Kara
Em toda a sua vida, Kara nunca imaginou que seria capaz de ter tanta raiva de uma pessoa como estava tendo de Lena Luthor. Ela ir até sua casa daquele jeito foi uma afronta, agora estar em seu local de trabalho ultrapassava todos os limites.
Quando viu Lena andando distraída pelo corredor em direção ao elevador, não pensou em outra coisa além de confrontá-la. Por isso, a pegou pelo braço e a puxou para um sala de descanso — que era o local isolado mais perto que tinha. Por sorte, a sala estava totalmente vazia.
Esperando uma resposta de Lena, a olhava com o mesmo furor do dia anterior. Apesar do quarto está sendo iluminado apenas pela luz do sol que entrava pela janela, conseguia a ver bem, pois a morena havia ficado bem próxima a luz.
No dia anterior, enquanto via Lara brincar na areia da praia — não deixaria de cumprir sua promessa por causa do aconteceu — notou o quanto ela era lembrava Lena. Agora, varrendo seus olhos e analisando com mais atenção o rosto da morena à sua frente, percebia que sua filha era quase uma mini cópia de Lena Luthor. Tirando a cor dos cabelos, seus olhos eram verdes e do mesmo tom claro, os lábios tinham o mesmo formato e o nariz parecia até ser o mesmo. Além disso, o olhar marcante era igual.
Olhava Lara e agora via Lena. Olhava Lena e agora via Lara. A única diferença em olhar as duas era o que sentia em relação a elas. Com a filha, o amor e alegria enchiam seu peito de uma maneira avassaladora. Depositava na garotinha todos os sentimentos bons que tinha, pois ela a dava toda felicidade do mundo só por existir. Em compensação, quando olhava Lena sentia, sentia um medo horrível. Ficava amedrontada só de pensar na possibilidade da morena tentar tirar Lara da sua vida. Por se sentir ameaçada, agia com ódio e raiva, como estava fazendo ao segurá-la pelo braço e esperando alguma resposta.
— O que faz aqui, Luthor? Não bastava ter ido me infernizar na minha casa, tinha que fazer isso também no meu local de trabalho? — perguntou quando não recebeu nenhuma resposta.
— Eu não sabia que você trabalhava aqui — soltou seu braços da mão da loira, mas não se afastou. — Jamais poderia imaginar te encontrar aqui.
— Eu não acredito em você.
— Eu não tô nem aí para o que você acredita ou não.
— Eu disse pra você sumir. Eu estava falando sério.
— Eu não vou desistir da minha filha — cerrou o maxilar com raiva.
— Você deixou de ser mãe dela quando a abandonou. Lara tem uma vida ótima e feliz comigo. Nós não precisamos de você pra estragar tudo.
— Eu não quero estragar nada. Eu só quero ter a chance de conhecer a minha filha. O que custa a gente conversar e você ouvir o que eu tenho a dizer?
— Eu não vou te dar espaço pra entrar nas nossas vidas. Eu não vou deixar você vim com essa voz mansa, essa cara de arrependida e postura de boa moça me convencer de que temos algum assunto a tratar. Se você quer saber, ela nunca se quer me perguntou de quem ela nasceu. Você não é nada pra ela. Você não existe pra ela. Então volta pra onde você veio e esquece dela.
Sabia que estava pegando pesado em dizer aquelas coisas, mas não conseguia não agir assim. Tudo o que queria ela Lena o mais longe possível dela e de sua filha. Se pra ela ficar longe tinha que dizer algumas verdades dolorosas, assim faria.
— Você já pensou no que eu posso fazer pra ter ela? — ergueu o queixo. Não queria que as coisas fossem assim, mas Kara não facilitava. — Quem você acha que tem mais chance de ficar com ela se essa brigar ir parar num tribunal? Acha que é você? Quem é você, Kara Danvers, em relação a mim?
— Não se atreva a fazer isso.
— Então me dê a chance de conhecê-la. É só o que eu te peço. Não precisamos fazer isso na pressa e não precisamos fazer desse jeito com toda essa discussão. Me escuta pra que a gente possa resolver essa situação. Você vai ver o quanto eu quero bem a Lara.
