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5 de Dezembro de 2014 - Dois dias depois do Funeral.

                                         

Louis estava com Harry sobre o peito quando escutou o seu relógio despertar, os dias estavam calmos pelo menos enquanto o sol estava ao céu, ele havia dito que a guerra tinha acabado e havia falado sério, mas era o chefe do crime tinha o ódio em sua veia, nunca deixaria aquele lugar sem os fazer pagar pela morte do amigo. O vingaria, da forma mais cruel que existisse.

— Amor. - Suspirou para Harry vendo se ele iria despertar, mas seguia dormindo cansado, então decidiu que era a hora de ir. O ajeitando sob a cama, saindo do quarto em seguida.

Teria algumas coisas para fazer hoje que estavam sendo orquestradas desde que o amigo havia morrido, Louis não parava, não enquanto não conseguia o que queria, só que desta vez precisava que Harry não saísse de casa, não saísse mesmo. Por isso foi até o quarto do último corredor vendo Pedro sentado fazendo sua lição da escola que tinha voltado no dia anterior.

— Moleque! Tô te esperando na laje. - O menino escutando o chamado foi imediatamente até lá vendo Tomlinson parado com quatro pipas na mão e uma arma na outra. — Vem aqui. - O menor se aproximou o olhando sem entender do que se tratava aquilo tudo.

— Vamos soltar pipa? Nem acabei meu dever. - Louis cerrou os olhos se abaixando a frente do garoto. — Seguinte, eu vou sair pra fazer uma coisa, você vai ficar aqui e impedir que o Harry vá atrás de mim entendeu? - Lhe entregou as pipas. — Solte pipa com ele o distraia, ele não pode sair até eu voltar. Não pode. - Pedro engoliu em seco pois havia deixado da última vez. — Mas e se ele...

— Aí você vai atirar. - Lhe entregou a arma na outra mão, e colocou o dedo sob o lado esquerdo da perna do jovem. — Bem aqui, em nenhum outro lugar entendeu? - Dizia vendo os olhos do mesmo se ressaltarem. — Mas você não vai precisar atirar nele vai? - Pedro negou com a cabeça. — Ótimo. Porque se eu chegar aqui e ele estiver com um tiro vamos ter uma conversinha.

— Tá bom... - Respondeu engolindo em seco tendo uma arma em sua mão e várias pipas na outra. — Certo, volto antes de a madrugada bater.

Louis desceu as escadas pegando seu rádio o colocando na cintura, passando sua metralhadora pelo corpo. Estava sem camisa e o seu boné virado para trás, todas as tatuagens estavam expostas e mais uma arma era colocada em sua cintura. Saindo da casa desceu até o primeiro ponto que haviam fechado observando enquanto isso como a favela estava se restaurando, haviam pessoas arrumando suas casas, saindo para trabalhar, algumas voltando de mudanças, filhos sendo enviados a escola e a feira sendo posicionada, tudo ainda era melancólico demais, mas passaria com o tempo.

— E ai. - Disse se aproximando do jovem de cabelos escuros que já o esperava armados. — Fizeram o que eu mandei ontem? - O viu assentir. — Sim, Noia. Queimamos todas as bocas, mas não a droga e sim o dinheiro como tu mandou. - Estava tudo indo de acordo com seu plano. — Certo, levaram para um só lugar? - O garoto assentiu vendo o sorriso no rosto do Paulista ser formulado. — Então vamos acabar com essa porra.

Louis era cruel demais para simplesmente acabar com a guerra daquele jeito pacífico, não havia sido tudo uma mentira pois realmente queria que aquelas pessoas tivessem paz, mas vingança era o mínimo que poderia fazer por aqueles que morreram, principalmente por ele. Então no minuto que havia pisado no funeral fez tudo de caso pensado, deixaria acharem que ele tinha enfraquecido, que não iria mais continuar, que havia caído e aceitado a derrota, só que isso era uma das coisas da qual seus oponentes deveriam se lembrar - ele nunca iria cair.

Todos os dias dizia a Harry que iria apenas ver como estava a organização da favela, mas mentia, porque para si era necessário não contar a verdade - ainda. Não iria prosseguir com a guerra isso era verdade, mas não os deixaria impunes pelo que fizeram. Por isso as operações começaram, os jovens iam até ao morro do lado e se rebelavam como se estivessem fazendo por eles próprios não a mando de alguém, não roubavam dinheiro ou droga - as queimavam. Fizeram isso de boca em boca, até que Oreia decidisse colocar tudo em um lugar só, e Louis sabia quem o diria para fazer isso - quem respondia a quem pagava mais. Sabiá.

Faroeste Caboclo L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora