Faroeste Caboclo L.S

31.

Dia 06 de Dezembro de 2014 - 3h00 A.M

                                          ♟

— Pedro. - Chamou o menor vendo o garoto descer as escadas com rapidez. — Chora. - Louis cerrou os olhos e então o mesmo deu um sorriso aberto como se estivesse se desculpando com sua mãe. — Pega suas coisas. - Harry franziu a testa não entendendo, se ele iria levar o garoto com eles. — Pra que? - Indagou.

— Pra que o que, vai logo moleque. - Pedro revirou os olhos indo até então onde era seu quarto, ja faziam meses que estavam todos morando juntos, o garoto estava ali desde o início da guerra, Louis pensava que agora era a hora de sua mãe o ter de volta, e recomeçarem suas vidas.

— Pra onde vamos? - Perguntou Harry enquanto ia até o próprio quarto pegar também suas coisas. — Para um apartamento no fim da cidade, não podemos sair daqui ainda preciso ficar a par deste lugar, mas agora com a mídia na porra da minha bunda será impossível sair de lá quando entrarmos. - Styles engoliu em seco entendendo o que significava. — Harry, não poderemos sair do apartamento por um bom tempo, peguei tudo que precisávamos, vai durar um tempo...não sei quanto.

— Poderemos ao menos andar pelo prédio. - O paulista assentiu, também não conseguiria ficar preso para sempre. — Claro, Cinderela. - Se lembrou da pipa que tinha guardada e suspirou fundo por nunca ter tido tempo suficiente para ensinar Harry. — Não vai ser o melhor apartamento do mundo...ou as melhores comidas...não vamos ter tantas coisas para fazer e ainda estare... - Tomlinson foi impedindo de falar quando os lábios de Styles tocaram os seus o calando. — Vamos estar juntos? - Perguntou o maior. — Sim.

— Então o resto que se foda.

Começaram a organizar tudo, as malas estavam feitas em poucos minutos já que ninguém tinha realmente uma quantia de coisas grande. Louis se encarregou de pegar o dinheiro que podia, com o tráfico parando de circular e agora que entendia que a renda que vinha para ostentação na verdade saia de Zayn as coisas ficariam apertadas, precisava deixar o máximo que conseguia para que a política e o morro não se enfraquecesse. Horas antes de partir para a vingança havia deixado tudo pronto, as comidas estavam no apartamento, os móveis, as drogas, bebidas, tudo que precisavam.

— Vou levar ele antes, se importa de ficar aqui? - Indagou com calma. — Tudo bem...não demore. - Foi a única coisa que pediu.

— Pedro? - O garoto surgiu como se já estivesse esperando, e então deu um abraço profundo em Harry como se fosse a última vez que o veria. De fato era. — Vou sentir saudades, mesmo que você seja horrível em qualquer brincadeira de pessoas normais. - Louis soltou um riso abafado vendo a careta do maior. — Se cuida, nos veremos de novo. - Disse com esperanças, sabia que o jovem tinha perdido tantas coisas e pessoas, não queria o perder também. — Bora!

O garoto sorriu de certa forma triste, mas feliz em finalmente voltar pra casa, sabia que sua mãe deveria estar sentindo o mundo em suas costas após a morte do irmão e que provavelmente ao ver Louis chegar com ele o atacaria, o Paulista também sabia que isso iria acontecer, mas não se importava, havia protegido Pedro com sua vida e lamentava por Benê, se aliviava em entregar ao menos um de seus filhos vivos.

— Louis, ela te odeia. - Exclamou o garoto na esperança de que o deixasse na esquina, mas Louis balançou a cabeça negando, o entregaria na porta. — Todas as mães aqui me odeiam. - Pedro negou. — A minha odeia mais. - O Paulista sorriu de leve. — Tá, Por que ela me odeia mais que as outras?

— Por que você estava envolvido na morte do meu irmão mais velho, ele morreu na padaria quando você foi falar com o Zé e agora o Benê...ela te odeia. - Respondeu engolindo em seco, vendo a expressão de Tomlinson que mudava. — E por que você não me odeia? - Perguntou o olhando nos olhos. — Porque você me lembra eles. - Negou. — Deveria me odiar. - Suspirando chegaram à frente da casa.