As orbes verdes que antes pareciam queimar como fogo por causa daquele novo embate ficaram opacas. Milésimos depois, o brilho que apareceu era das lágrimas que Lena parecia querer deixar cair. Se fosse qualquer outra pessoa, se o assunto em questão fosse outro, se não estivesse tão amedrontada e se sentindo ameaçada, poderia até consolá-la. Mas como não era nada disso que estava acontecendo, não mudaria suas ações com a arrogante Luthor.
— Depois do que você acabou a dizer, a última coisa que você vai ter é uma chance pra alguma coisa — cruzou os braços. — E respondendo a sua pergunta, eu sou a mãe verdadeira da Lara. Eu sou a pessoa que moveria mundos e fundos por ela, e não a deixaria de maneira alguma. Eu sou o que você foi covarde pra ser.
Lena sorriu de forma triste. — Eu também faria de tudo por ela, mas fica difícil eu fazer isso quando você prefere discutir comigo do que conversar.
— Você...
Parou o que ia dizer quando a porta do quarto de descanso se abriu e Alex apareceu. Com o susto daquela interrupção, Kara deu um passo para trás e encarou a irmã.
— Hã... Eu atrapalho? — a neurocirurgiã perguntou olhando para as duas mulheres sem entender o que aquilo significava.
— Sim! Estamos numa conversa importante — Lena à respondeu mantendo os olhos presos em Kara.
— Não, não há conversa nenhuma aqui. O que você quer, Alex?
— Estão há vários minutos te chamando na emergência. Por você não atender os chamados, comecei a te procurar.
Desviando o olhar da irmã, fitou Lena mais uma vez.
— Esse é meu último aviso, vai embora daqui e esqueça da existência da Lara.
— O que você vai fazer se eu não fizer isso? — a desafiou. — Vai continuar brigando comigo e falando coisas que você nem mesmo sabe?
— Você não vai querer saber o que eu vou fazer.
Foi em direção a Alex que continuava apenas observando sem entender nada.
— Eu vou pagar pra ver — moveu uma sobrancelha involuntariamente quando Kara voltou a olhá-la. — Saiba que você ainda vai me ver muito, Danvers. Acho melhor se acostumar, pois não vou sair de Wrigthsville sem minha filha saber quem eu sou.
— Veremos, Luthor.
— Então veremos, Danvers.
Kara não esperava que Lena fosse desafiá-la como havia acabado de fazer. Isso só a fez ficar ainda mais irritada com ela. A mulher que a respondia a altura dessa vez, não parecia em nada com a do dia anterior. Mas se era uma guerra que Lena queria começar, tinha acabado de achar a sua maior inimiga.
Estáticas, as duas mantinham seus olhares fixos um no outro. Até tinham se esquecido da presença de Alex que continuava tentando assimilar o pouco que tinha ouvido. Nenhuma delas queria desfazer aquela encarada, pois seria o mesmo que ceder ao outro lado.
— Kara, precisam de você — Alex a lembrou.
Em silêncio, Kara passou pela irmã e saiu do quarto indo em direção a emergência. Alguns passos depois, notou que Alex havia a alcançado.
— Porque você estava naquele quarto com a Lena Luthor? De onde vocês se conhecem?
— Eu não a conhecia até ontem. E agora ela tá achando graça em infernizar a minha vida.
— Que negócio é esse de Lara ser a filha dela? Eu ouvi isso mesmo ou entendi errado?
Abruptamente, Kara parou e encarou a irmã. — Se eu começar a te falar sobre assunto agora, não vou conseguir fazer o que tenho que fazer. Eu vou ver porque estão me chamando e depois a gente conversa.
— Tudo bem — sacudiu a cabeça assentindo. — Você está bem? Se não estiver bem não vá até a emergência atender ninguém, não existe só você de médica aqui.
— Eu sei — suspirou. — Se eu perceber que não vou conseguir me concentrar, eu aviso a senhorita Grant.
