Kara
— Hoje a noite, eu vou contar a Lena que eu estou apaixonada por ela — disse apressadamente se sentado numa mesa junto com Alex e Gayle.
— Meu Deus, eu sabia que não falharia comigo, senhor — Gayle olhou para o céu estendendo os braços de um jeito dramático.
— Eu sempre soube que alguém de lá de cima iria por juízo nessa sua cabeça oca — mordeu seu sanduíche. — Finalmente decidiu agir.
— Eu não sei porque perco o meu tempo contando as coisas pra vocês.
— Porque nos ama.
— Porque sou sua irmã mais velha e se você não me contar, eu descubro.
— Esquece isso — ameaçou a levantar, mas Alex segurou seu braço a impedindo.
— Desculpa. Pode falar, vamos nos comportar.
— Desculpa, amiga. Só ficamos felizes demais por você decidir que quer tomar uma atitude quanto a isso.
Olhando sério para as duas, voltou a se sentar. Não tinha mais certeza se queria falar sobre o assunto, mas tinha que compartilhar sua ansiedade com alguém.
— Diga-nos, porque tomou essa decisão?
— Não dá pra ficar do lado dela e fingir que está tudo normal. Não está normal. Eu não estou normal por causa dela — respondeu à Alex. — Ela mexe muito comigo e antes eu conseguia disfarçar, mas agora não consigo mais.
— Aconteceu algo específico pra do nada você pensar nisso? — a outra loira quis saber.
— Bom, vocês sabem o que ocorreu com a Melaine na quarta e viram como fiquei — pegou o outro pedaço de sanduíche do prato da irmã e mordeu.
— Ei!
Ignorando, continuou. — Naquele dia, eu pedi a Lena pra dormir lá em casa. Eu já tinha falado pra ela ficar antes, mas dessa vez meu pedido foi diferente, eu precisava dela comigo. Não sei explicar. E-ela me acalma, me escuta, me conforta e eu precisava disso.
— E ela ficou?
Afirmando com a cabeça a pergunta de Gayle, inclinou o corpo mais para frente e sussurrou. — Nós dormimos juntas.
— No sentido literal ou figurado? — a Danvers mais velha questionou.
— Literal. No outro dia eu acordei, ela estava lá do meu lado abraçada a mim. Sei que ela fez isso por que eu estava triste, mas quero que isso se repita muitas vezes mais sem que eu esteja triste. Eu a quero comigo. A quero comigo, com nossa filha e o cachorro que adotamos juntas. Eu tenho medo de ser rejeitada, só que não consigo mais esconder.
— Eu acho que você conseguiu esconder por muito tempo. Porém compreendo a situação em que vocês estão envolvidas.
— Não quero errar com ela, mas se eu não contar, vou acabar explodindo.
Desde que acordou ao lado de Lena, era assim que sentia, que estava explodindo por dentro guardando aqueles sentimentos. Apesar disso, não mudou em nenhum momento seu jeito de agir com ela, mas queria mudar para um jeito que considerava muito melhor e que ela tanto merecia.
— Não é hoje aquela coisa do hospital que ela te convidou?
— É — disse à Gayle.
— E como vai fazer isso hoje?
Esperava que ao responder a pergunta da amiga, nem ela e nem Alex fizessem algum comentário engraçadinho. Assim como não foi fácil admitir que estava rendida pela mãe da sua filha, também não estava sendo fácil contar nada daquilo.
— Pensei em falar com ela se ela não quer ir lá pra casa depois da festa ficar comigo e com a Lara, pois amanhã só vou fazer o plantão noturno, então poderíamos aproveitar. Como Lara está com a minha mãe, eu iria buscá-la e faríamos o que eu penso em sugerir.
— Certo — Alex assentiu com a cabeça. — E onde entra a parte de você contar a ela sobre seus sentimentos?
— Depois que a gente colocar a Lara pra dormir, pensei em abrir uma taça de vinho e quando me juntasse a ela no sofá, revelar isso. Só não pensei nas palavras que devo usar pra começar o assunto.
— Vai embebedar ela antes de contar? — franziu o cenho.
— Não, Gayle! Mas preciso de algo pra me deixar calma. O vinho vai me deixar mais calma.
— Ou te deixar mais abóbada, e aí você pode não pensar direito, se enrolar nas palavras e, no fim, mais um dia vai passar e você não disse nada.
— Você não está me ajudando, Alex. Também achei que vinho poderia ser algo romântico — se ajeitou na cadeira. — Pensei em chamá-la pra jantar e mil coisas, mas prefiro fazer isso estando a sós com ela. Eu nunca... nunca quis tanto estar com alguém quanto quero estar com a Lena. Achei que assim, tanto eu quanto ela ficaríamos mais a vontade. Provavelmente vou gaguejar, falar rapidamente e...
— Por ser tão importante o que você quer fazer, mesmo com todo o nervosismo, talvez você nem aja assim.
Gayle até poderia estar certa. Poderia se perder na imensidão dos olhos verdes de Lena e todos os seus sentimentos escaparem de sua boca numa fluidez absoluta. Também podia ficar tão nervosa que nenhuma palavra podia sair de sua boca.
Nos últimos três dias, o que mais imaginava era como seria dividir todos os momentos importantes da sua vida com Lena. Em como poderia dar um abraço apertado de boa noite e não vê-la sair de sua casa ou entrar no outro quarto que não fosse o seu. Em como poderia dar um beijo carinhoso de bom dia que não fosse seu rosto. Ou quando fossem sair com Lara, pudesse segurar sua mão despreocupadamente.
Imaginava tudo com ela.
— Eu quero que tudo seja...
— Perfeito? — Alex terminou.
— É. Quero que tudo seja perfeito.
— Mesmo se não for perfeito, a deixe saber sobre tudo isso. Duvido que ela não te corresponda, mas se não corresponder, também sei que ela não vai te jogar pra escanteio.
— Mas deixando, claro, nós queremos que ela te corresponda. Se tudo der errado, você tem a mim e a ranzinza da Alex pra te consolar.
— Eu prefiro a Lena do que vocês.
— Você já deixou isso bem óbvio.
Rindo com o comentário da irmã, voltou a comer a parte do sanduíche que tinha pegado dela.
— E, Kara, pensa comigo, você é a única de nós três e de tantos médicos do hospital que foi convidada por ela. Acho que isso deve significar alguma coisa, não?
— Será?
— Tenho que concordar com a Gayle. Ela só convidou você. Você meio que é o par dela.
— Não sou o par dela — falou com pesar. — Ela só me convidou, não me pediu para acompanhá-la. Nem se quer vamos chegar juntas na festa. Se eu fosse o par dela, chegaríamos juntas como qualquer outro par.
— Eu acho que ela te chamar não foi algo tão aleatório.
— Eu também acho que não — mais uma vez Alex concordou com Gayle. — Eu no seu lugar, aproveitaria a noite inteira ao lado dela e depois tentava colocar o plano em prática. Ou melhor, esquece o plano.
— Como assim esquecer o plano? Se eu esquecer o plano, não vou fazer nada.
— Para de pensar demais e aja com o coração. Se na festa você sentir vontade de dizer tudo o quer, só a leve em algum canto e comece a dizer. Olha o tempo que vocês estão perdendo. Você fica pensando demais, parecesse que ela também fica e vocês não saem do zero a zero.
— Não, Alex — balançou a cabeça negando. — Não. Não posso agir assim com ela. Preciso fazer tudo certo e não despejar tudo em cima dela.
— Já que é assim — a ruiva deu ombros —, eu só posso te desejar boa sorte.
— Espero que no fim dessa noite, vocês sejam mais do que apenas as mães da Lara.
— Eu também espero.
Pelo resto do dia, só ficou pensando em quais palavras deveria usar no momentos em que fosse abrir seu coração para Lena. Não queria ser impulsiva, queria realmente se declarar. Queria falar tudo o que estava sentido e todos os planos que fazia a noite antes de dormir tendo Lena ao seu lado. Queria mostrar a ela que seu sentimento era o mais puro e verdadeiro possível. Queria ao fim de tudo beijá-la demonstrando todo o carinho que tinha e que pudessem dormir juntas mais uma vez pelo simples fato de quererem dividir uma cama enquanto se mantinham nos braços uma da outra.
Às seis em ponto, encerrou seu expediente uma hora mais cedo e saiu do hospital o mais rápido possível indo para o carro. O trajeto até sua casa demorou um pouco mais, pois o trânsito não estava um dos melhores. Felizmente, a demora não foi o suficiente para fazê-la se atrasar.
Chegando em casa, foi para o banho, mas não se atreveu a demorar e em cinco minutos, já estava se enrolando na toalha voltando para o quarto.
Por saber que não teria tempo de escolher uma roupa quando chegasse, tinha deixado separado um vestido preto longo de festa que iria usar juntamente com os sapatos de salto alto fino da mesma cor. Após se vestir, passou um pouco de maquiagem no rosto para disfarçar o cansaço e prendeu metade dos cabelos.
Se olhando no espelho, achou que estava apresentável e isso teria que servir, pois não tinha muito mais tempo já que teria que voltar para Seagate.
Pegando uma bolsa pequena, saiu do quarto e logo retornou, não podia deixar de estar perfumada. Se houvesse chance de dançar com Lena, queria estar cheirosa.
Dando uma última verificada em si mesma, foi em direção ao corredor. Enquanto descia as escadas, pedia um carro por aplicativo. Tinha pensado muito em ir dirigindo, mas estava cansada, não precisaria buscar Lena, pois se encontrariam na festa e, caso bebesse, não teria que se preocupar em pegar o carro para voltar para Wrigthsville.
Enquanto esperava o carro chegar, para aliviar a ansiedade, resolveu ligar para falar com Lara.
Durante a conversa, não disse a ela que mais tarde a buscaria, pois queria surpreendê-la. Nos quatro minutos que ficaram ao celular, se sentiu minimamente mais calma, mas não o suficiente para quase não surtar.
Assim que desligou a chamada, ouviu uma buzina vinda do lado de fora e tratou de sair de dentro de casa apressadamente.
Percorrendo as ruas da cidade, olhava pela janela os pingos de chuva escorrendo pelo vidro. Mais de meia hora depois, o motorista parou em frente a um salão de festas que parecia ser absurdamente requintado só o olhando pelo lado de fora.
Ao descer do carro, um homem com um guarda-chuva veio até seu encontro a levando até onde havia uma cobertura.
— Basta seguir em frente e dar o seu nome ali na entrada — o rapaz gentil apontou para a porta dupla de madeira escura envernizada.
— Obrigada.
Seguindo pelo caminho indicado, deu o seu nome a uma moça que tinha uma lista em mãos e então, finalmente, entrou na festa.
O salão escolhido para aquele evento era extremamente chique. Havia um palco muito bem iluminado ao lado direito onde Lena e a diretora Grant fariam um discurso. No resto do salão, estavam distribuídas algumas mesas com nomes muito bem desenhados em dourado em cima dela. Do lado esquerdo, havia um bar com prateleiras de vidro repletas de bebidas. E entre as pessoas que se encontravam ali, garçons e garçonetes perambulavam com bandejas de champanhe, whisky e aperitivos. Além de tudo isso, havia alguns fotógrafos circulando pelo local.
Não sabendo muito o que fazer, pois não tinha avistado Lena em canto algum, foi até o bar e pediu um martine. Assim que recebeu a sua bebida, foi a degustando lentamente. A todo momento, olhava para a porta na esperança de Lena passar por ela, só que isso demorou muito mais do que gostaria que tivesse demorado.
Cerca de quinze minutos depois de sua chegada, deu o último gole em sua bebida e então encarou a porta mais uma vez quando os fotógrafos começaram a se aglomerar nela. Foi então que viu Lena e Cat.
