capítulo 31

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(ANTES)

Não consigo imaginar um jeito melhor de terminar nosso primeiro aniversário de casamento do que enrolados em um cobertor no pátio, escutando as ondas quebrando na areia. É o momento perfeito para o presente perfeito.

- Tenho uma coisa para você - digo a Patrick.

Em geral, é ele que me surpreende com presentes, então o fato de que trouxe algo para ele prende sua atenção. Ele me encara com expectativa e afasta o cobertor de mim, me empurrando para fora da cadeira. Corro até a casa e, em seguida, volto com seu presente. Está embrulhado com papel natalino, embora ainda falte muito para o Natal.

- Foi o que consegui arrumar - explico. - Não tive tempo de embrulhar o presente antes de sair, então tive que me virar com o que havia no armário daqui.

Ele começa a abrir o presente, mas, antes mesmo que rasgue o papel, disparo

- É um cobertor. Eu mesma fiz-

Ele solta uma risada.

- Você é péssima com surpresas. - Ele afasta o papel de embrulho e revela o cobertor que fiz a partir de retalhos de nossas roupas. - Isso é... - Ele ergue um dos pedaços de sua camisa de trabalho e solta uma risada.

Às vezes temos problemas em manter nossas roupas intactas quando estamos nos despindo. Acho que devo ter rasgado, no mínimo, meia dúzia das camisas de Patrick.

Patrick rasgou várias minhas. Às vezes faço aquilo pela dramaticidade dos botões saltando. Nem me lembro de como começou, mas se tornou uma brincadeira para nós. Um jogo caro. E foi por isso que resolvi dar uma utilidade às roupas estragadas.

- É o melhor presente que já ganhei. - Ele joga o cobertor sobre o ombro e, em seguida, me pega no colo.

Ele me carrega para dentro e me coloca sobre a cama. Rasga minha camisola, então rasga a própria camisa para se exibir. A cena inteira me faz rir, até que ele deita sobre mim e sufoca meu riso com a língua.

Patrick levanta meu joelho e começa a me penetrar, mas empurro seu peito.

- Precisamos de uma camisinha - sussurro, sem fôlego.

Na semana passada, comecei a tomar antibióticos por causa de uma gripe e por isso havia parado com a pílula. Tivemos que usar camisinha a semana toda como método contraceptivo.

Patrick rola de cima de mim e caminha até sua bolsa de viagem. Pega uma camisinha, mas não volta de imediato à cama. Apenas olha para a embalagem. Então a joga de volta na bolsa.

- O que está fazendo?.

- Não quero usar hoje - responde ele, com uma grande dose de confiança.

Não retruco. Ele não quer usar camisinha? Estou entendendo errado?

Patrick caminha de volta para a cama e se deita sobre mim novamente. Ele me beija, depois recua.

- Às vezes penso no assunto.
Em você, grávida-

- Pensa? - Não esperava por aquilo. Hesito por um momento antes de continuar - Só porque pensa no assunto não quer dizer que esteja pronto.

(im)perfeições Onde histórias criam vida. Descubra agora