— Certo. Tenho que visitar meus pacientes, mas se precisar, é só ligar ou mandar mensagem.
Depois daquilo, Kara não conseguiu se concentrar em nada. Sabendo que o melhor que tinha afazer era ir embora, tentou falar a diretora Grant, mas Imra a informou que ela estava numa reunião muito importante e pediu para não ser atrapalhada. Sua única solução foi deixar avisado que não estava se sentindo bem e iria pra casa.
Lena Luthor havia estragado completamente a sua manhã.
Como de costume, a segunda-feira estava bastante ensolarada. O sol brilhava intensamente e tudo ficava ainda melhor com o vento fresco que soprava. Esse seria um excelente dia para aproveitar um passeio no parque ou ir a praia. Poderia fazer uma dessas duas coisas sozinha até a hora de ir buscar Lara na casa da sua mãe a noite, mas depois de tudo, só pensava em ver sua filha.
Instintivamente, quando entrou no carro, seguiu em direção a escola de Lara. Ficaria o resto do dia com ela, somente assim seria capaz de se acalmar e não pensar que um belo dia Lena Luthor acordaria e pensaria em lhe tirar sua filha.
Ao chegar na escola, conversou com o diretor John. Não disse o que estava acontecendo de verdade, só disse que havia surgido um imprevisto e por isso teria que levar Lara embora. O diretor acatou o pedido de Kara sem muitos questionamentos e a acompanhou até a porta da sala.
Enquanto John conversava com a professora, aproveitou para observar a filha que estava concentrada fazendo alguma coisa em seu caderno. A expressão de Lara era séria, suas sobrancelhas se mexiam e mordia a ponta da língua.
Para sua decepção, não pode deixar de, mais uma vez, ver Lena em sua filha. Ficaria difícil tirar aquela mulher da sua cabeça quando tinha uma mini Lena vivendo junto dela.
Ainda de olho em Lara, viu a professora se aproximar da garotinha e falar alguma coisa com ela. No mesmo instante, Lara olhou para a porta e sorriu ao ver a mãe. Depois de jogar seu caderno e seu estoja na bolsa — a professora a auxiliou nisso e também a ajudou a colocar a lancheira nas costas — pegou sua mochila e saiu correndo até a porta se jogando nos braços de Kara.
— Estava com um muitão de saudade, mamãe.
A palavra do momento de Lara era ‘muitão’, sempre que tinha a chance de dizer, ela dizia.
— Eu também estava com muitas saudades, anjinho — maneou a cabeça em direção a professora e o diretor em agradecimento. Em seguida, foi em direção a saída carregando Lara em um braço e segurando sua mochila no outro.
— Porque veio me buscar, mamãe? Você não tinha que cuidar de pessoas dodóis?
— Eu tinha, mas eu queria muito passar o dia com você — a deu um beijo no rosto. — Temos a ‘nossa noite’ e que tal termos hoje o nosso dia?
— E o que vamos fazer? — perguntou curiosa enquanto mexia nos cabelos da mãe.
— Que tal começarmos nosso dia indo comer aqueles donuts de chocolate que você adora?
— E depois?
— Podemos ir aquela livraria que você gosta e na loja de brinquedos pra você comprar mais miniaturas de dinossauros pra sua coleção.
— E depois?
— Vamos comer no lugar que você escolher.
A cada resposta que recebia, Lara sorria mais. – E depois?
— Podemos ir ao cinema.
— E depois?
— Vamos para casa e ficamos juntinhas no sofá junto com o Jimmy vendo desenhos. O que você acha de tudo isso?
— Eu adorei, mamãe! — respondeu animada.
— Então vamos fazer tudo isso no que...?
— No nosso dia!
— Nosso dia!
Mãe e filha cumpriram tudo o que estava na lista. Ao lado de Lara, Kara se esqueceu de qualquer coisa que havia acontecido durante a parte da manhã.
Próximo das cinco da tarde, as duas chegaram em casa. Como encerramento daquele dia de diversão, se juntaram a Jimmy no sofá com um balde de pipoca e refrigerante para assistirem mais uma vez Toy Story. Antes da nove da noite, Lara já estava dormindo com a cabeça no colo da mãe.