De um jeito absurdamente anormal, seu coração começou bater aceleradamente e um sorriso foi crescendo em seu rosto ao ver Lena tão linda em um vestido vinho de veludo e com os cabelos enrolados caídos nos ombros. Contudo, isso foi mudando quando Lena fez um gesto com as mãos e então uma morena se aproximou dela, colocando um dos braços em suas costas começando a pousar para fotos ao seu lado. Repentinamente, seu sorriso foi morrendo.
Não sabia quem era aquela morena de olhos azuis, muitos menos o que ela era de Lena. Tudo o que via é que elas pareciam se conhecer bem e eram bonitas juntas.
De um segundo para o outro, tudo o que planejou fazer naquela noite e que a tinha deixado tão eufórica, nervosa e ansiosa, deu lugar a um terrível incomodo.
Pelo modo que Lena vinha agindo, tinha tirado da sua cabeça que ela poderia ter alguém, ainda mais ela já estando há tantas semanas na cidade e ninguém ter aparecido. Mas fazia sentido essa pessoa aparecer numa festa importante para ela, não? E se essa pessoa, fosse a morena misteriosa?
— Deseja mais alguma coisa? — uma moça perguntou apontando para sua taça.
— Um whisky duplo, por favor — desviou o olhar da porta e encarou a moça.
— Aqui está — a entregou.
— Obrigada.
Encarando o copo, não fez questão nenhuma de ir até Lena como havia imaginado tantas vezes que faria.
O tempo foi correndo e uma música horrível que tocava no fundo já estava a incomodando. Ainda estava sentada no mesmo lugar desde que chegou e nem pensava mais em sair. Então sentiu uma mão fria tocar em seu ombro e um perfume inconfundível adentrar em suas narinas.
— O que faz quieta aqui? — Lena perguntou se sentando ao seu lado.
— Não queria te atrapalhar com essa coisa toda — a olhou sorrindo minimamente.
— Está tudo bem?
Não estava. Todas as vezes que procurou Lena com o olhar a morena misteriosa estava ao seu lado e isso foi horrível. Queria ser a morena ao lado dela.
— Está, sim.
— Porque está mentindo pra mim?
— Só tive um dia agitado. Cansativo.
— Fico feliz que tenha vindo — colocou a mão por cima da sua. — Sua presença aqui é importante pra mim.
— Eu não perderia esse momento por nada.
— Eu te vi sentada aqui desde o primeiro segundo que entrei por aquela porta. Tentei me aproximar antes, mas Cat ficou me arrastando de um lado para o outro.
— Sei bem como ela pode ser.
— Kara, tem certeza que está tudo bem? — pendeu a cabeça para o lado.
— Podemos conversar? Queria te dizer... algumas coisas.
A incerteza estava presente na sua voz, pois não era aquelas palavras que queria falar, mas tendo Lena tão perto, se esqueceu da morena misteriosa por um instante e só queria que a morena a sua frente soubesse de sua secreta paixão por ela.
— Agora?
— Se isso não for te atrapalhar...
— Você nunca me atrapalha.
Ajeitou seus óculos. — Tem algum lugar com menos pessoas?
— Podemos verificar — desceu só banco. — Vamos?
Assentindo, desceu de seu banco para ir atrás de Lena, mas Cat Grant apareceu.
— Sinto atrapalhar vocês, mas você vem comigo, Lena. Temos um discurso a fazer.
É, quando sua mísera coragem tinha reaparecido algo a atrapalhou. Para ser mais exata, Cat Grant a atrapalhou.
— Cat, eu...
— Pode ir, Lena. Depois no falamos.
— Tem certeza?
— Tenho.
Recebendo um sorriso de Lena, a acompanhou com a cabeça seguir a diretora Grant.
Depois daquilo, talvez o melhor era não dizer nada naquela noite. Tudo estava contribuindo contra o seu interesse.
Lena falou com perfeição o discurso que vinham ensaiando quase todas as noites nos últimos dias. Estava extremamente orgulhosa dela e a aplaudiu alegremente.
O único momento que teve com Lena foi aquele antes de Cat tirá-la de sua presença. Não estaria incomodada com aquilo porque queria que ela fosse a estrela da noite, mas era difícil não se sentir assim com Helena Bertinelli — acabou descobrindo seu nome — o tempo todo ao seu lado.
