E ontem durante seu horário de almoço você foi buscar as lentes novas. Lembra?
 
— Ah, é! — ajeitou os óculos. — Eu me esqueci.
 
Não gostava de como estava sendo olhada pela irmã. Sabia que a mente de Alex estava maquinando alguma coisa.
 
— Você é estranha. Acho que você é adotada. Ou te trocaram na maternidade.
 
— Vou dizer pra Sam sobre o que você falou outro dia sobre filhos — se levantou do sofá.
 
— Kara! — começou a segui-la. — Kara, não faz isso. Eu só estava brincando. Você sabe que nenhuma das duas coisas aconteceram. E se tivessem acontecido, a gente te amaria do mesmo jeito. Você é estranha, mas a gente te adora desse jeitinho.

******
 


Para a tristeza de Kara, o fim de semana passou bem rápido. Quando a segunda chegou, pensou em seriamente não sair da cama e inventar alguma desculpa para não ir trabalhar, mas quando se deu conta, já estava iniciando mais um dia com a sua rotineira manhã de segunda.
 
Pelo resto do sábado e boa parte do domingo, ficou pensando sobre o almoço com Lena. Queria mesmo acreditar nela e saber o que realmente aconteceu e motivo dela achar que Lara estava morta. Não é que queria ter certeza de seu sofrimento, queria apenas entender tudo e não ter mais desconfianças. Queria acreditar em totalmente em Lena.
 
Entrando no hospital, seguiu diretamente para o vestiário dos médicos. Esperava que seu dia fosse tranquilo, mas sabia o quanto as pessoas eram imprudentes no fim de semana e o quanto recorriam a energia às segundas-feiras.
 
Há passos tranquilos, percorria os corredores do enorme hospital. Geralmente, ficava atenta a tudo a sua volta, só que dessa vez estava bem distraída. Distraída demais para notar que alguém a seguia.
 
— Kara!
 
Escutou alguém chamar, mas decidiu ignorar por não reconhecer a voz.
 
— Você é tipo que chama alguém pra sair num dia e depois a ignora?
 
Agora sabia de quem aquela voz.
 
Parando de andar, se virou encontrando Lena. — Eu não sou esse tipo.
 
— Não é o que pareceu — a provocou.
 
Sorrindo, foi ajeitar os óculos e então se deu conta que não estava com eles. — No que posso te ajudar, senhorita Luthor?
 
— Só queria dizer um ‘oi’. Te vi andando distraída, eu quis saber se estava tudo bem.
 
— Está tudo bem, sim. Só estava pensando demais.
 
— A Lara está bem?
 
— Está, sim. É impressão minha ou você quer algo mais do que me dizer um ‘oi’? — perguntou ao perceber que Lena estava inquieta.
 
— Eu quero — se aproximou um pouco mais. — É que não quero parecer chata ou inconveniente. Então não tenho certeza se falar o que eu iria falar quando te chamei é uma boa ideia.
 
— Depois do almoço de sábado, eu te acho até legalzinha — acompanhou com os olhos Lena abaixar a cabeça e rir. — Você tem duas covinhas bonitinhas do lado direito da bochecha, igual à Lara.
 
— Sério?
 
— Sério. O que quer me dizer?
 
— Queria saber de quer almoçar comigo. Gostaria de ouvir mais coisas sobre a Lara. Se você quiser falar, claro.
 
Automaticamente, se lembrou da conversa que teve com Alex sobre Lena fazer perguntas sobre Lara. Talvez não devesse ter dado a ela abertura para isso, pelo menos não por enquanto. Deveria ter agido mais racionalmente.
 
— O que quer saber?
 
— O que você quiser me contar — deu ombros. — Só quero imaginar como a minha menina é. E também, seria bom pra nós conhecemos melhor. O que acha? Se não puder ir, eu vou entender.
 
A mente de Kara disse para ela dizer que estaria ocupada, mas combinariam algo outro dia. Essa poderia ser uma excelente desculpa para o que tinha se metido. Seria melhor dar informações de Lara pouco a pouco, confirme fosse descobrindo quem Lena era de verdade. Porém, quando Lena a olhou nos olhos esperando uma resposta, não conseguiu negar o seu pedido.
 
— Meu almoço é à uma. Se estiver tudo bem pra você...
 
— Está maravilhoso! — deu um largo sorriso.
 
— Me espera na entrada do hospital que dá no estacionamento. Vou te levar num lugar legal. Não tão legal quanto sábado, mas acho que você vai gostar.
 
— Combinado. Nos vemos à uma. Até mais, Kara!
 
— Até, Lena!
 
Acompanhando Lena com a cabeça, ficou a olhando até perdê-la de vista.
 
Mais uma vez iria almoçar com Lena Luthor.

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