Nota da autora; Os acontecimentos neste capítulo serão rápidos afim de introduzir a vida do Harry. Teremos algumas cenas de violência e mutilação explícita.Fevereiro de 2010 - Harry's Pov.
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Era uma manhã linda, os pássaros cantavam calmamente por todo o jardim de sua mansão tudo exatamente como deveria ser. Foi despertado de forma suave pelas três batidas em sua porta, sabia quem batia três vezes.
— Pode entrar. - Respondeu vendo que sua mãe já estava a abrindo. — Olha só quem está ficando mais velho. - Se esforçou para esboçar o mínimo sorriso que fosse. — Já sei, dezesseis anos a idade de ouro e blablabla, não ligo. - Suspirou fundo, agora tinha idade o suficiente para ser mandando ao internato para ser um diplomata e se eleger no máximo até os dezenove.
— Mãe, não quero festa. - Tentou já sabendo o que o aguardava.
— Como não? Está tudo organizado chamei todos os ministros e figuras importantes se porte feito homem, minha carreira depende dessa sua carinha inofensiva. - Anne olhou para trás com o olhar de reprovação para o marido. — Pelo amor de Deus, é aniversário do seu filho porque tem que tornar tudo uma situação sobre você? - O homem então franziu a testa como se não estivesse acreditando que estava sendo confrontado.
— Você está reclamando? - Indagou com os olhos cerrados.
Vendo toda aquela cena Harry apenas engoliu em seco negando com a cabeça para que a mãe não tentasse falar mais coisas, já era terrível viver em um ambiente assim ver a mãe sofrer no seu aniversário seria demais.
— Deixe para lá. - Sussurrou cansado pegando em sua mão. Recebendo um 'ok' singelo.
— Não, só estou dizendo que talvez ele devesse escolher o que ele quer. - Desmond manteve a expressão dura com a fala. — Ele quer isso. - Afirmou. — Não quer?
Harry queria na verdade rir de deboche, como poderia dizer que não? Se de toda forma teria que fazer aquilo, para não só se poupar, mas para que no final do dia sua mãe não levasse uma surra por tentar o defender, era sempre assim. Se lembrava da primeira vez em que teve noção de como sua infância era diferente das outras crianças, não podia sair ao parque para brincar nem cheirar rosas no jardim, jogar bola ou fazer qualquer coisa que o tirasse da visão de seu pai - e aí estava um termo que aprendeu a diferenciar também muito novo.
A primeira vez da qual se lembrava de entender que seu Pai na verdade não era um super herói como os das outras crianças foi quando ainda muito novo teve que ir ao psicólogo pois tinha certeza absoluta que seu pai na verdade era o batman e que um dia voltaria para o buscar, mesmo o médico dizendo que era algo normal de uma criança fantasiar Desmond o fez passar pelo psiquiatra e tomar remédios fortíssimos pois seu filho não poderia ser um retardado, quando na verdade era apenas uma criança.
Poderia pensar em todos os traumas que tinha na bagagem desde os 7 anos quando viu sua mãe levar uma surra e simplesmente limpar as lágrimas se maquiar e sair para uma comissão como se nada tivesse acontecido. Poderia revirar todo o seu passado e não precisaria de muito para odiar aquele que se intitulava seu pai. Pois no fundo - não era nada seu.
— É deixe, eu quero...tanto faz. - Desmond assentiu saindo do quarto em seguida. — Harry, meu amor. Prometo que faremos algo amanhã tudo bem? O que quer de presente? - Poderia pedir um tiro? Achava que não. — Peço que Deus escute minhas orações e alguns ministros infartem. - Anne balançou a cabeça em negação, mas por fim sorriu. Isso consertava tudo, fazia qualquer coisa valer a pena.
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Faroeste Caboclo L.S
Fanfic"Se estiver passando pelo inferno, continue andando." - Winston Churchi Inspirado na obra original do Legião Urbana. Passar pelo inferno é o que Louis Tomlinson enfrentou por toda sua vida, com a hostilidade e o destino traçado. As coisas mudam qu...