Para sua tristeza, nada que pensou sobre aquela noite aconteceu. Por um momento, até chegou a cogitar sobre o que Gayle e Alex disseram sobre Lena a querer como seu par. Porém, ao que tudo indicava, o par de Lena era Helena.
Quando olhou no relógio e viu marcar dez horas, achou que era melhor buscar Lara e terminar sua noite com ela.
Após solicitar um carro, bastante sem jeito, pela primeira vez na noite, se aproximou de Lena, ignorando a presença de Helena ou qualquer outro a sua volta.
— Lena? — a chamou.
— Eu já estava indo atrás de você — se virou para a olhar. — Deixa eu te apre...
Sabendo o que ela iria dizer, a interrompeu.
— Estou indo embora. Só queria avisar isso.
— Não quer esperar mais um pouco? Já já estarei indo também, só vou me despedir da Cat e então podemos conversar como você queria.
— Fazemos isso depois, não era nada importante. Parabéns pela noite de hoje, você estava maravilhosa como sempre.
Dando um sorriso simples, se retirou antes que Lena insistisse sobre qualquer coisa, pois sabia que não iria negar.
Chegando ao lado de fora, avistou o carro que pediu se aproximar e entrou nele.
O caminho até a casa da sua mãe parecia mais longo do realmente era. Para se distrair, mais uma vez se concentrou nas gotas de chuva escorrendo sobre o vidro da janela. Foi então que pensando em todo o seu dia, as palavras de Alex invadiram sua mente.
— Pode dar meia volta, por favor?
— Como? — o motorista a perguntou a fitando pelo retrovisor.
— Volta, eu te indico o endereço.
— Senhorita, eu...
— Eu te pago a mais. Preciso fazer uma coisa e não posso deixar pra depois.
— Como quiser.
Assim que o motorista deu meia volta, começou a indicar o endereço de Lena. Não fazia ideia se ela tinha chegado em casa, se tinha decidido estender a noite, se estava acompanhada de Helena, mas nada disso importava. Quando acordou tinha um plano. E esse plano seria concluído.
A cada metro mais perto do apartamento de Lena, se sentia agitada. Quando o avistou é sorriu, foi bem no momento em que o carro parou no farol.
— Eu vou descer aqui.
— Estamos perto e a chuva está forte.
— Eu sei — tirou duas notas da bolsa e entregou ao motorista. — Aqui.
— Moça, tá faltando dinheiro — disse quando pegou as duas notas.
Revirando os olhos, pegou mais uma nota e o entregou antes de sair do carro.
Andando pela rua sentindo a chuva gélida bater contra sua pele, se arrependeu um pouco pelo que tinha feito.
Logo que parou em frente ao prédio de Lena, o porteiro a deixou em entrar depois de confirmar a ela que a morena havia chegado há pouquíssimos minutos — sua entrada era liberada. Entrando no elevador, apertou o andar em que ela morava e começou andar pelo elevador. Não dava para voltar atrás, já estava ali e iria concluir o que foi fazer. Então aproveitou os pouquíssimos segundos dentro daquela caixa metálica para pensar em como abordar o assunto que tanto queria.
Quando as portas se abriram, respirou fundo e quando olhou para frente, deu de cara com Lena prestes a entrar no elevador. Ela estava linda.
— Kara? O que faz aqui? Você estava na chuva?
— Eu estou perdidamente, completamente e absolutamente apaixonada por você. Era isso que eu queria te dizer na festa.
Havia acabado de fazer o que não queria. Havia acabado de agir por impulso. E, como Alex sugeriu, agiu com seu coração extremamente apaixonado.
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Come A Little Closer
Fanfiction[Concluída] Kara Danvers é uma médica que leva uma vida bastante sossegada numa cidade litorânea na Carolina do Norte. Sua vida começa a mudar quando ela encontra um bebê abandonado na sua porta. Um tempo depois, uma nova reviravolta acontece quando...