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|| Laila Monteiro ||

📍Rio de Janeiro, Nova Holanda, Sexta-feira, 20:00.

Sai da faculdade só agora, e como mais um dia normal nessa minha vida, tô morta com farofa.

Olho desacreditada pro carro já conhecido estacionado na frente do prédio do CCS e dou risada vendo o gato idoso com a cara mais fechada possível.

Me aproximo dele que deixa a carranca de lado abrindo um sorriso de canto pra mim.

Abraço seu pescoço sentindo a mão grande dele deslizar pelas minhas costas e segurar minha cintura.

Deixo um selinho demorado nele que sorri em seguida me roubando um beijo de verdade.

- Trovão: boa noite linda - separa nossas bocas e beija minha testa, eu abraço ele sentindo o conforto do seu corpo grande - bora lá em casa? Comemos um lanche daora, ficamos de chamego - ele passa o nariz no meu pescoço me fazendo arrepiar.

- Laila: vamos sim lindo, só preciso passar em casa pegar uma roupa, pode ser?! - pergunto deixando um selinho nele que concorda.

Entro no banco do carona colocando o cinto e começo a fazer um cafuné de leve nele enquanto o mesmo dirige.

Chego em casa sendo cuidada pelas vizinhas fofoqueiras, entre elas, pode adicionar meus próprios pais.

Subo rapidinho separando duas mudas de roupa, uma para dormir e outra pra vestir amanhã.

Pego minha bolsinha colocando as minhas coisas necessárias pra higiene, e tranco tudo.

Mando mensagem no grupo da minha família e no grupo dos meus amigos avisando onde vou passar a noite e entro no carro de novo.

Ele desvia o olhar do celular pra mim me dando um sorriso, eu retribuo de leve e ele sai da maré cumprimentando os vapores da contenção.

Vamos o caminho todo até o vidigal conversando sobre os últimos dias.

O que me faz pensar, precisamos ter uma conversa sobre nós dois, desde o primeiro beijo as coisas rolaram tão rápido que não paramos pra conversar sobre.

Sou tirada dos meus pensamentos quando o carro estaciona em frente a casa dele, e desço entrelaçando nossas mãos.

Entramos na casa cumprimentando os meninos da contenção e dou um sorriso animado quando vejo a gabi e os filhos por ali também.

Ela vem correndo me abraçar, nem parece que ainda tá com ponto essa peste.

- Gabriela: eu só quero dizer que apoio muito isso aí que tá rolando - ela aponta pra nós dois me fazendo rir envergonhada - e também acho que tu não deve dar moleza pra esse traste que eu chamo de pai.

Eu gargalho do jeito que ela falou e também da expressão incrédula no rosto do Trovão.

- Trovão: oh desgraçada, tu esquece que o pai sou eu né? - ela ri abraçando ele - vou chamar aquele palhaço ridículo aqui e mandar ele dar um jeito em ti - murmura emburrado fazendo todos rirem - abusada.

- Gabriela: que tu ama - faz uma cara debochada colocando as mãos na cintura e ele ri da cara dela concordando.

- Trovão: nunca neguei isso, tu é o neném do papai - ele puxa ela enchendo de beijos que faz careta tentando se soltar e eu vou pra junto dos meninos rindo da situação.

Perdido no Paraíso Onde histórias criam vida. Descubra agora