Notando que Lara estava adormecida, Kara ficou um longo tempo passando a mão nos cabelos loiros. Aproveitou o momento para admirar aquela pequena criança que era dona de todo o seu coração.
Lara chegou em sua vida no momento em que tentava se reerguer da morte de Jeremiah. Seu pai era o seu maior companheiro e quando se deu conta que não o veria nunca mais, perdeu um pouco o rumo das coisas. Por mais que fizesse terapia, estava sendo árduo passar pelas fases luto. Tinha na sua vida sua mãe, Alex, Sam, Ruby e Gayle, mas não tinha quem mais desejava.
Encontrar Lara, fez seu coração começar a se abrir aos poucos. Queria se livrar daquela angústia que preenchia seu peito diariamente pra ser uma pessoa melhor para aquela que decidiu ter como sua filha. E foi assim que pouco a pouco foi se recuperando.
Sendo uma médica, a perda de alguém não deveria a assustar tanto, mas se assustou quando seu pai se foi tão de repente.
Não era uma pessoa religiosa e nem sabia se acreditava em alguma divindade, no entanto, no momento em que Lara sorriu para ela naquele primeiro contato que tiveram, pensou que aquilo fosse obra de seu pai que a enviou um anjinho para a ajudar passar por aquela fase. Não atoa chamava a filha de ‘anjinho’.
A mais remota possibilidade de perder Lara simplesmente a deixava devastada. Em cinco anos, nunca imaginou que alguém poderia procurar por filha dizendo que era a mãe ou pai biológico dela. E tantas pessoas que poderiam aparecer para dizer isso, justamente foi Lena Luthor que decidiu se lembrar que era mãe — entre muitas aspas — dela.
O seu maior temor é que com o poder que os Luthors tinham em mãos, poderia perder facilmente Lara para eles. E se a perdesse, sua vida não faria sentido algum.
Suspirando pesadamente, cuidadosamente carregou Lara para levá-la para o seu quarto. Assim que a colocou na cama e a cobriu, ela abriu minimamente os olhinhos.
— Mamãe? — fez um sinal com as mãozinhas para a mãe se aproximar, assim que o fez, levou as mãos até suas bochechas.
— O que foi anjinho? — sussurrou.
— Você é a melhor mamãe do mundo.
— Sou é?
— É sim.
— E você é a melhor filha do mundo. Eu te amo tanto — sua voz saiu um pouco embargada.
— Eu também te amo, mamãe. Muitão.
Como de costume, Kara encostou sua testa na da filha a dando um beijinho de esquimó.
— Dorme, meu anjinho. Amanhã você tem aula.
— Mamãe? — a chamou mais uma vez com voz fraca e sonolenta.
— Oi, meu amor.
— Mesmo se eu tivesse outra mamãe, a melhor é você.
Escutar aquilo fez os olhos de Kara se encherem de lágrimas. Não sabia se era merecedora de ter em sua vida uma criança tão maravilhosa, mas agradecia o destino por tê-la colocado em seu caminho.
Após derramar algumas lágrimas e quando teve certeza que Lara havia dormido, saiu de seu quarto voltando para a sala para arrumar a pequena bagunça que fizeram.
Distraída pegando algumas pipocas que caíram pelo sofá, se assustou com o barulho da campainha. Imediatamente o sangue ferveu em sua veias. Não era possível que Lena Luthor fosse tão sem noção a ponto de aparecer aquela hora da noite na sua porta.
Pisando firme e já pensando de que formas diferentes iria xingar Lena, abriu a porta com raiva. Para seu alívio, do outro lado estava Alex com uma caixa de pizza numa mão e um engradado pequeno de cerveja no outro.
— Sua cara me diz que você esperava por outra pessoa — entrou na casa sem cerimônias.
— Achei que era aquela mulher — seguiu com a irmã até a cozinha.
— A Luthor?
— Sim — se sentou na mesa da cozinha logo pegando uma garrafa de cerveja.
