Faroeste Caboclo L.S

11.

27 de Julho de 2014.

                                             ♟

— O que tá acontecendo? - Indagou Louis desta vez completamente assustado com as comidas no chão. — Sai de perto de mim, seu louco. - Agora via Styles a sua frente o olhando enojado. — Que porra que tá acontecendo? - Tentou novamente. — Você é nojento. - Foram as únicas palavras que recebeu.

— Pelo amor mano, eu acabei de parar um surto. - Disse exausto, não estava com raiva daquela reação, estava cansado, cansado de tudo aquilo. — Você me deu está merda? Pra que? Você acha que eu sou o que uma boneca sua? A Barbie? - Engolindo em seco ouvindo o tom de voz alterado passou a mão no rosto respirando fundo. — Eu vou te dar três minutos pra explicar sem eu me estressar com você...

— Se estressar comigo porra? - Sentiu o macacão cinza ser jogado em sua cara, o pegando antes que o atingisse. — Você me deu está merda afim de que? De dizer pra todo mundo que eu sou a sua bonequinha de luxo? Você é doente? Eu nunca me deitaria com alguém feito você. - Era mentira já havia se deitado uma vez, mas como Louis se quer se lembraria não importava mais. — Você me enoja, acha que é dono da porra toda, mas não passa de um favelado inútil, drogado, é isso que você é um drogado. Que chega aqui caindo e espera que eu fique com dó pra no outro dia não lembrar de nada.

— Do que você tá falando? Para de surtar caralho. Para. - Mas Harry continuava a gritar dizendo tudo que vinha em sua cabeça, não necessariamente tudo era verdade, mas o que podia usar para ir contra Louis estava usando, tudo que sabia que iria o afetar. — Você não passa de mais um porco nesse chiqueiro. - Respirando fundo já sentindo uma pontada em sua cabeça o paulista se levantou da cama. — Para. Para de gritar, que caralho não é isso, não foi isso porra. Eu aboli essa merda de divisão você tá louco? Eu parei com essa porra, foi eu. - Mas os gritos continuavam por toda a cela já que o brasilense ignorava qualquer coisa que dizia.

— Você ainda disse que não queria me matar. - Continuou Styles com deboche. — Não, você queria coisa pior. - Foi o ponto máximo, não aceitava que insinuasse nada, tudo que havia feito por Harry fez sem outras intenções, mesmo querendo inúmeras vezes o beijar, ter ele para si, se controlou, não se envolveu como queria ter se envolvido. Matou por ele, não aceitava ser julgado daquela forma por algo sem sentido algum.

— Cala essa porra de boca. - Gritou apontando a arma para o mesmo e atirando na parede ao lado tentando conseguir o silêncio, e conseguiu. — É isso? Você acha que você é uma bonequinha aqui nessa cela? Você jura mesmo? Você jura porra? - Gritou na cara do parceiro com a arma mirada em sua cabeça. — Responde caralho!

Harry que agora se encontrava prensado na parede com uma arma na cabeça sentia o coração bater mais forte, tinha acabado de passar por uma situação parecida, mas com Louis não tinha medo, não acreditava que ele o mataria de verdade, via em seus olhos que não faria isso via através daquela imensidão algo que sempre o levava de volta, mas desta vez não iria recuar, aquilo havia sido para ele uma das coisas mais nojentas que haviam feito - o usar, deixar com que saísse por aí sabendo a imagem que todos teriam dele, isso foi imperdoável.

— Você não vai me matar. - Respondeu com firmeza recebendo uma preensão maior do paulista a sua frente que tremia as mãos com as pupilas dilatadas. — Não foi isso que eu te perguntei caralho.

— Sim. É isso. - Disse de uma vez, fechando os olhos esperando qualquer coisa, mas só o que teve foi um olhar assentindo.

Louis apenas se afastou, colocou sua arma com calma sobre a cintura e engoliu em seco, não iria insistir, se era isso que o rapaz queria iria dar, estava cansado de toda aquela situação, talvez aquilo não fosse mesmo para ele. Então apenas se virou saindo da cela trancando Styles lá dentro, após foi em direção a o carcereiro que estava ao final do corredor sendo claro em suas palavras;