10 de agosto de 2011.
♟A plantação não demorou para começar Zayn já era conhecido na área e o sucesso só aumentou vindo junto ao nome de Louis, todos sabiam que onde um estava o outro estava também sempre entrelaçados um no outro, em festas, negócios, problemas, para qualquer coisa. Administrar o tráfico na área não foi difícil, nos primeiros dois meses haviam conseguido - acabar com todos traficantes dali - cada ponto de venda morreu com um tiro pela culatra o sistema era simples de entender quando a venda de um lugar aumentava eles diminuíam o preço até que o lugar falisse por si só e aqueles que insistiam em continuar erguidos eram derrubados a força, logo se tornaram o Zé pequeno e Benê de Brasília, tinham tudo; capangas, adolescentes como aviãozinhos, armas, drogas e o dinheiro. Como era bom para Louis agora não sentir mais fome e poder comer até saciar a sua gula.
— Bora viaduto hoje? - Perguntou o carioca enquanto terminava de passar as últimas notas para o caderno. — Nem da, marquei de sair com os play. - Respondeu Louis vendo a revirada dos olhos que o amigo deu a sua frente. — Vai pra onde? Voar em um jatinho pela sul? - Escutando o tom de deboche apenas cerrou os olhos rindo. — Não fica com ciúmes não, eles me dão bastante lucro. - Zayn terminou a última nota o olhando. — Até não darem mais.
E esse era o traço da personalidade de Tomlinson que o rapaz mais abominava, ele se garantia, achava que sempre se garantia, que a sua presunção o levaria até onde quisesse, que estava no controle de tudo, a real era que Louis havia se deslumbrado e Zayn já havia visto muitos caírem por causa disto.
— Fica suave. - Respondeu o paulista acendendo um baseado de ponta. — Demorô. - Foi a única resposta que recebeu, então deu de ombros balançando a cabeça para não se estressar com a situação.
— Que isso? - indagou enquanto olhava o mapa dos pontos abertos. — Por que tá em vermelho esse da esquina? - Malik indo até ele olhou vendo ser o ponto da padaria. — Porque no debaixo tem a padaria, não dá pra desbancar ele, achei que tinha parado de vender aqui dentro, estranho. - Indignado com a tranquilidade na fala do rapaz, Louis deu uma tragada intensa. — Então vamos desbancar. - E foi quando ouviu a risada alta que fechou a cara. — Qual foi?
— Você trabalhava ali cara, via o tanto que saia por dia, tá achando que desbancar o Zé é fácil assim, todo mundo deve pra ele, o velho tá nessa faz mais de 20 anos desencana. - O ódio que sentia do homem não era algo simples para simplesmente desencanar, havia sido feito de escravo e agora poderia desbancar e o fazer sentir o mínimo do que sentiu. — Vamos abaixar o preço da esquina. - O carioca fez que não instantaneamente com a cabeça. — Não adianta, ele tem preço fixo, clientes fixos, não mete bala no pé já temos pontos funcionando, fecha esse e abre outro em uma área neutra. - E claro que ignorando todas aquelas palavras, Tomlinson pegou uma caneta vermelha e marcou um x sobre a padaria no mapa. — Vou ter uma conversinha com ele.
Decidido a seguir com o ponto para desbancar o velho, pegou um revólver colocando na cintura enquanto via a expressão de indiferença do amigo e sabia o que ela queria dizer, mas ignorou fazendo sinal para os dois capangas que estavam na porta.
— Luke e Side bora. Depois que eu fechar a padaria marca o pão com mortadela na minha conta. - Sorriu se dirigindo ao carioca que apenas soltou um riso de deboche o vendo sair pela porta. — Vou marcar é seu enterro, idiota.
Durante o caminho pensava em toda aquela situação e sobre o parceiro não entender o quanto fechar aquele ponto significava já que havia passado um inferno naquele lugar achava estar na hora de fazer algo para retribuir então descendo o morro ao lado dos dois que seguravam metralhadoras via o olhar das crianças que brincavam pelas ruas, algumas achavam o máximo esperando um dia estar naquele patamar, já de outras Louis conseguia sentir o medo no reflexo do olhar de cada uma.
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Faroeste Caboclo L.S
Fanfiction"Se estiver passando pelo inferno, continue andando." - Winston Churchi Inspirado na obra original do Legião Urbana. Passar pelo inferno é o que Louis Tomlinson enfrentou por toda sua vida, com a hostilidade e o destino traçado. As coisas mudam qu...