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Quanto tempo faz eu estou preso aqui? Nesse lugar nenhum tendo como minha única companhia essas estacas que ainda estão presas ao meu corpo... Essa dor é a única prova de que eu ainda vivo, não consigo mais falar, ver, ouvir ou me mover mas eu ainda não me sinto morto.

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De alguma forma eu comecei a sentir uma presença ao meu redor e começar a tatear o meu corpo além de poder escutar uma voz a distância, essa presença vinha até mim tocava em meu corpo, falava algo que eu não conseguia entender e logo sumia... Depois de algumas "visitas" eu parei de sentir aquelas estacas e pude escutar mais vozes mais claramente até que finalmente consegui abrir os olhos.

?: A senhorita tem certeza de que vai insistir nisso?

?: Você alguma vez me viu desistir de algo que eu queria muito?

?: Desculpe senhorita... Não quis soar petulante! É apen-

?: Ah ele acordou.

Eu acordei preso a uma mesa de metal dentro do que parecia ser um laboratório de alquimia, havia frascos com líquidos coloridos espalhados em uma mesa, várias máquinas que eu não tinha a mínima ideia de o que faziam, e jogados em uma bancada qualquer haviam partes humanas como ossos quebrados, músculos e outros órgãos... em quanto eu olhava confuso para o laboratório tentando entender o que estava acontecendo duas mulheres me encaravam assustadoramente calmas.

A primeira mulher devia ter uns 22 anos, tinha 1,72 de altura, estava usando roupas de sacerdotisa em sua maioria as roupas eram brancas com detalhes em vermelho, ela tinha uma pele clara, olhos azuis como safira e um cabelo branco e curto.

A segunda era mais bela ainda ela devia ter uns 25 anos, tinha 1,80 de altura, estava usando equipamentos de Artificer, ela tinha uma pele clara, um cabelo comprido ruivo alaranjado e lindos olhos purpura como ametista.

Artificer: Tire as amarras dele.

Ao me libertarem eu fiquei de frente para um espelho... O meu olho esquerdo que havia sido atravessado por uma estaca tinha sido substituído por um orbe de cristal negro como uma obsidiana, meu braço direito que havia sido cortado foi inteiramente substitui por um braço mecânico feito de madeira e metal, em minhas costas estava preso uma coluna vertebral de metal com garras e fios que entravam e saiam da minha carne e minha caixa torácica estava totalmente aberta... A maioria dos meus órgãos já tinham sido trocados por máquinas ( No lugar de veias e artérias estavam tubos e cabos, no lugar dos meus pulmões estavam "sanfonas" e meu coração agora era um núcleo de latão ).

Kire: ...

Artificer: Você reagiu melhor do que eu esperava.

Sacerdotisa: Se já terminou de admirar o seu novo corpo volte pra mesa para que possamos fechar esse buraco no seu peito.

Em alguns minutos as duas re-colocaram as últimas partes faltantes restando apenas algumas poucas suturas visíveis pelo corpo e me entregaram roupas "novas" elas sendo apenas uma camisa e uma calça de pano além de um par de botas simples.

Artificer: Aqui pegue este cartão! Essa é a sua ficha de personagem ela contém todas as suas informações pessoais então sempre tenha ele em mãos.

Kire: Quem são vocês?

Artificer: Nós meio que já estamos sem tempo então... Leve-o daqui!

Sacerdotisa: Sim senhora.

Antes de perguntar mais alguma coisa a Artificer foi até uma alavanca ativando-a, a última coisa que vi foi algumas bobinas de eletricidade serem ativadas um segundo antes de perder a consciência de novo... Dessa vez eu acordei em um beco escuro com um machado grande ao meu lado ( Seu cabo era de um marrom escuro, sua lâmina era negra e serrilhada com um grande espeto do outro lado da lâmina ).