— Qual é o lance de vocês? Não entendi muita coisa daquilo que presenciei.
Sentindo a garganta secar, Kara abriu a garrafa e deu um longo gole em sua bebida. Somente com o álcool em sua corrente sanguínea teria coragem para falar o que estava acontecendo em voz alta.
— Ela é a mãe biológica da Lara.
— O que?! Isso é sério? — franziu o cenho.
— Muito sério. Ontem ela apareceu aqui, jogou essa bomba em cima de mim do nada e hoje aparece lá no hospital... Só tem dois dias que a conheci e já revirou minha vida e me fez sentir coisas que nem sabia que um ser humano era capaz de sentir por outro. Ela me dá nos nervos.
— Isso explica porque parecia que vocês iriam se agredir. Quer dizer, também parecia outra coisa.
— Que coisa? — quis saber sem entender ao que a irmã se referia.
— Nada. Como você está se sentindo com isso?
— Com medo, assustada, angustiada, com raiva — bufou encarando a garrafa em suas mãos. — Não paro de pensar em como ela pode tirar Lara de mim. Ontem quando ela apareceu aqui só quis conversar e pedia pra ser ouvida, mas hoje ela me ameaçou. Só queria que ela sumisse das nossas vidas.
— O ou!
— O que quer dizer com ‘o ou’? — fitou a irmã com o cenho franzido.
— Então... — sorriu de um jeito nervoso —, eu acho que Lena Luthor não tem em mente ir embora tão cedo.
— Porque está dizendo isso?
— É ela que vai comprar o hospital. Acho que a presença dela em sua vida vai ser muito mais comum do que você gostaria.
— Você está brincando?
— Não — negou com a cabeça. — Imra contou para a Gayle e Gayle me contou. Ela estava no hospital hoje para conversar com a chefe. Pelo o que Gayle me falou, ela vai ficar uns bons dias analisando várias coisas no hospital. Mais até do que seria o comum pra esse tipo de situação. Com o que você acabou de me contar, acho que ela vai querer ficar mais tempo por causa da Lara e, consequentemente, por sua causa.
— Que raiva dessa mulher! — esbravejou espalmando a mão na mesa.
— Kara, se acalme.
— Como você pede pra eu me acalmar sendo que ela pode tentar tirar Lara de mim? Quais chances eu tenho contra o sobrenome Luthor?
— Ela pode tentar, mas ainda não tentou. Não fique deduzindo o que ela vai ou não fazer. Às vezes a ameaça dela só foi da boca pra fora. Foi de momento. Sei lá — deu ombros.
— Assim que a vi parada na minha porta, eu sabia que algo estava errado. Ela vai tentar algo em relação a Lara, ainda mais porque eu não dou brecha pra ela conversar comigo. Eu não tenho nada a dizer a ela e não quero ouvi-la. Ela não é mãe da Lara. A mãe sou eu.
— Nós sabemos disso. E não vai ser fácil ela fazer algo assim ainda mais ela tendo abandonado a menina do jeito que abandonou — falou na tentativa de tranquilizar a irmã. — E tem outra coisa.
— O que?
— Acho que se ela quisesse mesmo tomar a Lara de você, ela não viria aqui conversar, ela só tinha feito. Talvez, você devesse pensar em falar com ela e tentar entender o que aconteceu. Não digo isso por causa dela, mas por causa da Lara.
— Isso não vai acontecer, Alex — sacudiu a cabeça freneticamente. — Eu quero Lena Luthor longe da minha vida e da minha filha, não vou dar nenhuma brecha pra ela entrar.
— Kara...
— Não! Isso jamais vai acontecer. No que depender de mim, a Luthor jamais terá qualquer espaço em nossas vidas.
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Come A Little Closer
Fanfiction[Concluída] Kara Danvers é uma médica que leva uma vida bastante sossegada numa cidade litorânea na Carolina do Norte. Sua vida começa a mudar quando ela encontra um bebê abandonado na sua porta. Um tempo depois, uma nova reviravolta acontece quando...