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17 de Setembro de 2014.

                                         

Após atirar sentia que seu dever estava feito, naquela parte, pois ainda tinha muito o que fazer, no momento em que apertou o gatilho com Harry entre seus braços o usando como muralha ao mesmo tempo em que cantarolava uma música, era lindo se não fosse extremamente trágico. Seria perfeito se as coisas fossem simples e eles simplesmente saíssem daquela casa fossem para um lugar seguro e vivessem felizes para sempre, só que Louis sabia - não era um conto de fadas.

Agora que Desmond estava morto circularia a notícia e Styles como filho deveria ir ao funeral, iriam até a cadeia e veriam que ele não estava lá podendo o ligar diretamente ao crime, precisava arrumar uma solução e felizmente era terrivelmente bom nisso. Só que ainda não era tempo de pensar nesse caos, não quando abaixou a arma e abraçou o maior com os dois braços fortemente. Mostrando que mesmo tendo mil problemas a surgir nenhum passaria por ali, nenhum furaria aquela barreira e chegaria até o amado. Não permitiria, não de novo.

— Está feito, acabou...olhe para mim. - Olhando em seus olhos levou as mãos até o rosto de Styles lhe dando um beijo calmo e com ternura, parecia tudo um sonho. — Nada mais vai encostar em você. - Harry se sentia finalmente em casa.

— Obr...- Louis negou antes que o mesmo agradecesse. — Não agradeça, você ainda não está bem, precisamos cuidar disso. - Viu o parceiro assentir voltando a se encolher em seus braços.

Então vendo dois dos jovens ao final da sala engoliu em seco, já era noite teriam que organizar tudo para partir antes que amanhecesse. Quando os viu se aproximar para limpar e retirar o corpo fez sinal de não com a cabeça, para que se afastassem.

— Saiam. - Disse apenas mexendo a boca, os vendo sair imediatamente. — Amor? - Viu o rosto do maior se erguer pelo chamado. — Louis quero ver a minha mãe.

— Tudo bem, mas depois disso voltará para a cama.
— Você ainda é insuportável.

De mãos dadas saíram da sala onde estavam, Joana seguia ali amarrada e Louis não havia esquecido da mesma, não sabia de nada sobre ela, só que talvez se tornasse útil para o cenário em questão. Apagou a luz do lugar deixando o cadáver sangrando de olhos abertos, como se não fosse nada. Porque não era.

— Ela está no quarto dela, quer que eu deixe vocês a sos? - Indagou, não sabia muito bem o que pensar ainda e por mais que fosse mãe de Harry ela havia dito apenas que ele estava de castigo, quando na verdade se encontrava quase morto.

— Não, não. - Respondeu Styles com um leve tom de desespero, ainda temia que fosse tudo um sonho e que Louis não estivesse ali, não suportava ficar longe. — Calma, eu disse que farei e ficarei o quanto quiser. - Acariciou sua mão com leveza. — Para sempre. - Pediu o cacheado. — Então será para sempre. - Respondeu o Paulista sorrindo.

Assim que a porta foi aberta viu Anne com um prato de uvas em cima das pernas as comendo com calma, mas logo estavam todas no chão pois havia as largado para correr até o filho.

— Harry, meu amor, o que aconteceu? Eu sinto tanto, meu Deus eu não fazia ideia. - Harry a abraçou com delicadeza pois ainda não estava bem e suspirou fundo aliviado em ver que ao menos ela sim. — Como está? Seguindo o tratamento? Está tudo bem? - Perguntou agora a olhando, a mesma na não tinha quase muitos ferimentos, Joana não havia mentido nesta parte.

— Estou, está tudo bem, mas não importa só você importa. - O abraçando de novo na intenção de fazer com que ficasse seguro, mas agora a mente do Brasilense parecia um pouco bagunçada e abalada, durante todos os dias preso pensou em sua mãe, se ela ficaria bem, em quando iria vê-la e agora só conseguia se lembrar da cena onde implorava para ir com ele e recebia um não, em como tentava pensar que não era culpa dela todo aquele tempo, mas no fundo sentindo que sim.

Faroeste Caboclo L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora