Faroeste Caboclo L.S

15.

Quatro dias antes do dia 26 de Agosto de 2014.

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— Você tem certeza, Noia?

— Tenho, ele vai ajudar, esse é o endereço você sabe o que vai fazer, abelha? Vai chegar lá sem cantar de galo, e ir atrás dele. Não tem tempo pra erro só temos uma chance. E lembra, eu tenho nome lá fora. - O rapaz assentiu a sua frente pegando o papel que lhe era entregado. Com apenas uma missão de verdade.

Após o garoto partir Louis olhou ao redor respirando fundo não era nem de longe a primeira coisa que precisava fazer, Harry ainda estava desacordado e precisava que ele despertasse o quanto antes. Seu corpo estava todo dolorido a cabeça doía e nada que pudesse fazer para melhorar, o tempo diria o que iria acontecer.

— Eu preciso falar com ela. Encontre ela. - Disse para Lesado que engoliu em seco respirando fundo. — Por que? - Excitou. — Ela vai me dar algo, algo que eu possa usar lá fora, algo contra o Azoff. - Era o que esperava. — Tu que manda. - Afirmou, seria mais fácil do para ele encontrá-la do que Louis pensava.

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Abelha saiu da cadeia calmamente assim como entrou pela porta principal disfarçado de advogado, já estava solto fazia três meses, sempre foi um plano do lado de fora caso um dia realmente precisassem e agora era sua vez de entrar em ação. Assim fez, saiu com sua moto com um envelope guardada em baixo da cintura com sua arma posta ao lado, foi então subindo os morros fazendo o caminho mais longo pela grande de Brasília.

Passou pelo planalto central bem em frente a praça do relógio e seguiu para as valas mais desgastadas da cidade, as ruas eram precárias, haviam bares por toda parte, mas pessoas felizes, todos viviam ali como uma realidade diferente mesmo com tudo para serem o povo mais pobre eram os mais determinados - mas ainda sim pobres. Apenas soube que havia chegado em seu destino quando viu que o morro começava a ficar mais pesado, agora todos o olhavam de cima das lajes com as armas apenas esperando um aviso para que atirassem no mesmo. Sentia seu estômago revirar, mas tinha um trabalho a fazer.

Foi ao chegar no ponto extremo onde agora havia uma facção toda o esperando para uma espécie de revista, perguntariam seu nome, o que ele fazia ali e se tinha permissão pra entrar, com sorte seu passe livre funcionária, se não... - Bem rezava para que funcionasse. Precisava que sim. 

— Tá fazendo o que aqui menô? - Escutou do que estava a sua frente, todos estavam sem camisas e aparentavam ter a mesma idade. — Vim entregar uma encomenda. - Foi só o que disse.

— Da parte de quem? - Indagou cruzando os braços. — Do Noia. - Foi quando todos franziram a testa.

— Só existe um Noia e o maluco tá preso. Vou perguntar de novo, da parte de quem? - Abelha suspirou fundo percebendo agora o motivo para que o chefe teria lhe dito que tinha nome la fora, primeiro pensou ser uma afirmação de que tinha poder, mas era outra coisa.

— Louis, em nome de Louis Tomlinson. - Era para isso, ele era o Noia dentro da cadeia, ali fora tinha outro legado.

— Certo. Deixa ele passar.

— Cazuza você tem certeza mano? Pode tá mentindo. - Engolindo em seco abelha apenas esperou. — Quantos já vieram aqui em nome dele? Se a gente mandar o caboclo embora tomamos no nosso cu. Libera, manda passar pela assembleia. - Todos assentiram.

— Sobe lá maluco, uma graça e a bala come no teu cu. Demorô?

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