26 de Julho de 2014.
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Depois de voltarem para cela naquele dia Louis estava completamente chapado, não se importava com nada se quer com Harry jogado ao canto da cela encolhido mesmo fingindo que não era extremamente vulnerável não conhecia o caráter do companheiro de cela e temia por isso. Nada aconteceu naquele dia, o seguinte foi baseado em calmaria total era como se fingissem que não haviam matado cinquenta pessoas de forma ardilosa e bruta, no final o sol nascia quadrado novamente, nada importava de verdade. - Ninguém.
— Porra quando eu arrancar a sua língua você vai querer muito falar. - Dizia Tomlinson já estressado com a decisão do rapaz de ficar em silêncio, faziam dois dias que Styles não direcionava uma palavra se quer a ele ou a qualquer outra pessoa um plano para que apanhasse o estressasse e assim fosse transferido de todo jeito. — Certo, então hoje você não vai receber comida. - Afirmou mostrando que tinha este poder, não se importava com a prepotência, as graças, as falas afiadas, mas ser ignorado - este era seu ponto fraco.
Harry se via em seu direito de ficar quieto custasse o que fosse, havia sido levado para morrer em seu primeiro dia quase levando - a merda de um tiro na cabeça - além de ter presenciado o surto que Louis parecia ter apagado completamente de sua cabeça, não devia nada para ele se queria o deixar com fome que deixasse era ótimo em fazer votos de silêncio, se havia algo em que era realmente bom era fingir que quem estava ao seu redor não existia.
— Demorô. - Exclamou o paulista amarrando a blusa de mangas laranjas na cintura de sua calça ficando sem camisa. O que era algo recorrente e mesmo não tentando Styles se via olhando todas as vezes. — Vai ficar sem a porra da comida até pedir por favor, implorar e adivinha a sua fada madrinha era eu.
— O que rolou? - Indagou Lesado vendo Louis adentrar sua cela. — Tô cansado de ficar lá com aquele playboyzinho mesquinho. - Logo se sentou sobre a cadeira pegando uma bucha de maconha. — Ué Noia tá tirando? O maluco só tá vivo e ainda na sua cela porque tu quer, se quiser a gente da um jeito. - Exclamou o parceiro se levantando com a mão sobre a arma, até ser barrado apenas com um olhar. — Se eu quisesse ele morto, ele já tinha morrido, Lesado. - Assentindo viu o rapaz apenas dar de ombros se sentando. — As vezes você tem mais problema de cabeça do que eu. - Rindo Louis negou, era impossível ser mais louco que o amigo.
— O que tu vê no play? Achei que tinha pavor deles, não é por isso que veio parar aqui Zé mane? - Assentiu então passando a língua sobre a ceda calmamente terminando de bolar seu baseado acendendo em seguida. — Sei lá, é engraçado. - Lesado se quer tentou entender ajeitando três carreiras de pó sobre a cômoda. — Quem muito odeia, muito ama. - Dando uma risada debochando da graça do amigo se levantou tragando mais um pouco, vendo o parceiro cheirar suas carreiras.
— Quer? - Negou com a cabeça sentindo o coração palpitar com a vontade; mas sabia que havia se exaltado da última vez e se quer se lembrava de algo. — A gente se vê no almoço, e se liga em porra, cheira tudo não a gente tem que vender, Noia. - Rindo lesado lhe mostrou o dedo do meio. — Você praticamente come maconha, Noia. - Ambos riram desta vez e então se despediram.
Durante todo o caminho até de volta à cela estava a pensar, no porque ainda mantinha Harry ali pois realmente não sabia, talvez porque sua prepotência o fizesse lembrar de si mesmo quando chegou, talvez no fundo o que queria era ensinar como a vida funcionava para poder então soltá-lo pela cadeia, achava que mesmo que inconscientemente havia algo ali um apresso, Louis via em Harry um passarinho ferido que se solto na hora errada não duraria um dia se quer, não queria que ele sofresse o que sofreu, estava o protegendo como um gavião protegia seus ovos - mas de maneira árdua, severa, e nada delicada.
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Faroeste Caboclo L.S
Fanfiction"Se estiver passando pelo inferno, continue andando." - Winston Churchi Inspirado na obra original do Legião Urbana. Passar pelo inferno é o que Louis Tomlinson enfrentou por toda sua vida, com a hostilidade e o destino traçado. As coisas mudam qu...