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28 de Agosto de 2014.

                                        

Não você não vai fazer isso comigo. - Respondeu Harry vendo o menor a sua frente com as roupas encharcadas e o rosto vermelho, provavelmente de tanta droga, reconhecia Louis quando estava fora de si. Já havia visto isso algumas vezes. — Vai embora, agora.

Tomlinson não tinha se quer forças para bloquear a porta ao ela se fechar, sempre que tinha uma crise de substâncias acabava indo atrás do cacheado, e todas as vezes ele o recebia.

— Harry, por favor, eu não consigo...porra eu não consigo ir embora. - Dentro do quarto o rapaz só respirava fundo balançando a cabeça em negação várias vezes, por mais que quisesse ele ali, mesmo após tudo. Ele estava drogado e sabia que quando amanhecesse tudo aquilo não significaria nada.

— Harry porra. - Um estrondo percorreu por todo o corredor, agora o Paulista socava a porta. — Por favor, o que você quer que eu faça? - Tentaria de tudo precisava o ver, sentir, estar. — Quero que vá embora, jurou que iria, jurei que não olharia mais na sua cara, vai embora. - Respondeu.

— Eu não posso, eu não posso, você é a minha Cinderela eu vim te ver, eu estou aqui caralho eu to aqui porra. - Dizia sem pausas e agora com as mãos latejando de dor. — Harry. - Gritou sem forças.

Styles não sabia o que fazer, amaria abrir a porta e o beijar até amanhecer, cometer loucuras e sacrifícios com Tomlinson, mas não era ele ali, estava drogado como em todas as outras vezes que o pedia perdão se martirizando. No outro dia sempre voltaria a se frustrar pois a memória era apagada, nada havia sido real, a não ser para si mesmo. Tudo com Louis acabava como uma mentira, promessas ao vento, planos que só ele fazia e o pior era que a dor existia, ainda se importava, mesmo que não quisesse. Eram no final de tudo o acúmulo daquilo que guardavam, do ódio a dor, da dor a morte e da morte a vida.

Faria aquilo uma última vez jurou para si, abriria a porta cuidaria dele e quando amanhecesse voltaria para sua casa, para o seu próprio inferno. Percebeu que era verdade, não aguentaria viver aquilo, não quando as memórias eram só suas e a dor multiplicada, não quando já amava o bastante para largar tudo, não quando já não tinha nada, não quando não o podia ter de verdade. E talvez não quando não deveria.

— Eu nunca vou te perdoar, mas ainda...porra. Ainda não consigo ignorar você. - Dizia enquanto girava a maçaneta o vendo ali implorando por piedade. — Eu não voltei atrás. - Respondeu. — Então o que faz aqui? - Perguntou agora indignado, se ele não estava ali para voltar atrás sobre a sua decisão de horas atrás em o abandonar por que estava?.

— A caralho Cinderela porque só não podemos... - Suas palavras saiam de forma sortida como se não precisassem fazer sentido. — Eu precisava voltar para casa...você é o mais perto... 

— Que porra. Eu te odeio, meu Deus como eu te mataria se eu tivesse uma arma aqui. - Afirmou o Brasilense. — Eu sei, por isso não deixei uma pra...

Sua voz foi interrompida quando seu corpo foi segurado pela cintura, tudo rodava e balançava como se estivesse tendo uma festa em sua mente, não conseguia controlar suas emoções que poderiam variar das mais diversas formas.

— Foda-se eu vou cuidar de você e amanhã não vai se lembrar e aí acordara aqui sozinho sem entender nada. - Louis sorriu feito bobo. — Eu concordo com os seus métodos.

— Não te perguntei. Vem.

O puxou de forma delicada apesar de tudo e o colocou calmamente sobre a cama, cuidaria dele pois no fundo sentia que devia. Após apenas foi até o banheiro colocando sua cueca.

Faroeste Caboclo L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora